Capítulo 2

180 5 0
                                    

A viagem correu bem  e todos começaram a sair do ônibus.
-Tá certo gente prestem atenção o projeto começa amanhã e terão poucas horas hoje para se acomodarem em uma em uma piscina se quiserem, depois iremos jantar.- a professora disse

Fui com o Daniel e a Maria até um quarto deixamos as malas trocámos de roupa e fomos para piscina. Deixamos as toalhas numa cadeira e saltámos para a piscina. No meio da confusão que se havia instalado, olhei para a varanda e lá estava o rapaz solitário olhando para mim os nossos olhares se encontrarm, um arrepio percorreu o meu corpo e não, não era por causa da água era devido ao seu olhar sobre mim. Ficámos assim alguns segundos até que senti alguém me agarrando nas pernas e me atirou para a água. Quando olhei para a varanda de novo ele já não estava lá.
O resto do dia foi assim piscina, jantar  e dormir.
 
  Acordei com a professora a chamar, levantei me fui para o banheiro tomei um duche rápido vesti uma roupa fresca e confortável já que íamos começar a trabalhar hoje. Seguimos as instruções dos professores e fomos trabalhar. Eu lixava tábuas de madeira enquanto outros cortavam ou pintavam.
-Wowow cuidado aí em cima!- disse o professor Miguel, olhei para onde estava olhando e lá estava ele o rapaz solitário sendo rebelde em cima do telhado da escola.
-Você é que sabe!- ele disse saindo do de lá
-Ele vai acabando se matando e estragando tudo para a gente- comentou a Margarida ao meu lado e indo embora
-Segundo dia e o primeiro contacto já foi feito. Por favor vai ser mais fácil do que eu pensava. Parece que o mocinho se vai divertir nas férias- disse o Daniel passando por mim

As horas foram passando e o sol foi se escondendo no horizonte. Voltámos para o quarto, e eu estava falando com os meus pais por vídeo chamada quando o Daniel entra no quarto super entusiasmado
-Começou gente- ele disse
-Tô no Skype
-Tá saí agora é urgente
-Gente eu tenho que ir a professora está dizendo para apagar as luzes- eu disse me virando para meus pais
-Ok, nós te adoramos filho- meu pai disse
-Tá dorme bem querido- minha mãe disse.
-Tá vos amo chau- desliguei a chamada e fechei o computador.-Diz lá o que foi
-Ó gente eu estava lá embaixo comprando pasta de dentes porque a minha acabou e acredita que me cobraram 5 reais...
-Avança- interrompi o
-A novidade certo.   Festa de carnaval hoje no barco de um morador- ele disse com um sorriso enorme e um entusiasmo ainda maior- Pois é e a Margarida nos convidou e especificou o teu nome Bruno. Eles vão agora mas o barco sai em meia hora.
-Eu não sei- disse
-Quieto nós vamos e você vai mesmo que eu te tenha de amarrar e te arrastar para o barco- a Maria disse séria
-É e a gente volta à meia noite às duas no máximo- disse o Daniel
-Tá bom- eu disse cedendo

Trocámos de roupa, saímos fazendo pouco barulho e pegamos um táxi, em pouco tempo estávamos lá. Era um barco de 3 andares de tamanho médio em preto e branco  e já estava cheio de pessoas. A música tocava alto todos dançavam, bebiam e conversavam, nós nos dirigimos para o andar do meio.
-Vamos pegar um coquetel e procurar a sua mulher- disse o Daniel
-Ela não é minha mulher e não vou vou beber- respondi
-Ai Bruno deixa de ser careta dá uma mudada sai um pouco da toca só um pouquinho.
-Estou contente assim
 
  A música continuava e por esta altura já estavam todos bêbados. O Daniel foi ter com uma rapariga me deixando sozinho a vaguear naquele barco, foi quando reparei que a Margarida estava com a língua dentro da boca de um rapaz
-Aquela não é a sua namoradinha?- perguntou o Lucas
-Que interessa?!- respondi
-Monte Carlos! Prepare se para invadir! Encoste agora- dizia alguém através de um megafone num barco mais pequeno e da polícia local.
 
  Eu continuava a caminhar tentando ver o que se passa e sem ver cheguei à borda do barco e foi nesse momento que ele arrancou o que me fez desequilibrar e cair borda fora.
-Socorro!!- gritei ouvi alguém gritando o meu nome e senti mãos há minha volta me levando para um bote salva-vidas que estava atado ao barco com uma pequena corda.
-Que tava fazendo?!?- perguntou o Lucas que me salvou
-O que parece?! Eu caí- respondi irritado e irónico.  Ele começou a soltar a corda- O que você está fazendo?!
-Já estou em muita encrenca não posso ser pego outra vez
-Você tá louco?!? Acha que vamos escapar da polícia?!?
-Tá tudo bem voltámos para o hotel quando a coisa esfriar beleza?!
-Tá gozando?! Eu quero voltar para o barco- olhei para ele e ele estava se afastando cada vez mais de nós.
-Eles estão ficando muito longe- disse
-Espera um pouco depois a gente segue eles- ouvido um estrondo de trovoada e nuvens negras se aproximavam- Relaxa
-Rápido- disse meio em pânico- A gente não vai conseguir ver o barco
-Eu tô vendo isso
-Pelo menos sabe...
-Tá quieto deixa me pensar- ele começou a olhar em volta e foi para trás do bote virou uma lona- Droga não tem motor!
-Não tem motor?! E agora gênio?!
-Eu não sei- começou a chover e a trovoada aumentava assim como a força do vento
-Como assim você não sabe?! A gente tá preso aqui no meio do nada! Olha que isso não é bobagem!! A gente...- ele pegou na lona e se atirou a mim e pondo a lona por cima de nós.
-Segura!!!

  Senti uma enorme onda chocando contra nós e à arrastar o bote ainda mais longe da costa do que já estávamos.

A Ilha DesertaOnde histórias criam vida. Descubra agora