XVII

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Oizinho, eu sei que sentiram saudade e houve até alguns xingamentos kkkk

Chegaram a fazer vudu para mim? Espero que não hahaha. Mas eu deixei sempre recadinhos explicando e prefiro pensar que quem me xingou foi porque não leu. Retomei Oráculo há alguns dias, reli tudo e fiz copidesque no que já havia escrito para deixar tudo pronto para a revisão. Agora é só dar sequência. Obrigada a todos que aguardaram, foi preciso dar esse tempo para mim conseguir levantar fundos para publicar Oráculo. Conto com vocês. Não esqueçam de votar e boa leitura.

Obs: Por enquanto não vou fixar um dia certo para publicação, porque estou voltando agora e preciso me sintonizar em Thórum primeiro.



Era difícil se concentrar em política depois da noite que tiveram. Eles estavam tão próximos dela, que teve que se concentrar para disfarçar seu cheiro. Discutiam sobre as novas leis e votaram sobre o lugar que deveriam morar. A verdade é que ninguém queria mais ficar naquela montanha. O lugar fedia a morte, se tornou símbolo de crueldade, sempre foi mais uma prisão do que um lar.

- Podemos ampliar Azires, faz sentido ficarmos todos juntos e há espaço suficiente para serem construídas novas casas. - Anpu disse, se inclinando sobre ela, para apontar no mapa estendido sobre a mesa.

- Eu gosto de Aziris, sempre senti que é lá o meu lar, pode ser um recomeço para todos. - Ela disse concordando.

- Podemos utilizar a montanha como uma prisão, para aqueles que descumprirem a lei. - Eucan, o ancião que ela havia encontrado com os desgarrados sugeriu e ela assentiu.

Fazia sentido que a montanha se tornasse uma prisão, embora ela preferisse acreditar que nunca seria usada.

- Se todos estiverem de acordo, faremos isso. Podemos ficar aqui até as construções serem feitas, quero tornar Azires um lugar confortável para todos. Um lugar seguro para as crianças e para as famílias. - ele disse causando surpresa.

Não estavam acostumados com uma rainha que esperava que todos estivessem de acordo. Reis ordenavam e eles cumpriam, era assim que funcionava, mesmo antes de Hasani.

- Podemos dividir a cidade por clãs, separar os alojamentos em bairros. - um dos anciões sugeriu.

- Não. - ela disse. - Somos apenas um povo, lutamos juntos na mesma batalha e vencemos assim. Juntos. E é assim que vamos permanecer, as novas leis vão garantir direito iguais a todos.

Eucan olhou para os demais anciões com um meio sorriso, ele havia vivido assim por muitos anos e as coisas não precisavam mudar agora.

- O que esperavam? Que nossa rainha separasse as famílias que se uniram de clãs diferentes? - Eucan perguntou e eles se calaram.

- Anpu, preciso que eleja um líder entre aqueles que possuem a sabedoria adequada para as construções, façam um projeto da cidade, gostaria de que tivéssemos um local para as crianças brincarem e também uma biblioteca, onde todos possam ter acesso. As construções devem se adequar com o tamanho de cada família. Também construa um local pequeno para servir de hospital, uma instalação adequada caso aja algum imprevisto ou um acidente. Agora que achamos a vertente das águas termais, podemos canalizar água quente para todas as residências e todos terão a sua própria sala de banho.

Ela encolheu um pouco os ombros, a última exigência era mais para ela do que para os demais. Não queria dividir sua banheira com a comunidade e se sentiu egoísta, mas ela era uma rainha e não estava exigindo um castelo, apenas privacidade na hora do banho.

- Hadan, reúna um grupo de Anúbios e os deixem responsável por coletar matéria prima. Para cada arvore que for cortada, plantem duas no lugar. Revezem o terreno para não haver desmatamento.

Oráculo O DespertarOnde histórias criam vida. Descubra agora