7. the attack

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Edmundo e eu somos os primeiros a adentrar o castelo, o grifo nos leva até uma das torres. Tem um guarda de vigia na mesma. Descemos do grifo e ficamos escondidos no telhado. O grifo ataca o soldado e barra limpa para mim e Edmundo sinalizar aos outros para prosseguir.

- Ao que parece, tudo limpo Ed. – Digo enquanto dou uma olhada em torno do castelo.

Isso mesmo lá para baixo, preciso de todo meu autocontrole para não surtar de medo. Ed sinaliza com a lanterna para que os outros venham. Aguardo ao seu lado, apoio minha mão no muro da torre.

- Que mão gelada Emi. – Brinca.

Nem percebo que ele também está com a mão aqui.

- Ops! Me desculpe não tinha visto sua mão aqui. – Retiro minha mão de cima da dele o mais rápido possível.

- Tudo bem.

Aguardamos a chegada dos outros. Vejo Pedro, Susana e meu irmão adentrando o castelo. Caspian liquida um soldado que está em seu caminho. Enquanto isso Ed continua sinalizando com sua amada lanterna e eu continuo aqui parada sem fazer coisa alguma.

- Péssimo ficar aqui sem poder fazer nada. – Comento.

- Relaxa, garanto que daqui alguns minutos você vai estar fazendo alguma coisa. Pronto. O primeiro sinal está dado. – Ed diz.

- Ed, será que estão todos bem?

- Claro, você é muito preocupada. Precisa relaxar. Vai dar tudo certo.

- Eu espero. – Respiro fundo.

- Você confia em mim?

- Claro que confio Ed.

- Então relaxa. – Ele segura minhas duas mãos e as beija. Fique perto de mim ok? Não podemos pensar que estamos seguros aqui.

- Você me deixou bem mais calma agora. – Brinco.

Ed acha graça. O que nos resta é esperar, fico atenta a cada movimento. Já Edmundo aparentemente está calmo. Estamos encostados no murro da torre, Ed está girando sua lanterna.

- Essa não. – Ed deixa a lanterna cair no andar de baixo.

- Parabéns. – Digo.

Olho para baixo e percebo que tem um soldado lá.

- Consegue atirar nele? – Ed pergunta.

- Você me subestima com essa pergunta. É claro que consigo.

O soldado olha a lanterna parecendo não saber o que é. Depois a acende, ouvimos um barulho de sinos e o soldado ilumina sua volta. Coloco uma flecha na aljava e atiro, como prometido acerta o soldado em cheio nas costas, pulamos pela janela da torre até a lanterna de Edmundo. Infelizmente chegam mais dois soldados, consigo atirar em um mais o outro consegue ser mais rápido e vai até Edmundo, o soldado arranca sua espada e Ed usa a lanterna para bater no mesmo. Coloco mais uma flecha na aljava e acerto o soldado que cai no chão totalmente apagado.

- De nada. – Digo a Edmundo.

- Agora Edmundo agora. – Ouvimos Pedro gritar enquanto corre para o portão.

A lanterna parece ter estragado, Edmundo dá algumas batidinhas nela e a mesma volta a funcionar. Ele sinaliza novamente para que os narnianos possam vir. Observo de longe o grupo de soldados narnianos adentrando o castelo. Desejo do fundo do coração que o plano de Pedro dê certo, porque não sei o que farei se não der.

- Vem. – Ed me chama e o sigo.

Seja lá para onde esteja indo. Estar neste castelo não me traz boas lembranças, apesar de tudo que vivi aqui, saber que Miraz é o responsável pelo sofrimento de inúmeros narnianos me faz querer nunca ter pertencido a esse povo. Ed e eu subimos num telhado enquanto vemos os narnianos chegar para batalha. Vários arqueiros de Miraz ficam apostos bem a nossa frente.

My boy - With Edmund PevensieOnde histórias criam vida. Descubra agora