My boy - With Edmund Pevensie

11. the duel

Enquanto Caspian ajuda Susana e Lucia com os últimos preparativos para partir em busca de Aslam. Pedro, Edmundo e eu estamos a caminho do duelo tão esperando entre ele (Pedro) e Miraz. Saímos da fortaleza e passamos por uma fileira de narnianos gritando palavras de animação. O exército de Miraz lá do outro lado também faz a mesma coisa. Edmundo está do lado esquerdo de Pedro e carrega sua espada, eu estou do lado direito e carrego seu escudo. Assim que chegamos numa espécie de arena de combate improvisada, Miraz se levanta. Pedro pega seu escudo e sua espada causando gritos de comemorações nos narnianos.

- Ainda dá tempo de se render. – Ouço Miraz dizer.

- Esteja à vontade. – Pedro rebate.

- Quanto terão que morrer pelo trono?

- Apenas um. – Pedro abaixa a viseira do capacete da armadura.

E assim começa a batalha, suas laminas se encontram e o povo parece estar empolgado ao ver. Percebo que Edmundo está nervoso, me aproximo dele e seguro sua mão entrelaçando nossos dedos.

- Você segurou minha mão em todas as vezes que senti medo, agora é minha vez de segurar a sua.

Ele beija minha mão e dá um leve sorriso para mim. Sinto sua mão gelada na minha.

- Essa deve ser a primeira vez que Edmundo realmente sente medo. – Penso.

Pedro consegue ferir Miraz. Noto Edmundo sorrir aliviado, mas sua mão continua na minha e seus dedos entrelaçados aos meus. Pedro é muito bom. Confio que ele pode ganhar esse duelo. Com um golpe Miraz consegue arrancar o capacete de Pedro e ele tenta um golpe com a espada, mas Pedro como ótimo espadachim que é desvia brilhantemente do golpe. Pedro com um rápido movimento consegue fazer um corte na perna de Miraz. Me sinto aliviada por Pedro realmente ter uma vantagem sobre ele. Pedro corre na direção de Miraz, mas o mesmo desvia e com um rápido movimento derruba Pedro e pisa em seu escudo, machucando feio seu braço. Consigo sentir daqui a dor de Pedro, me sinto tão ansiosa que acho que estou apertando demais a mão de Edmundo, mas o mesmo não reclama. Pedro grita de dor. O mesmo rola no chão e consegue derrubar Miraz e sair de suas garras. Avistamos de longe Caspian e Susana chegando a cavalo.

- Vossa Alteza precisa de uma pausa? – Ouço Miraz perguntar.

- Cinco minutos. – Ouço a resposta de Pedro.

- Três! – Miraz rebate.

Pedro caminha em nossa direção, não parece nada bem. Vejo em seu rosto que está sentindo muita dor. Solto a mão de Edmundo para que ele possa ajudar o irmão.

- Lúcia? – É a primeira coisa que diz.

- Ela passou, com uma pequena ajuda. – Responde Susana.

Muito bom saber que meu irmão as ajudou, sorrio para ele e ele retribui.

- Obrigado. – Pedro agradece.

- Você estava ocupado. – Caspian responde.

- É melhor subirem lá. Por precaução, não acredito que os telmarinos cumprirão a palavra.

Susana concorda, mas eu não.

- Não vou sair do lado de Edmundo.

- Vou ficar bem, é melhor você seguir Susana. – Edmundo tenta me tranquilizar.

- Não, eu vou ficar aqui. – Respondo.

Susana abraça Pedro e pede para que ele tome cuidado.

- Sorria! – Edmundo diz.

Notamos que os narnianos que assistem a luta estão apreensivos, Pedro se vira para eles e sorri, assim eles comemoram aliviados.

- Acho que meu braço está deslocado. – Pedro reclama.

O que é obvio pela cena que vimos, o braço dele ficou dobrado e o mesmo gritava de dor. Miraz deslocou seu braço sem nenhuma piedade.

- O que acontece em casa, se morremos aqui?

Pedro está preocupado.

- Você sempre me apoiou e eu nunca...

Edmundo não o deixa terminar, ajeitando seu braço. Pedro grita de dor.

- Deixa para depois. – Edmundo responde.

Ele dá uns tapinhas nas costas do irmão e Pedro se levanta, preparado (ou não) para o próximo round do duelo. Edmundo oferece o capacete a Pedro, mas o mesmo não aceita.

- Já que escolheu ficar do meu lado, fique atenta Emi. – Edmundo diz.

Ele segura minha mão novamente.

- Pode deixar.

Presumo que esse seja o segundo e último round, é agora ou nunca. Meu coração acelera, sou toda (dos pés à cabeça) nervosismo e penso que realmente não conseguiria ficar longe de Edmundo, fiz a escolha certa. Os narnianos atrás de nós comemoram. A luta fica cada vez mais feia e violenta, movimentos rápidos e golpes certeiros. Miraz atinge Pedro, mas Pedro também não se desanima. Eu disse, ele é bom. Não vou deixar de acreditar nele. Pedro toma a espada de Miraz e o mesmo se defende com o escudo. Com um rápido movimento Miraz consegue tirar a espada de Pedro e o atinge com seu escudo. Pedro sem espada e escudo, consegue dar um soco no corte antes feito na perna de Miraz e o mesmo recua para trás.

- Pausa, pausa. – Miraz pede.

Ele se ajoelha no chão e pede misericórdia.

- Agora não é hora de cavalheirismos, Pedro! – Edmundo grita.

Pedro começa a recuar em nossa direção.

- Cuidado!

Acaba que Edmundo e eu gritamos juntos. Miraz está com a espada em mãos pronto para golpear Pedro. Num movimento rápido Pedro consegue golpear Miraz, o mesmo se ajoelha no chão.

- O que aconteceu garoto? É covarde demais para tirar uma vida? – Provoca Miraz.

- Não cabe a mim tirar. – Pedro responde.

Ele me oferece a espada e recuso, não consigo fazer isso. Oferece a Caspian, primeiro ele me olha e depois aceita. Caspian se aproxima de Miraz e parece que meu coração vai sair pela boca, acabo abraçando o braço de Edmundo por estar tão apreensiva. Miraz não é inocente, mas penso que tirar uma vida não vai dar a Caspian a paz que ele merece.

- Talvez eu esteja errado. – Escuto Miraz dizer. Talvez você tenha as qualidades de um rei telmarino afinal.

Caspian grita, escondo meu rosto no peito de Edmundo, não quero ver. Mas Caspian é esperto, ele não acertou Miraz. Fincou a espada na grama. Respiro aliviada.

- Não como você. – Caspian responde.

O que me deixa levemente emocionada e orgulhosa. Esse é meu irmão.

- Fique com sua vida, mas estou devolvendo aos narnianos o reino deles.

Caspian volta para nós, saio correndo em sua direção e o abraço.

- Estou muito orgulhosa de você irmãozinho. – Digo

Ouço os narnianos comemorarem a vitória aos gritos. Como tudo que é bom dura pouco, nos viramos assustados ao ouvir um gemido, logo em seguida vemos Miraz cair no chão, morto.

- Traição! Eles acertaram o rei.

- Preparem se! – Pedro grita.

Meu coração acelera, uma batalha está prestes a começar.

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n/a: e aí o que acharam do capítulo? gente sério juro que esse foi o capítulo mais difícil que já escrevi em toda minha vida, porque nunca tinha descrito uma luta antes, espero que tenha ficado bom e que tenham gostado.

Próximo capítulo vai ser bem emocionante...

Obrigada por todo apoio ❤️