14. the goodbye

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n/a: quem quiser ouvir o capítulo ao som de the call, está na capa do capítulo, fica aí a sugestão.

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Acordo com Edmundo se sentando na cama.

- Bom dia dorminhoca. – Ele sorri.

- Bom dia, nem acredito que você ficou mesmo aqui. Para quem estava com medo do Caspian...

Ele parece ter ficado um pouco confuso com minha fala, frange o cenho e dá um sorriso sarcástico.

- Não estava com medo dele e só do que ele pensaria de mim se me pegasse aqui, dormindo com a senhorita.

- Sei. – Respondo com um sorriso lerdo.

Edmundo me dá um beijo na testa e sai do quarto, antes de sair claro verifica se tem alguém por perto.

- A barra está limpa. – Ele diz, mais para ele do que para mim.

Mesmo assim o escuto, como se tivéssemos fazendo algo de errado. Só foi uma soneca juntos nada mais que isso. Tomo um banho quente antes de ir tomar o café da manhã, durante o banho fico rindo que nem uma boba pensando nas palavras de Edmundo, quando me viu no baile.

"Você está linda"

"Quando te vi caída no chão, toda suja de sangue, quase morri. Pensei que fosse te perder para sempre"

- Mesmo que tivesse morrido, você não teria me perdido, pois estando onde estivesse eu iria continuar gostando de você, perdidamente apaixonada. Exatamente como estou agora. – Penso.

A mesa para o café da manhã está abarrotada de quitutes e bebidas. Os irmãos Pevensie e Caspian já estão apostos.

- A atrasadinha chegou. – Comenta Edmundo.

- Minha irmã parece ter um problema com horas.

- Peço desculpas Altezas. – Faço uma reverencia. Me distrai com pensamentos enquanto tomava banho.

- Está passando tempo demais com Edmundo.

Consigo sentir o tom sarcástico na sua fala. – Pedro diz e sorri.

Acho graça de seu comentário e também sorrio. Procuro um lugar e me acomodo. Conversamos sobre tantas coisas, momentos marcantes que passamos juntos e agora que tudo acabou conseguimos achar graça de alguns momentos que antes eram de viva ou morte.

- Aslam pediu que todos os telmarinos se reunissem depois do café. – Dispara Pedro.

- Eles já foram avisados? – Pergunto preocupada.

- Sim, só estou avisando mesmo. Precisamos estar presentes.

Concordamos. Assim acontece, depois do café vamos para o local onde Aslam marcou de estar. Aos poucos o espaço baixo a nossa frente vai se enchendo de pessoas, muitas assustadas, outras curiosas, mas tenho certeza que todos estavam ansiosos sobre o que seria falado ali. Eu não estou diferente, uma mistura de medo e nervosismo toma conta de mim e em alguns minutos minhas mãos começam a suar. Confio em Aslam, mas não sei por que sinto um imenso aperto no peito. Tipo quando a gente sente que algo vai acontecer. Quando temos certeza de que todos estão presentes, Caspian começa seu discurso.

- Nárnia pertence aos narnianos, assim como aos homens. Todo telmarino que quiser ficar e viver em paz é bem-vindo...

Caspian já deve saber do que se trata. Como sempre, sou a última a saber de tudo.

- Mas os que desejarem. Aslam enviará ao lar de nossos pais.

- Há muitas gerações nós partimos de Telmar. – Comenta uma pessoa na multidão.

My boy - With Edmund PevensieOnde histórias criam vida. Descubra agora