Vigésimo quinto - A Colombina e seu Pierrot

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ain gente.

Boa leitura

Ah quando puderem dar uma lida e uma curtida lá na minha doubleshot "Porque você é o meu número 1", vou ficar super feliz! Ela era uma historinha antiga da minha outra conta, mas consegui reescrever aqui ♥

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Naquela mesma noite, mais precisamente no finalzinho da tarde quando ambos saíram da escola, Kyoko adentrou ao carro de Luka e os dois foram para o shopping. 

Enquanto Luka dirigia, mantendo um dos cotovelos debruçados na janela, a japonesa ao seu lado, tentava se manter tranquila, sem demonstrar a ele que seu coração batia tão acelerado no peito como se fosse uma bateria elétrica. 

Era quase impossível não resitir. Resitir ao encanto dele, aquele interior de carro que a entorpecia pelo perfume de homem empreguinado ali, um cheiro marcante, dominador, assim como aquela mão grande que manobrava o automóvel, da mesma forma, que ele conduzia seu piano.  Luka possuía dedos longos, bonitos, que a faziam extremecer toda vez que ele os delisava pelo couro preto do volante,  o segurando com precisão. E ela, ao observa-lo,  desejava em silêncio, que ele a tocasse assim, que ele a apertasse forte na cintura, nos seus braços... e quem sabe, se pudesse... em seus seios...

- Você gosta de música classica, não é?

A voz masculina rompendo dos lábios de Luka, a fez voltar para si e balançar a cabeça como se estivesse recobrando sua conciencia. Sorriu, assentindo enquanto que ele, abaixava um pouco o volume do rádio, onde uma sonata de Richard Wagner  tocava. 

- Não fique encabulada se quiser ouvir outra música, mas é que eu já coloco no automático. A música clássica é a minha vida, é a minha audição, é a minha fala... - ele sorria, olhando para frente. - Desde pequeno, quando minha mãe me ensinava a tocar piano...

- Sua mãe que te ensinou então...

- Sim, ela era uma excelente pianista inclusive, já tocou em diversas orquestras famosas, aqui em Paris, em Praga, Varsóvia, Berlim... mas acabou adquirindo um cancer, que a forçou parar de tocar, por causa do tratamento.

- Nossa, que pena...!

- Foi mesmo. Acho que foi a única coisa na vida dela, que a atingiu pra valer. Nem mesmo a morte do meu pai, que foi por causa das más escolhas dele, a atingiu tanto daquele jeito...

- Eu posso imaginar e sinto muito.

- Não se preocupe.

Ambos trocaram um sorriso. Kyoko respirou fundo, colocando um pouco de cabelo atrás da orelha.

-  Eu, ainda tenho a minha mãe e o meu pai, mas eles estão bem velinhos... já estou me preparando pra caso, aconteça alguma coisa.

- É inevitável não é. A vida é assim mesmo.

- Sim... mas pelo menos, eu sei que eles viveram uma vida boa, e tiveram um o outro desde sempre...- ao sorrir, por se lembrar da sua família, ela se abraçava fazendo um carinho em seus braços. - O meu pai, foi o primeiro namorado da minha mãe, e eles nunca se separaram desde que ficaram juntos.

Luka então virou o rosto para encará-la, ao mesmo tempo, que sorria também.

- Que legal...!

- Sim... ele foi o primeiro amor dela.

- Isso é bem difícil de encontrar, mas talvez, eu entenda seus pai.

- Entende meu pai?

- Sim...

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