Capítulo 8

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Bom dia, bom dia! ♥
🚫 Vamos de meta? 100 VOTOS e 70 COMENTÁRIOS, e eu volto com o próximo capítulo! Isso é mamão com açúcar para vocês! Então até logo logo haha ♥

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Alexia Gonzalez

– Você está na casa do Bernardo? Ele é super amigo do Lorenzo, meu esposo. — Luísa comenta animada.

– Sim, enquanto estou estagiando aqui, vou ficar na casa dele. De quantos meses você está?
— Pergunto olhando para sua barriguinha.

– Fiz quatro meses e estou louca para descobrir o sexo do bebê. — Fala. – Conheço o Bernardo há algum tempo, ele e o Lorenzo sempre estão juntos, lembro claramente da ex esposa dele que era uma cobra, graças a Deus ele se libertou dela, mesmo que ainda hoje mantenham a "amizade" — Fala fazendo aspas com as mãos. – Conheceu ela, não foi? Certeza que ela olhou para você desconfiada.

– Já a conheço há muito tempo, quando eu era pequena Bernardo era como um tio para mim, e eles já estavam juntos na época, então ela sabe bem quem eu sou, e que não sou nenhuma ameaça.

– Querida, você é linda, não importa se Bernardo é apenas um tio para você, ela com certeza ficará desconfiada, ainda mais vocês morando juntos e tendo uma certa intimidade.

Confesso que fico com vergonha de falar assim, parece até que temos uma intimidade de verdade, quando no fundo eu não consigo nem definir se somos amigos, ou tio e sobrinha ou qualquer outra coisa. Bernardo me trata como alguém especial e que ama, mas desde quando cheguei nunca tocamos nesse assunto, somos apenas pessoas importantes em ambas vidas.

A última vez que Ashley foi no apartamento realmente pareceu desconfiada de mim como se fosse uma ameaça mesmo, não sei o que ela pensa em relação a isso, porém não é da conta dela a vida pessoal dele, estou morando apenas de ajuda, e como a maioria dos homens Bernardo com certeza deve ter alguma mulher para se divertir.

E isso é estranho, não sei porquê, mas é.

Eu estava animada, depois de uma semana de estágio estava indo tudo perfeitamente bem, Luísa era incrível e sempre conversávamos quando surgia uma oportunidade, já falava sobre chá de bebê e nomes que poderia escolher, Lilian também era muito divertida, saímos para almoçar duas vezes juntas e ela me falou que conhecia Bernardo apenas por nome, e citou que ele era um homem muito bonito.

Não é só ela que acha.

Meus dias estavam sendo tranquilos com Bernardo e aqui no escritório, hoje seria a festa de aniversário do vice chamado Arthur, não o vi ainda, mas teria uma comemoração e todos deveriam estar lá, Luísa era uma das responsáveis e me pediu ajuda.

Mas eu não esperava o que estava por vir durante a festa.

Eu não estava tão socialmente falando, interagindo com todos, eu preferiria fica no meu canto comendo e sentada olhando para as outras pessoas para lá e para cá, afinal, nem todos que estavam ali eu sabia se quer o nome, Luísa não estava por perto e Lilian estava conversando com outras pessoas.

A cena no apartamento mais cedo me deixou completamente envergonhada e sem graça com Bernardo, ele chegou do treino e estava sem camisa dentro da sua própria casa, mas mesmo assim eu me assustei, não com o fato dele estar sem camisa, mas porque nunca havia visto um homem como muitas mulheres definem "tão gostoso" antes, e eu estava me recriminando a cada segundo por pensar isso quando vi seu peitoral, meu coração quase saiu pela boca e meus olhos se arregalaram formando O em meus lábios.

Ok, consequências de nunca ter namorado antes e agora estou surpresa em ver um homem tão bonito sem camisa.

Chega a soar ridículo, principalmente a forma como eu fugi da sala não sei se com vergonha, espanto ou admiração.

Sim, minha mente me traiu ao pensar qualquer mínima coisa imprópria sem querer.

Meu Deus do céu Alexia, você não está maluca de sentir algum pingo de desejo por um homem que te viu criança e é quase como um tio!

Depois disso dei graças a Deus por chegar ao estágio e não precisar encarar mais Bernardo por algumas horas.

Eu estava apenas segurando um copo de refrigerante na mão e vendo muitas pessoas que eu nunca vi antes na vida andando para todos os lados, o escritório era grande e eu não conhecia ninguém aqui, tinha comida por todo lado e o aniversariante da festa eu não fazia ideia de quem era, mas estava aproveitando para comer e vagar com meus pensamentos entre pensar ou pecar.

Eu entendia perfeitamente o porquê Ashley estava indo ao apartamento de Bernardo, afinal, eles tinham um cachorro que poderia ser como um filho, e no fundo, um questionamento pairou em minha mente me fazendo se perguntar se eles ainda se encontram.

Eu não sei exatamente o motivo que saí do meu transe ao escutar um disparo de tiro eclodir no local, mas quando verdadeiramente me dei conta as pessoas já estavam correndo desgovernadas de todos os lados e o copo de vidro em minha mão caiu me fazendo se tocar do que estava acontecendo naquele momento.

Eu não vi ninguém nem nada.

Minhas mãos já estavam trêmulas quando resolvi me mexer e correr, havia uma escada perto de onde eu estava e meu único instinto foi correr para lá e tentar subir, os barulhos de tiros ainda existiam e as cenas foram tão rápidas que quando cheguei ao segundo andar bati de frente com um homem e cai no chão sentindo um dor muito forte no pé.

O que droga estava acontecendo ali? Naquele momento?

Ao soltar um grito de dor tentei me encostar no canto da parede, pois não conseguia andar sentindo a dor no pé se intensificar.

Merda.

Os barulhos pararam.

Mas eu ainda via pessoas correndo e desesperadas.

Um atentando? Luísa? Lilian? O que estava acontecendo? Aonde estavam todos?

Na correria do momento eu não conseguia pensar em mais nada além de correr e me esconder em qualquer buraco.

Eu estava com medo, muito medo, o medo já era meu fiel companheiro há muitos anos, mas agora parecia estar bem ao meu lado me cercando, eu queria correr, mas a dor insuportável no meu pé não permitia, eu nunca havia sentindo um medo tão grande como naquele instante.

De morrer.

E meu único pensamento foi Bernardo naquele momento, o homem que se bateu comigo e me fez cair se encostou ao meu lado e estava com sua respiração tão irregular quanto a minha.

Eu não conseguia olhar direito para seu rosto, mas não parecia desconhecido.

Meu coração estava acelerado, minhas mãos trêmulas e o desespero ainda tomava conta de cada célula do meu corpo.

Os tiros cessaram, os barulhos cessaram.

O que havia acontecido ali? O que aconteceu ali?

O que havia acontecido ali? O que aconteceu ali?

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