Quarto e quinto dia

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— Scorpius acorde! Está atrasado – Albus o acordou pela quarta vez seguida.

— Hoje é quinta-feira? – ele perguntou esperançoso.

— É claro, aula de adivinhação.

— Yes! – Scorpius comemorou dando um pulo levantando da cama.

— Quintas-feiras sempre foram seus piores dias. – comentou ao amigo estranhando o comportamento dele.

— Não seja tolo, quintas a partir de hoje serão meus melhores dias.

Albus abanou a cabeça negativamente não o reconhecendo, mas resolveu sair do quarto para ir tomar seu café da manhã. Scorpius por outro lado se trocou calmamente, saiu do quarto e se encaminhou sem correr desesperado em direção a cozinha do castelo.

— Fazendo sua caminhada matinal? Não faz diferença já que está morto. – comentou no corredor assim que viu Frei Gorducho passando ao seu lado. O fantasma o olhou estranhando sua fala, mas não lhe disse nada.

Scorpius coçou a pera do retrato que dava caminho para a cozinha e entrou no aposento. Um cheiro inebriante de geleia foi sentido e o jovem reparou em vários elfos andando apressados por todos os lugares, alguns cozinhando, outros levando magicamente as comidas para o salão acima de suas cabeças.

— Com licença. – disse o garoto para uma elfa que passava ao seu lado com uma bandeja lotada de panquecas recém-preparadas. – Pode me trazer um ovo mexido e bacons?

— Lury não faz ovos e bacons, Lury só serve estudantes. – o avisou deixando parado e voltando a trabalhar.

Scorpius olhou bravo para a pequena elfa. Com certeza essa prepotência dava-se ao fato de Rose defende-los com unhas e dentes por todos os lados no castelo. Elfos estavam ficando muito abusados.

— Oi, - ele foi até um elfo que cozinhava num fogão, mexia magicamente uma colher fazendo a geleia e colocava panquecas numa chapa. – Frite bacons e faça ovos mexidos para mim.

O pequeno elfo o olhou bravo. Estava com um chapéu branco típico de chefes de cozinha.

— Ninguém entra na cozinha de Wilton sem autorização. – ele levantou seus dedos no ar e ordenou, os estralando, que um caldeirão lotado de suco de abóbora caísse sobre a cabeça de Scorpius.

— O que deu em você!!! – o garoto exclamou chocado com a atitude da criatura.

— Saia da cozinha de Wilton agora! – disse bravo para ele estralando os dedos novamente. Scorpius deu passos para trás.

— Já entendi. – saiu correndo tentando se livrar de outro banho de suco. – Só pode ser coisa da Rose e da mãe dela essa independência dos elfos. Vou morrer de fome para sempre.

Ele se lamentou tentando voltar ao seu aposento para tomar um banho.

— O que aconteceu com você? – era Rose que o viu andando perto do grande salão. – Está todo laranja.

— Obra sua isso! – disse irritado continuando a andar para longe dela.

— Francamente! Está cada vez mais prepotente! – disse quase gritando para ele a ouvir mesmo a uma boa distância da garota.

Depois de um bom banho e várias camadas de perfume para tirar o cheiro horrível do suco de abobora, começou a se encaminhar para os jardins.

— Vou matar todas as aulas hoje. – disse sorridente andando pelos corredores. Percebeu que todos os alunos já estavam nas suas salas de aula.

— Aluno andando no corredor na hora da aula! Aluno andando no corredor na hora da aula! – era Pirraça gritando por cima de sua cabeça.

— Pirraça, Pirraça! – ele chamou o Poltergeist para chegar mais perto de si. – Quero sua ajuda. Silêncio por favor.

Um eterno déjà-vuOnde histórias criam vida. Descubra agora