Capitulo XXXIII

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Levanto minha cabeça e fico encarando o Marcos, eu queria contar para ele que alguém tentou envenenar o pai do Lucas, mas eu me lembro que ele me pediu segredo. Então por mais difícil que seja, prefiro fingir que eu sou paranóica.

_ Talvez seja isso, mas eu ainda quero que o café seja testado para a nossa segurança _ Digo desviando nosso olhar.

_ Acho que faz sentido, até porque você é namorada do Lucas Vastos _ Ele diz se ajeitando na cadeira _ Você fez alguns inimigos simplesmente por assumir esse papel.

Eu detesto a forma que com que o Marcos fala de ser a namorada do Lucas Vastos, ele diz como se fosse algum ruim. Porque parte de mim diz que foi um dos melhores momentos da minha vida, apenas desvio nosso olhar mais uma vez.

_ Desculpa, eu não quiser ser grosseiro _ Ele diz após perceber como eu fiquei _ Mas é que ele é tão rico e famoso, então é muito provável que haja pessoas sinta ciúmes dele e eu sei como ciúmes pode ser perigoso.

_ Não se preocupe, eu te entendo _ Digo por fim de conversa _ Eu me sinto tão mal...

_ Quer que eu pegue algo ? Um copo de água ? _ Ele pergunta atencioso.

_ Claro, acho que é uma boa ideia _ Digo com um leve sorriso nos lábios.

Ele se levanta e vai até o bebedouro pegar um copo de água para mim, fico ali sentada esperando que seja uma boa ideia beber esse copo d'água. Ele logo volta com o copo estendido para mim pegar.

_ Aqui está _ Ele diz se sentando.

Assim que eu pego o copo, soube que não era uma boa ideia. A vontade de vomitar veio a tona de novo.

_ Aí meu Deus _ Digo correndo até o lixo mais perto.

TEMPOS DEPOIS...

Sento ao lado do Marcos novamente após voltar do banheiro, onde tinha ido para limpar minha boca de novo.

_ Já entreguei o café para eles, já está sendo testado _ Ele diz assim que eu me sento.

_ Ótimo _ Digo apoiando minha cabeça na parede.

_ Sinto muito que nosso café da manhã tenha terminado assim _ Ele diz apoiando sua mão em cima da minha.

_ Tudo bem _ Digo sorrindo mas puxando minha mão debaixo da dele.

_ Aí Meu Deus Mari, o que aconteceu ? _ Charlotte chega gritando no hospital.

_ Eu acho que alguém tentou me envenenar _ Digo a ela.

_ Mas isso é só uma suposição _ Marcos me interrompe _ Estamos esperando o resultado do teste.

_ Irmãozinho ? Posso falar com a Mari em particular ? _ Charlotte pergunta a ele.

_ Claro _ Ele se levanta e vai caminhando até o banheiro.

_ Eu sei que estou um pouco afastada ultimamente, e isso pode ter dado a ideia de que sou uma péssima amiga. Pode parecer que eu só entro em contato quando preciso de algum favor, mas você precisa saber que eu estou focada nos meu estudo agora. _ Charlotte descarrega tudo de uma vez.

_ Eu não entendo, do que você está falando ? _ Pergunto me ajeitando na cadeira.

_ O meu pai... Ele é agressivo com a minha mãe _ Ela diz cabisbaixa _ Desde pequena eu vejo ele bater e xingar ela, minha mãe não podia abandoná-lo porque dependia financeiramente dele. Então quando eu cresci, decidi que eu seria independente e a única forma de fazer isso, é tendo uma carreira sólida.

_ Bem... Esse é um bom objetivo né ? _ Digo ainda confusa.

_ É sim, mas talvez eu já esteja focada demais em minha ambição. Eu nem tenho mais tempo de manter contato com ninguém _ Ela continua o desabafo _ Nem com a pessoa que me fez chegar aonde eu estou hoje, então eu sinto muito, eu não quis te deixar na mão quando precisou de mim.

_ Está tudo bem _ Digo acariciando sua mão que estava a segurar a minha _ Você teve um bom motivo para agir assim e pelo menos você reconhece seu erro.

_ Obrigado por entender _ Ela diz sorrindo _ É muito importante para mim, porém, sei que vai soar terrível mas eu tenho uma prova daqui a pouco. Te vejo mais tarde tá ?

_ Tudo bem _ Digo acenando com a cabeça.

Ela sorri para mim, se levanta e da um beijo em minha testa. Eu apenas me escoro novamente na cadeira e fico vendo ela sumir de minha vista, mas logo vendo o Marcos aparecendo e vindo até mim após se despedir da irmã.

_ Como você está se sentindo ? _ Ele pergunta se sentando ao meu lado.

_ Um pouco melhor, mas ainda ansiosa para o resultado do teste _ Digo nervosa _ E se alguém realmente tiver tentando me matar ?

_ O que importa é que você está bem e saudável _ Ele diz levando minha cabeça até seus ombros _ Mesmo que a pessoa tenha tentado te matar, ela fracassou.

_ Mas e se ela tentar de novo ? Você lembra que meu pai foi assassinado a pouco tempo né ? _ Pergunto preocupada.

_ Claro que sim, mas você me disse que ele era policial _ Ele diz tranquilo _ Ele lidava com criminosos todos os dias, mas você... é apenas uma universitária. Seu maior inimigo deve ser um professor cruel e a pior coisa que ele poderia fazer seria te dar uma nota baixa.

Dou risada com seu comentário, continuou com a cabeça ali apoiada em seus ombros até ele ver pegar seu celular e resmungar algo.

_ O que foi ? _ Pergunto me levantando.

_ Eu tenho uma aula para assistir daqui alguns minutos _ Ele diz guardando seu celular _ Mas eu posso ficar aqui se você quiser, você sabe, só para caso de você precisar de alguém para ficar contigo esse momento.

Algo no sorriso dele faz com que eu queira que ele fique aqui comigo, por toda a correria que ele fez por mim hoje cedo. Mas eu não posso sentir o mesmo que ele senti por mim, infelizmente meu coração se deu de posse para outro.

_ Bom, então eu te vejo mais tarde _ Digo abrindo um sorriso.

_ Aham _ Ele se levanta e da um beijo no topo da minha cabeça _ Te vejo mais tarde Mari.

Assim que eu vejo ele sair da sala da recepção, eu sinto com se tudo começasse a girar, e finalmente eu desmaio. Acordo em um quarto, quando olho pela janela vejo que já está há noite, eu estava em uma cama de hospital com uma infusão intravenosa na mão.

Eu ajeito na cama para tentar procurar o Marcos pelo quarto, já que eu não lembrava que ele havia ido embora, mas em vez disso vi o homem dos meus sonhos sentado na poltrona do quarto.

A queridinha do bilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora