Susan
Ao terminar de ler os documentos eu levantei decidida, iria confrontar David. Deixei um bilhete na porta da geladeira para Emily, peguei o carro e sai apressada para nossa construtora.- David seu filho da puta, você nos faliu. Como você conseguiu isso seu imbecil? - cuspi fora as palavras.
- Eu sabia que descobriria, mais cedo ou mais tarde. Só que eu torcia para ser mais tarde... - ele respondeu parecendo conformado.
- Como David? A empresa está afundada em dívidas, até nossa casa você hipotecou - eu tentava me controlar, mas a vontade era de agarrar o pescoço dele e apertar com força.
- Sabe como é querida, não saiu barato manter minha cama aquecida e meus desejos saciados. As jovenzinhas são caras - ele disse sorrindo cafajeste.
Mas eu tirei o sorriso da cara dele no tapa. Um tapa estalado que deixou sua bochecha rosada.
- Apartir de hoje você só entra mais uma vez na minha casa, e apenas para sair carregando todas as suas coisas. E quero que se afaste da empresa, só assim eu não vou mete-lo num processo que vai te tirar até as roupas do corpo. Ouviu bem David? Suma da minha vida - gritei.
- Quer saber Suzy? Foda-se. Sua puritana de merda. Talvez se você descesse desse seu salto de vez em quando e me fizesse um belo boquete, não estaríamos nessa situação - ele disse com raiva.
- Eu não estou nem aí para o que você acha, só quero saber se entendeu...
Su-ma!- Okay. Eu já estava farto disso tudo mesmo - ele disse levantando e pegando suas coisas pela sala - a noite eu passo por lá para pegar minha mala.
Quando terminou ele saiu do escritório batendo a porta.
Eu tive que contratar um contador para me ajudar a arrumar a bagunça que David havia feito. Rombos de alguns milhares de dólares estavam nos relatórios. Cada vez parecia mais impossível reerguer meu negócio, mas eu não iria desistir.
4 anos depois...
Susan
Sentada no meu escritório, eu olhava o relatório do ano da construtora. Foi difícil mas eu consegui, e hoje ela dava ainda mais lucro do que antes. A casa onde eu morava, acabei perdendo. Mas depois de um período em um apartamento mínimo, eu pude comprar uma ainda maior. Tinha até piscina. Eu me orgulhava muito do meu trabalho.Em mãos eu tinha o último contrato de reforma que pegamos. Uma grande sala comercial no centro que deveria ser transformada em consultório. Uma mulher que aparentava ter seus quase sessenta anos tratou de todos os detalhes do projeto de perto.
Hoje ela marcou uma visita para levar o verdadeiro dono para uma inspeção. Estávamos na metade do serviço, mas se ele queria mudar algo esse era o momento.
Quando se aproximava do horário eu peguei minha bolsa e me dirigi para o local. Na porta fui recebida pelo mestre de obras que me entregou um capacete amarelo. Eu adentrei o local e fui olhando com atenção. Tudo teria que estar perfeito, pois esse cliente estava pagando bem pelos melhores materiais.
- Patroa, o dono da sala chegou. Está lá na porta - o mestre de obras informou.
- Okay Marcus. Estou indo - falei retornando a entrada olhando para o chão e tentando não tropeçar em nenhum entulho.
Quando eu levantei meus olhos para a entrada meu coração disparou e o ar parecia ter deixado meus pulmões.
O dono da sala era o Ryan, meu menino que agora não tinha nada de menino. Ele parecia ainda mais velho do que seus, agora, vinte e quatro anos. Ostentava uma barba cerrada e óculos de grau que o deixavam muito sexy. E seu corpo estava ainda maior e mais definido. Dava pra notar apesar do terno que usava.
Mas uma coisa não mudou... seu sorriso ainda era o mesmo. E eu não consegui fazer nada além de sorrir de volta e apertar minhas mãos juntas nervosamente. De repente me senti envergonhada, cinco anos se passaram e eu também estava mais velha.
- Olá senhora Mayer - ele disse dando um passo adiante e me fazendo ficar nostálgica.
- Senhorita... Baker... olá Ryan, você está... incrível - eu procurava palavras mas era difícil, não sabia como me comportar.
- Você também Susan, continua maravilhosa. Como se o tempo não tivesse passado - mordi meu lábio inferior envergonhada.
- Você gostaria de fazer a vistoria agora? - resolvi voltar ao profissional, pois disso eu entendia.
- Claro, me mostre o lugar. Minha tia Mary disse que seu projeto ficou fantástico - ele respondeu.
Eu comecei a andar e pedi para ele me seguir, os pedreiros tinham parado para o almoço. Então os capacetes não eram mais necessários.
Fui mostrando cada parte dos ambientes, mas Ryan parecia não prestar atenção. Acho que ele estava apenas olhando para minha boca, ou para minha bunda quando me virava.
- Susan... - ele interrompeu minha apresentação.
- Sim?
- Gostaria de almoçar comigo? - Ryan disse.
- Oh, sim, acho que sim - respondi sorrindo.
Durante o almoço conversamos sobre como foi o curso de Ryan na Universidade, ele me disse que se formou em fisioterapia esportiva. Que estava se saindo muito bem atendendo um jovem jogador, estrela do time de Michigan. Ele disse que precisaria fazer algumas viagens, mas moraria e atenderia aqui na Geórgia.
Eu contei a ele com o acabei assumindo a construtora, falei de Bryan que estava noivo da Lisa e acabou se estabelecendo na Flórida. De John, meu filho mais velho, que está terminando a residência em Chicago. E de Emily, agora com 16 anos e se achando dona do próprio nariz.
Quando as palavras faltaram, Ryan colocou sua mão por cima da minha, eu suspirei sob seu toque. Eu só queria saber o que viria a seguir...
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O melhor amigo do meu filho (COMPLETA)
Romance***conteúdo +18*** ***short book*** Meu nome é Susan Mayer. 39 anos, casada, mãe de três filhos. Sou uma típica dona de casa americana, canto no coral da igreja e sou líder do clube do livro. Meu nome é Ryan Evans. 17 anos, negro, filho de pai dr...