Capítulo XIII

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Ryan
Minhas mãos suavam, eu as sequei na calça e peguei a mão de Susan entre as minhas. Eu me sentia um garoto de 17 anos novamente. Intimidado pela mulher incrível na minha frente.

Eu pensava que já a conhecia mas quando ela passou o que passou com o traste do ex-marido, minha vontade foi largar tudo e voltar para ampara-la. Mas tia Mary me impediu. Me convenceu que o melhor jeito de ajudar a mulher que eu amo, era me tornando um homem de verdade para ela. Aí sim eu poderia retornar.

Tia Mary me deu notícias de Susan por todo esse tempo. E eu ficava de longe torcendo pela minha mulher. Não foi fácil, nem um pouco.
Quando eu todo animado enviei um postal e ela disse que não queria que eu entrasse em contato, fiquei magoado. Achei que ela tinha se acertado com o David e estava me descartando.

Comecei a sair com todas as mulheres que eu via pela frente, só queria saber de festa e curtição. Quase perdi o primeiro semestre, sem Susan eu ficava sem rumo. Mas, ainda bem, tia Mary mais uma vez me abriu os olhos. E eu voltei ao meu foco. Estudava e trabalhava, minha tia também me ajudou muito. Quando o dinheiro começou a entrar, primeira coisa que fiz foi comprar uma casa bonita para minha mãe. Susan ainda nem sabe que foi ela quem a construiu.

Essa mulher, que seguro as mãos agora, nem sabe o poder que tem sobre mim.

- Eu não quero parecer obsessivo ou algo assim, mas eu não deixei de pensar em você nesses anos Susan. Na sua companhia, seu cheiro, seu corpo...

Ela corou, parecia envergonhada.

- Ah Ryan, eu também não deixei de pensar em você.

- Então vamos retomar de onde paramos Susan - eu disse beijando sua mão.

Susan
Quando Ryan disse para retomar de onde paramos eu me senti nervosa. Nunca achei que ele realmente voltaria para Georgia, muito menos interessado em ter algum tipo de relação comigo. Tenho 45 anos agora, e ele está no auge da sua vida.

- Isso não me parece uma boa ideia Ryan. Você tem uma vida inteira pela frente. Talvez você só devesse encontrar uma garota da sua idade, que possa te dar lindos filhos...

- Oh não Susan, de novo isso mulher? Você acha mesmo que eu ainda não sou homem suficiente para decidir o que quero da vida? - perguntou, triste.

- Não foi isso que eu quis dizer. Eu sei que mesmo quando mais novo você sempre foi maduro e responsável querido. É só que... eu não sei... apenas não me sinto suficiente para você - eu respondi.

- Pois eu acho que você é mais do que suficiente para mim, e esses anos longe só deixaram isso ainda mais claro. A verdade é que sem você, eu não teria nada do que tenho hoje, pois sempre foi o desejo de me tornar um homem para você que me manteve nos trilhos. Me impediu de continuar acabando com as chances que tive na vida. É por isso que eu voltei para te pedir... casa comigo Susan?

- E-eu... nem sei o que dizer - gaguejei totalmente surpresa.

- Então diga sim. Me deixa acordar do seu lado todos os dias, te amar até você ficar com as pernas bambas, cuidar de você... mesmo que você não precise ser cuidada.

- Sim - eu disse com lágrimas nos olhos.

E Ryan aproximou seus lábios dos meus, pedindo passagem com a sua língua. Era um beijo necessitado, um beijo de cinco anos de saudade. Ele separou nosso beijo e eu senti falta do seu toque.

Ele abriu a carteira e deixou dinheiro na mesa, se levantando e me puxando pela mão.

- Dane-se o almoço Susan. Preciso ter você agora - ele revelou e sorrimos cúmplices.

6 meses depois...

Ryan
Pense em uma mulher maravilhosa parecendo um anjo com um vestido branco todo em renda. Perfeitamente justo abraçando suas curvas deliciosas, os ombros de fora surgindo das mangas que só cobriam os braços. Essa é a visão que eu tenho do altar. Ela vem caminhando devagar de braços dados com Bryan, o melhor amigo que já tive e agora meu enteado.

Imaginem vocês a minha surpresa e da Susan quando ele disse que já sabia sobre nós desde o início. Foi um alívio, ele nos apoiou o tempo todo. E ajudou a convencer o irmão mais velho John, que não gostou nada do nosso envolvimento. Mas agora resolveu respeitar, a pedido do Bryan. Emily aceitou fácil também, ela disse para a mãe que se ela não quisesse casar comigo ela mesma aceitaria.

E aqui estamos nós. Tia Mary está chorando emocionada ao lado da mamãe. James ao lado em sua cadeira de rodas, a bebida roubou sua saúde. Agora ele não bebe mais, se não ela também vai lhe roubar a vida.

E voltando à mulher linda na minha frente, estou ansioso pra ve-la dizer sim e poder ama-la para o resto da vida...

Notas da autoraChegamos ao fim da história desse casal fofo demais que venceram a diferença de idade, ignoraram totalmente a questão racial e provaram que o amor move montanhas

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Notas da autora
Chegamos ao fim da história desse casal fofo demais que venceram a diferença de idade, ignoraram totalmente a questão racial e provaram que o amor move montanhas. Agradeço a cada um que prestigiou esse trabalho até o fim.
Pretendo ainda escrever um epílogo, para fechar com chave de ouro. Mas a despedida eu deixo aqui. BEIJOS E ATÉ O PROXIMO LIVRO!

O melhor amigo do meu filho (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora