Prólogo

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Christopher Uckermann

El Palmar Beach, Ixtapa 📍

— Filho, o que você acha de fazermos uma viagem ao Caribe esse final de semana? — perguntou meu pai, Léon.

— Por qual motivo iríamos?

— Apenas acho que estamos precisando nos distrair, aliviar toda essa pressão do trabalho.

— Por acaso não está pensando em aceitar aquele contrato que exige que você se mude para a Califórnia, não é?

— Por que eu não aceitaria? A Califórnia é ótima, teríamos uma boa vida lá.

— Nós já temos isso aqui, pai. Por acaso aconteceu alguma coisa que está te fazendo querer ir pra longe?

— Nada filho, eu só pensei que seria bom. — olhou para o lado. — Espere um segundo, o Harry está me chamando. — sai.

Virei-me para observar o mar e pensei se seria uma boa ideia ir morar em outro lugar a não ser a Espanha, me afastar da vida que construímos aqui.

— Christopher, meu filho. Escute bem, quero que esteja pronto para assumir os negócios. Construí boa parte do que temos hoje, mas isso também pertence a você. Lembre-se que nem tudo na vida está associado a diversão e prazer.

Antes que eu pudesse falar algo ouvi um barulho enorme que mais pareciam tiros, meu pai estava completamente sujo de sangue e quando me dei conta eu também estava. Ouvi mais dois tiros e então ele foi caindo lentamente no chão e os seguranças vieram correndo para ajudar, vi minha vista escurecer e não lembro de mais nada.

Me acordei no hospital com Harry o secretário do meu pai ao meu lado, ele parecia estar esperando que eu acordasse.

— Harry, onde estou? — perguntei.

— No hospital, você levou um tiro.

— Um tiro? E meu pai, onde ele está? Lembro que estávamos juntos quando vi que ele estava sangrando.

— Tenho uma péssima notícia para te dar, Christopher. — sua expressão era séria.

— O que aconteceu? — perguntei preocupado.

— Seu pai foi atingido em cheio pelos os tiros, foi levado para a sala de cirurgia, mas não resistiu.

— Você está me dizendo que meu pai morreu?

— Infelizmente sim. — abaixou a cabeça.

— Não! Puta merda, não pode ser verdade. — senti meus olhos lacrimejarem.

— Um dos tiros acabou te acertando, mas por sorte você conseguiu se salvar.

— Meu pai morreu, merda! — comecei a ficar desesperado sem conseguir me controlar.

— Christopher, fique calmo. — tentou me segurar, mas eu gritei o mais alto que pude.

— É mentira! O meu pai não morreu porra, isso não é verdade. — gritei novamente ainda mais alto.

— Enfermeira! Alguém chama uma enfermeira. — Harry gritava.

A enfermeira entrou no quarto e tentou fazer com que eu me acalmasse, mas não deu certo. O médico apareceu segurando uma espécie de injeção e veio até mim, lutei o máximo que pude.

[...]

Dessa vez acordei em meu quarto, reconheci as janelas que estavam com as cortinas fechadas. Tentei ficar de pé e novamente Harry apareceu.

— Nem pense em fazer isso.

— Eu quero ficar de pé, me diga por que não estou mais no hospital?

Destino Casual (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora