Capítulo 7

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Dulce Maria

Entrei furiosa em minha sala, por que diabos eu tinha que ficar tão nervosa perto dele? Ele é bom em perceber quando eu estou fingindo, parece me conhecer mais que eu mesma. Quase fiz uma besteira, ele literalmente se aproximou para me beijar enquanto eu estava surtando com meu nervosismo e por pouco permiti que acontecesse. Passei o resto do dia em minha sala verificando se todos os compromissos do dia na agenda dele estavam sendo cumpridos, também marquei algumas reuniões para o dia seguinte. De repente já eram quase oito horas da noite, lá estava eu atendendo clientes externos que tinham muito o que falar e assim que finalizei comecei a guardar minhas coisas para ir embora. Ouvi alguém bater na porta e suspirei fundo imaginando que poderia ser algo pendente do trabalho ainda para resolver, permiti a entrada e olhei para trás quando vi que a pessoa não tinha falado nada.

— O que houve? — perguntei enquanto me virava e dei de cara com Christopher novamente.

— Oi, fui informado que você ainda estava na sua sala e resolvi vir te ver. — disse, fechando a porta.

— Estou arrumando minhas coisas para ir embora. —  voltei a atenção para o que eu estava fazendo.

— Dulce, quero que você participe das reuniões e demais compromissos junto comigo. Ok?

— É só isso? Tudo bem. — fechei a bolsa.

— Acho melhor conversarmos sobre o que aconteceu mais cedo na minha sala ao invés de ficar com joguinhos.

— Joguinhos? Você me disse que eu deveria te acompanhar nos seus compromissos e eu disse que tudo bem, isso é um jogo?

— Você entendeu o que eu quero dizer. — revirei os olhos e me afastei dele.

— Sinceramente acho que não, você por acaso quer dizer que o que aconteceu não foi nada demais?

— Você estava nervosa e eu quis te acalmar.

— Christopher, para. Você tentou me beijar.

— Sim e você quase deixou.

— É melhor a gente parar com esse assunto. — peguei minha bolsa e a coloquei sobre meu ombro, tirei da mesa as chaves do meu carro.

— Por que você prefere evitar ao invés de falar sobre o assunto? Somos dois adultos.

— Exatamente, por sermos dois adultos sugiro que você respeite minha decisão e me deixe ir. — fiz menção de ir até a porta e ele me segurou.

— Eu não posso ir embora sabendo que você está chateada comigo.

— Melhor você não pensar muito nisso. — me afastei e sai dali o mais rápido possível.

Ouvi ele me chamar algumas vezes, mas o ignorei e segui até o elevador para conseguir ir embora o mais depressa possível. Quando ele se aproxima de mim, não sei explicar a forma como me sinto, mas ele me desestabiliza e eu não vejo outra maneira de reagir. É confuso demais.

Dirigi até minha casa e assim que entreguei joguei a chave e minha bolsa para o lado e atirei-me no sofá da sala. Pensando em como eu faria de agora em diante, sei que é meu trabalho, mas agora terei que ficar mais perto dele do que eu imaginava que ficaria e só de pensar nisso fico completamente confusa e sem direção. Ouvi o celular tocando em minha bolsa e com preguiça me levantei para pegá-lo e era minha melhor amiga, Maite. Respirei de alívio por não ser o Christopher ou o Fernando, nesse momento eu não gostaria de falar com nenhum dos dois.

— Alô? — disse quando atendi.

— Oi, Dul. Onde você tá? — perguntou Mai.

— Estou em casa, acabei de chegar do trabalho.

Destino Casual (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora