Chamo-me Inês Pinto. Sou estudante e portuguesa de gema.
Quando você percebeu o gosto pela leitura?
Boa pergunta, eu desde pequena convivo com a literatura, desde a ler até mesmo a vender livros. Ainda hoje os meus pais contam-me histórias de quando era pequenininha (tinha para aí os seus 2 ou 3 anos). Vivia naquela altura na minha cidade natal e os meus pais eram colaboradores da Círculo Leitores (um grupo português que vende livros e tem várias editoras). Passávamos tardes de porta em porta a entregar e a encomendar livros, desde grandes enciclopédias até livros normais de romance. O começo da minha paixão foi aí, a vender livros.
De onde veio a inspiração para Coração Culpado?
Eu na altura que estava a pensar criar a minha estória atual (Coração Culpado), estava a passar por depressão e por vários momentos de bullying na escola. Quase todos os dias chorava porque pensava que era inútil e que não fazia falta para ninguém. Então meio que esta estória foi a minha forma diferente de me reerguer, criando uma protagonista que também sofria mais ou menos depressão. Felizmente já se passaram dois meses que ultrapassei essa fase complicada da minha vida e aqui estou, a fazer o que amo.
Tem algum personagem preferido(a)? Se sim, por que ele/ela é seu/sua preferido/a?
Sem dúvida nenhuma é a Esperanza (Coração Culpado). Apesar de tudo o que se passou, ainda é uma grande líder e tem uma classe excecional. Ela é um exemplo para todos nós.
Você tem planos de publicar seus livros?
Curiosamente, tenho sim. Eu gostaria de publicar o meu primeiro livro no máximo dos máximos aos 25 anos. Mas, por enquanto, tenho de vigiar como anda o estado da literatura cá em Portugal. Não está fácil. (risos)
Por que e quando começou a escrever?
Eu comecei a escrever aos 9 anos por pura diversão. Nesse ano eu e mais as minhas amigas mais próximas criamos um blog onde publicávamos as nossas mini fanfics. Foi dos meus melhores verões da minha vida, saudades que tenho daquela época.
Existe alguém especial que te incentiva a escrever?
Os meus pais. Quando souberam que recomecei a escrever, ficaram muito felizes e deram o seu apoio. A minha mãe deu um apoio mais emocional, dizendo para não desistir e para escrever. Ela sempre foi muito querida e acreditou em mim. Já o meu pai ficou logo animado, no fundo estava a seguir os passos dele (ele também é escritor). No dia a seguir de saber começou logo a dar-me dicas de escrita, a analisar romances comigo e muitas outras coisas. Acho que se não fossem eles, não seria nem metade do que era hoje.
Pensa em seguir carreira como escritora?
Eu gostaria muito, é um dos meus sonhos chegar a uma livraria da capital e ver o meu nome lá. Só a pensar nisso fico nas nuvens. Mas no entanto preciso de trabalhar e melhorar ainda mais a minha escrita. Um dia chegarei lá, nisso tenho a certeza.
Qual gênero que mais te atrai?
Eu tenho dois gêneros preferidos, que por acaso são aqueles que escrevo: Romance e Drama. Especialmente se for daquelas décadas 40 e 50, fico nas nuvens a ler esses livros. Com mais um chocolate quente e com o jazz no fundo, fica como dizem os italianos: bellissimo. Mas também gosto muito dos contemporâneos, apesar de ler pouco, admito que leio mais históricos.
Gostaria de mandar um recado para seus leitores e para seus colegas escritores?
Para os leitores que me conhecem, só tenho a dizer que... Agradeço muito o vosso apoio. Vocês nem sabem o quão me ajudaram a minha auto estima a cada elogio que me davam. Pode ser algo bem banal mas para mim foi importante. E mando muitos beijinhos para eles!Já para os escritores, eu recebo quase todos os dias mensagens de pessoas que estão a ponderar em desistir da escrita. E queria falar disso especificamente para você, caro escritor, que por amor de Deus nunca desista. Tu estás a fazer um ato de muita coragem só por criares um história completa na tua cabeça e ainda mais se partilhas para o resto de mundo! Acredita, muito pouca gente tem essa ousadia, e só quero dizer que nunca desistas. Pode ser que ainda tenhas de melhorar como te expressas no papel ou na tela de computador, mas isso é normal. A aprendizagem é assim. Evolui-se analisando os erros que cometemos, para tentar que numa próxima não aconteça. Eu própria já perdi a conta de quantos rascunhos escrevi e que nunca saíram do papel para um ecrã, pela simples razão de ter muitos erros. Espero que este recado seja um incentivo para vocês perseverarem como eu.
Bem, parece que acabou o meu tempo de antena não é verdade? Beijinhos de Portugal para todos vós!
Essa foi nossa primeira entrevista, pessoal. Gostamos muito de conhecer um pouco mais da nossa querida Inês e esperamos que tenham gostado também. Fiquem ligados que, em breve, traremos mais escritores maravilhosos para vocês conhecerem ;)
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