23. De volta

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"– Cheguei tarde de novo, não é? – Sunmi aperta a mandíbula, seus olhos ficaram mais úmidos. Ela corrige a postura e coloca o próprio cinto. – Que vocês sejam felizes.

Seulgi fica sem saber o que responder a não ser agradecer e sair do carro. Doeu ver Sunmi daquele jeito, ela segue até o elevador e respira fundo antes de apertar o andar de seu quarto."

×××


Irene mexe a cabeça de um lado para o outro enquanto dormia. Sua respiração estava instável e seus batimentos cardíacos disparados. Ela estava tendo um pesadelo do qual não conseguia despertar. Uma sensação horrível de ser perseguida passava da imaginação para ter reações em seu corpo na realidade. No sonho ela estava em sua forma natural, nadando o mais rápido que conseguia para longe, sem nem olhar para trás. Sua velocidade era tão grande que a água era turva a sua frente, Até que foi de encontro a uma superfície qual não conseguiu enxergar.

A mulher acorda em um salto, puxando o ar para seus pulmões. Céus, ela estava molhada de suor. Irene tem as mãos trêmulas quando estas tentam secar o suor de sua testa. Aquele sonho foi tão assustador, a ansiedade que sentiu ao fugir do desconhecido pareceu tão real. Era a primeira vez a ter um pesadelo. Ela nunca se sentiu exposta, talvez pelo fato de sempre ter Seulgi por perto. No dia anterior Irene dormiu sozinha, mas não teve pesadelo.

Era tarde da noite e Irene não se sentiu no direito de incomodar Seulgi. Ela vai até a cozinha tomar um pouco de água e depois fica na varanda onde uma brisa fresca a fez se sentir um pouco melhor. Irene pegou o celular e viu que havia mensagens não lidas, uma delas era de Jennie. A veterana estranhou o fato de Irene responder sua mensagem aquele horário então questionou se tava tudo bem. Não satisfeita com a resposta por texto, a veterana fez uma ligação.

– Oi? – Irene espera sinal da voz da outra.

– Oi… O que houve? – Jennie pergunta. Ela sabia que a novata dormia igual pedra, para estar acordada naquela hora da madrugada tinha algo de errado.

– Nada demais, eu só tive um pesadelo.

– Perdeu o sono?

– Sim, nem sei se vou dormir tão cedo. – Irene confessa, após o susto estava mais alerta que nunca.

– Quer sair? – Jennie escuta um "Huh?" da mais velha. – Isso mesmo, sair. Tem um lugar que quero te mostrar. Esse é o horário perfeito para irmos, vai dar para ver o nascer do Sol. 

– Tem certeza? – Irene tem a resposta positiva da veterana. – Então vamos.

– Ok, eu chego no seu prédio em vinte minutos. – Jennie informa. – Use casaco, está ventando. 

Dito e feito. Irene conseguiu avistar o carro de Jennie chegando na frente do prédio. A morena trancou o apartamento, colocando a chave no bolso de um moletom de Seulgi. Além dele ser confortável ainda estava com o cheiro de seu perfume da última vez que o usou. O porteiro desejou boa noite com um olhar bastante questionador ao vê-la sair aquela hora, porém Irene apenas respondeu o mesmo e partiu até o automóvel.

– Pensei que você fosse furar. – Jennie a recebeu com um sorriso, havia uma música tocando bem baixa no auto falante do carro.

– Você geralmente fica acordada até essa hora? – A dúvida permeia pela mente de Irene.

– Eu diria que sim… Só em dias que preciso assumir o turno de manhã que durmo direitinho. – Jennie conta ao dirigir o carro. – E eu tinha acabado de chegar em casa de uma festa.

H2O, Fases da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora