14. Presa a você

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"A voz da sereia deixa de ter a atenção de Seulgi assim que ela entra em seus devaneios. E é triste ter ciúmes do que nem é de fato seu, Seulgi concluiu"

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Seulgi retira a poeira de seu joystick do videogame ao ligar o aparelho porque sentiu saudades de jogar. A castanha chamou Yeri para disputar com ela, mas a mais nova respondeu ter um encontro com Saeron. Dentre as mensagens trocadas as duas implicam com quem era mais gado pela namorada, obviamente era uma brincadeira… Ou talvez não.

Irene escuta a surfista chamar seu nome e aceita jogar mesmo não fazendo ideia de como funcionava. E graças a habilidade de aprender rápido a morena ganha a primeira corrida. Seulgi disse que foi sorte de principiante, mas depois da terceira vitória sua teoria foi contraposta. Nisso a maior apelou empurrando Irene pelo ombro no intuito de fazê-la perder a direção do carro no jogo.

– Yah! Não me empurra. – Irene diz entre risadas ao tentar manter o carro em alta velocidade na pista.

– Eu só estou me ajeitando. – Seulgi dá a desculpa esfarrapada. Ela estava cerca de 250 metros atrás da sereia.

– Seulgi! – A morena grita ao sentir cócegas na sua costela.

Aquele ponto Seulgi já havia desistido de jogar e queria fazer a menor também desistir. Irene solta o joystick para dar tapas no braço da outra com a gargalhada sofrida proporcionada pelas cócegas.

– Você é uma péssima perdedora. – Irene fala depois de retomar o fôlego. 

A castanha sugere outro jogo, agora um de luta e sai na vantagem ganhando. Seulgi comemorou vendo a menor com a expressão um pouco fechada e foi inevitável provocar.

– Alguém mais não sabe perder.

– Não gostei desse jogo. É muito violento.

– Está sentindo esse cheiro? – Seulgi questina ganhando total atenção da outra. – O cheiro da derrota.

– Cala a boca Seulgi. – Irene revira os olhos e empurra a maior no sofá.

– Não fica triste Baechu, sou uma deusa nesse jogo. – Seulgi se vangloria ao se esparramar no acolchoado do móvel. 

E o toque do celular de Seulgi preenche o cômodo. Ao atender ela escuta Dohwan um tanto nervoso pois hoje seria a festa de despedida de Joy e ele faria o pedido de casamento. A surfista fez o seu melhor em acalmar o amigo, eles conversaram por longos minutos.

– Sim, estarei lá. Não. – Seulgi faz uma expressão de nojo. – Nada de bebida por hoje. Pode deixar, vou lavar. Beijos, até mais tarde. – Ela encerra a ligação. – Baechu!

– Quer? – Irene oferece a banana que havia acabado de descascar e ganha uma resposta negativa. 

– Hoje vai ter um luau na praia, perto daquele posto no quiosque, para a despedida de Joy. Quer ir?

– O que é luau?

– É tipo uma festa na areia da praia, com fogueira, comida, música e tal.

– Topo mas sem bebida para mim. – Irene impõe a condição, a surfista sorri e concorda lembrando-se do porre do dia anterior.

– Para mim também, vou ficar no suquinho. 


De mãos dadas elas chegaram no ponto do luau. A decoração era simples, mas bem alegre e colorida. Havia duas mesas grandes com comida e lá que Seulgi deixou as caixas de pizza que prometera levar. Tinha uma quantidade razoável de gente logo não foi exagero a quantidade, muita gente que Seulgi nem sabia o nome.

H2O, Fases da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora