5. Em alerta?

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Mical


O meu humor já tinha melhorado quando improvisei um jantar a base de comidas bem picantes para que o meu ''chefe'' queima-se a língua, pois ele merecia essa vingança particular por me tapear num contrato do qual precisaria bancar uma multa alta se quisesse sair antes do combinado.

E descobri isso quando fui obrigada a ler aquela coisa de verdade e entender todas as exigências sem noção dele enquanto estivera sentada no quarto de princesa luxuoso destinado a mim no andar de cima.

— Coitadinho dele que pensa que sou uma funcionária boazinha. — ri sozinha porque sabia que iria me divertir em irritá-lo por isso.
'' Sempre tenho uma solução para tudo no final e sei cuidar de mim mesma.'' — pensei orgulhosa antes de ir fazer um tour pelos outros cômodos do andar de baixo para me familiarizar e descobrir que tudo ali dentro era absurdamente muito caro.
— Para que alguém sozinho quer uma casa tão grande? Meu chefe definitivamente tem problemas de superioridade. — pigarreei depois de procurar por indícios de que havia mesmo alguma ''senhora Kerensky'' na vida dele, mas não encontrei nenhuma foto dela no andar de baixo.

'' Mas que consorte iria aturar alguém que parece viver de bico azedo com a vida num show de ironias? '' — conclui maldosa e já estava colocando um pote de sorvete de morangos caseiro para gelar quando escutei alguma coisa sendo colocada sobre o balcão da cozinha.

E então calmamente me virei para vê-lo encostado ao móvel todo exuberante em um suéter cor de ameixa e em jeans. 

 — Mestre Kerensky

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— Mestre Kerensky. Esqueça a histeria de hoje. — falei deixando claro que esse seria o único tipo de pedido de desculpas que teria de mim e seus olhos se estreitaram.
— Tudo acontece num primeiro dia de adaptação. Está bem. E não quero que sirva o jantar. Eu mesmo irei me servir, mas se eu desejar algo a chamarei pelo interfone do seu quarto. Agora está dispensada. — avisou ameno ao me despachar com um aceno de mão provador de bipolaridades.
'' Eu já disse que esse homem é estranho?'' — pensei me controlando para não rir ao imaginar ele praguejando com a comida apimentada.

E tratei de subir para começar a fazer a minha lista de nomes de magistrados que investigaria para encontrar os livros de árvores genealógicas dos ADC's.

— Deveria ter comprado chocolate no aeroporto. — resmunguei já vestida em meu conjunto de Baby Doll verde com estampas de dinossauros.

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