8. Descansar?

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Adanna


Inúmeras toalhas coloridas estavam espalhadas pelo gramado no centro dos pomares e as pessoas falavam sem parar enquanto comiam ou dividiam com amigos as guloseimas que levaram.

— Pan! — ouvi minha filha exclamar abraçando a vaquinha que tinha acabado de entrar em sua arte com bolhas de sabão num lado do gramado no qual ela brincava com o lançador que ganhara do homem que a estava tratando como uma filha.

E era justamente ele quem estava devorando pães de Tula na minha frente enquanto eu aproveitava para observá-lo melhor. 

— O que? — perguntou me pegando em flagrante

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— O que? — perguntou me pegando em flagrante.

— Eu disse que nunca lhe pediria desculpas, mas estava sendo irritante. Fui muito má com você no passado e hoje age como se a minha Nia fosse uma princesa. — admiti o surpreendendo por alguns instantes, mas ele logo disfarçou isso com um sorriso.

'' Ah. Esses malditos sorrisos. '' — Ikkel sempre os usava para dissimular todas as situações tensas ou ruins e agora estava ali tentando imaginar o quanto aquele russo teria sofrido com sua história paterna.

— Mas ela é uma princesa e todo o pai que se importe com suas filhas deveriam vê-las assim para sempre. E Baskov, eu já a perdoei. Éramos crianças e também não fui o melhor santo por levar adiante uma birra que agora vejo que era irrelevante. — foi a minha vez de sorrir e tomara a decisão certa em conviver em harmonia com ele.

'' Talvez a consorte dele seja no fundo alguém com um pouco de sorte. '' — estava começando a ficar curiosa sobre a moça, pois se ela existia tinha de estar no vilarejo porque não conseguia imaginar o Molotov vivendo longe daquela terra.

— Obrigado. Rei Ikkel! — Niara tagarelou abraçada ao homem que considerava tão dela quanto a Pandora o via.

O piquenique fora divertido ainda que as irmãs Spakov's tivessem me lançado olhares ferinos provavelmente por conta de sua amiga dispensada de suas fantasiosas atividades de primeira dama.

— Disponha minha princesa. — a beijou no nariz antes de devolvê-la ao alpendre da dacha de meus pais.

— Mamãe a senhora deveria se casar com o rei e assim seria uma rainha. — minha filha resolveu soltar uma frase absurda.

— O que é isso menina? — quase gritei e o prefeito riu.

— O que foi? Não posso escolher um pai? — a teimosa insistiu não se importando em me queimar ali mesmo.

— Ikkel. Pelo amor de Deus. Ignore essa tagarela. — pedi. — E Nia. Agora não é hora para brincadeiras.

— Deixe-a. Eu já sou o seu pai. — o tonto se assumiu para ela.

— Oh! Eu tenho um papai rei. — a tagarela grudou nas pernas dele com tanta alegria que me senti desconsertada em brigar com ela.

— Você tem, mas a sua mãe ainda é a figura mais importante e deve obedecê-la. Agora preciso ir cuidar do reino. — se inclinou para esfregar a testa contra a dela.

Jogando com FerasOnde histórias criam vida. Descubra agora