Adanna
Inúmeras toalhas coloridas estavam espalhadas pelo gramado no centro dos pomares e as pessoas falavam sem parar enquanto comiam ou dividiam com amigos as guloseimas que levaram.
— Pan! — ouvi minha filha exclamar abraçando a vaquinha que tinha acabado de entrar em sua arte com bolhas de sabão num lado do gramado no qual ela brincava com o lançador que ganhara do homem que a estava tratando como uma filha.
E era justamente ele quem estava devorando pães de Tula na minha frente enquanto eu aproveitava para observá-lo melhor.
— O que? — perguntou me pegando em flagrante.
— Eu disse que nunca lhe pediria desculpas, mas estava sendo irritante. Fui muito má com você no passado e hoje age como se a minha Nia fosse uma princesa. — admiti o surpreendendo por alguns instantes, mas ele logo disfarçou isso com um sorriso.
'' Ah. Esses malditos sorrisos. '' — Ikkel sempre os usava para dissimular todas as situações tensas ou ruins e agora estava ali tentando imaginar o quanto aquele russo teria sofrido com sua história paterna.
— Mas ela é uma princesa e todo o pai que se importe com suas filhas deveriam vê-las assim para sempre. E Baskov, eu já a perdoei. Éramos crianças e também não fui o melhor santo por levar adiante uma birra que agora vejo que era irrelevante. — foi a minha vez de sorrir e tomara a decisão certa em conviver em harmonia com ele.
'' Talvez a consorte dele seja no fundo alguém com um pouco de sorte. '' — estava começando a ficar curiosa sobre a moça, pois se ela existia tinha de estar no vilarejo porque não conseguia imaginar o Molotov vivendo longe daquela terra.
— Obrigado. Rei Ikkel! — Niara tagarelou abraçada ao homem que considerava tão dela quanto a Pandora o via.
O piquenique fora divertido ainda que as irmãs Spakov's tivessem me lançado olhares ferinos provavelmente por conta de sua amiga dispensada de suas fantasiosas atividades de primeira dama.
— Disponha minha princesa. — a beijou no nariz antes de devolvê-la ao alpendre da dacha de meus pais.
— Mamãe a senhora deveria se casar com o rei e assim seria uma rainha. — minha filha resolveu soltar uma frase absurda.
— O que é isso menina? — quase gritei e o prefeito riu.
— O que foi? Não posso escolher um pai? — a teimosa insistiu não se importando em me queimar ali mesmo.
— Ikkel. Pelo amor de Deus. Ignore essa tagarela. — pedi. — E Nia. Agora não é hora para brincadeiras.
— Deixe-a. Eu já sou o seu pai. — o tonto se assumiu para ela.
— Oh! Eu tenho um papai rei. — a tagarela grudou nas pernas dele com tanta alegria que me senti desconsertada em brigar com ela.
— Você tem, mas a sua mãe ainda é a figura mais importante e deve obedecê-la. Agora preciso ir cuidar do reino. — se inclinou para esfregar a testa contra a dela.
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Jogando com Feras
ChickLitVarvara Kaverin, Mical Illie, Adanna Baskov e Nívea Strelninkov poderiam ser apenas quatro mulheres distintas buscando por novos recomeços. Se não fosse por uma pequena peculiaridade em comum as deixando nas mãos de homens com personalidades perigos...