•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• I̶M̶P̶O̶S̶S̶I̶V̶E̶L̶ R̶E̶S̶I̶S̶T̶ Gip

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Boa noite e Boa leitura♡ ♡
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Domingo pela manhã, acordei assim que meu celular dispertou, ás seis e trinta da manhã. Dava tempo suficiente pra tomar uma ducha rápida e sair daqui, antes que o pai da Normani chegue.

Pretendo voltar pra eu e ela darmos a notícia da gravidez, mas em outra ocasião, e não ele me pegando saindo da sua casa a essa hora da manhã. 

De cara saberia que passei a noite aqui. Suspirei deixando um beijo nos cabelos ruivos da minha namorada, ela que resolveu dormir ontem só de calcinha e sutiã, a peça debaixo pequena e rendada. Estava provocando pouco essa pequena viu!

Normani tá toda enroscada no meu corpo, eu que dormi de top e cueca boxer, tirei os braços dela de mim com cuidado de não acordá-la, puxei a coberta tirando de cima do seu corpo.

Normani se mexeu e ficou na posição de barriga para cima.

Aproveitei pra ficar paparicando a barriguinha, que já dava pra notar um pequeno volume. Contornei ela todinha de beijos, e deitei com cuidado minha cabeça ali em cima.

- Oi bebê... será que você já consegue ouvir sua mamãe? Acho que ainda não né? Mas mesmo assim quero dizer que serás muito bem vindo filho, eu e sua mami vamos te amar e te mimar muito também.

Voltei a levantar a cabeça e a dar beijos em sua barriga outra vez, foi então que senti duas mãozinhas acariciar meus cabelos, e o som de um risinho gostoso invadir o quarto.

- O quê está fazendo amor? – sussurrou com a voz baixa.

- Conversando com nosso pequenino... – falei e ela sorriu ainda mais. - quê foi?

- Sua voz é muito sexy quando acorda de manhã, isso me dá um tesão louco. – mordeu os lábios.

E foi minha vez de sorrir, subi escalando seu corpo até estar com os rostos próximos.

- Sabe que te amo? – falei olhando-a nos olhos.

- Sei – suspirou. – não está mais brava comigo?

- Não. Você ficou assustada, com medo, também senti a mesma coisa. Eu sei que somos jovens, mas nosso filho está vindo para nos unir ainda mais. - dei um selinho nela e me levantei.

- Onde vai? – bocejou franzendo o cenho.

- Tomar banho rapidinho e depois vou ir embora, daqui a pouco seu pai chega. – falei já indo para o banheiro.

- Amor eu queria tanto que você ficasse... – fez beicinho, o mais lindo que já vi na vida. Parei próximo a porta e virei-me para olhá-la.

- Eu sei baby, mas é melhor eu ir, voltarei outra dia pra darmos a notícia ao seu pai. – pisquei e ela assentiu.

* Normani quase não me deixava ir embora por tantos beijos que me deu, saí de lá praticamente seis e cinqüenta e cinco, entrei no carro e arrastei rumo a minha casa, na qual acabei de chegar.

Depois de guardá-lo, entrei em casa avistando logo papai e Talifa. Estranhei, está bem cedo ainda, eles me olharam intrigados, Tali me deu um beijo no topo da cabeça e se retirou, já meu pai cruzou os braços.

- Do quê quer conversar Jane? – eu sabia que ele devia estar apreensivo, e curioso também.

- Pai – suspirei. - parabéns Enrique Portilla, o senhor será vovô! – ele arregalou os olhos e engoliu em seco.

- Não me diz que...

- Sim pai. A Normani descobriu hoje de madrugada que está grávida. – sorri, mas ele esfregou uma mão na outra, e se sentou.

- Grávida jane? Vocês não conhecem preservativos? Anticoncepcional? Já imaginou qual será a reação do pai dela?

- Já e não estou me importando! – dou com os ombros.

- Não lembra-se como aquele homem reagiu quando soube do namoro de vocês? – afirmei. - imagina assim que ele souber que você é intersexual, pode ser que reaja ainda pior filha.

- Eu sei pai, mas Fernando vai ter apenas que aceitar, dentro da barriga da minha namorada tá crescendo uma vida, que é um pedaço meu e dela. Não vou permitir que ele queira se meter na minha família! Muito menos com nosso filho!

- Como assim nosso filho Dinah Jane Hansen?! – disse Marichello descendo as escadas.

Espera aí! O quê tá havendo nessa casa mesmo? Todo mundo resolveu acordar cedo!

- Creio que esse assunto não é da sua conta!

- Você está grávida? Pelo menos diga que o rapaz é de boa família!

- Rapaz? – sorri irônica. - bem se vê que não me conhece mesmo.

- Não me diga que é um velho? – fez cara de nojo. - mas não importa, sendo rico é o que interessa. – olhei meu pai que assentiu pra mim.

- Primeiro de tudo, eu vou ter filho sim, mas não sou eu quem estou grávida, na verdade eu a engravidei – Marichello me encarou com olhos arregalados e sem expressão alguma.

- Como assim?

- A senhora não deve saber, porque afinal de contas não cuidou de mim quando era bebê, mas eu Marichello – apontei pra mim mesma. - nasci diferente das outras meninas. Tenho um p. ênis no lugar da v. agina. Sou intersexual!

Falei tudo e vi ela abrir a boca algumas vezes, mas nada saía.

Passou uma das mãos na testa, enquanto fitou o chão movendo a cabeça em sentido negativo.

- Aquela maldita me enganou! – disse com raiva, agora agarrando os próprios cabelos.

- Do quê está falando? – quis saber meu pai, mas ela não lhe deu atenção.

- Vagabunda! Como ela pôde?

- Marichello diga logo do que se trata?

- Me deixe em paz Enrique!!! Eu odeio você! Odeio essa garota! Odeio tudo isso!!! – ela se virou e subiu as escadas rapidamente.

Olhei meu pai com o cenho franzido sem entender aquela reação. Ele encolheu os ombros, em uma clara indicação de que também não tinha entendido nada.