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- Vai me chamar de aberração agora ou prefere que eu saía da sua frente primeiro?

Disse Dinah incomodada pelo silêncio do pai, Enrique ficou sem palavras, nunca poderia imaginar que aquela menininha tão pequena, que mais aparentava uma princesa, agora estava ali falando que tem um p. ênis.

- Tô saindo então. - ela levantou.

- Não Jane espere. - disse Enrique apressado, se levantando da cadeira, quebrou o pouco espaço que os separavam e abraçou Dinah. - calma filha, só fiquei surpreso com o que me disse.

- Não vai embora de novo porque eu falei isso vai? - perguntou apertando o abraço.

- Claro que não, não vou mais embora jane, transferi todos os meus casos para cá. Só Marichello que prefere tratar pessoalmente e por isso viajou. - beijou a cabeça da filha. - voltei e agora pra ficar, porque aqui, aqui é meu lugar. - Dinah franziu a testa e saiu do abraço o encarando.

- Muito esperto, mas conheço bem essa frase. É daquele cantor brasileiro... - estralou o dedo tentando lembrar.

- O rei Roberto Carlos querida. - Enrique riu travesso. - achei que fosse colar, estragou minha travessura sua espertinha.

- Travessura senhor Hansen? Hoje em dia ninguém mais usa essa palavra não. - riu se sentando.

- Ah não - sentou na cadeira dele de frente para ela. - meu Deus quanto tempo eu perdi?

- Pelo visto muitos meu velho. Hoje em dia os jovens zoão, dá uma zero, mete um louco...

- Credo Ana, parece até um machinho falando assim. - Dinah riu, apoiou uma perna na outra e passou a mão no queixo.

- Pô pai, tenho que honrar o que carrego entre as pernas né.

- Preferia minha menininha que quando era pequena adorava histórinhas de princesas. - juntou as mãos sobre a mesa.

- Mas aquela menina cresceu, e quer falar de outro assunto também com o senhor.

- O quê? Não me diz que removeu os seios? - arregalou os olhos.

- Ânh... não, claro que não. Na verdade eu... eu... - coçou a nuca sem jeito. - quero saber como fazemos pra descobrir quando estamos apaixonados ou não? - Enrique ergueu uma sobrancelha.

- Você tá gostando de alguém? - questionou.

- Então, eu tô ficando com uma garota, tô amando ficar com ela pai, sinto uma coisa estranha quando estamos juntas, eu a quero comigo e não gosto que outros garotos se aproximem. Ela era virgem, eu fui a primeira. Entende o que é isso? - Enrique afirmou. - fui a primeira a conhecer aquelas curvas e ficou louca só de pensar em outro tocando-a.

- Está bem claro Jane, você tem possessividade e ciúme dessa garota, sem contar que essas sensações estranhas que anda sentindo, faz parte do que tá acontecendo - Dinah franziu o cenho. - passei pelo mesmo quando me descobri apaixonado por sua mãe.

- Quer dizer que eu... eu tô... - travou encarando o pai com cara de susto.

- Sim jane, está bem na cara. Você se apaixonou por ela.

Dinah relaxou o corpo na cadeira ainda surpresa com aquela descoberta. Apaixonada? Como assim apaixonada? Logo ela, a que sempre disse que nunca iria gostar mesmo de alguém, porque amor era para os fracos. Como ia li dar com esse sentimento... tinha quase certeza que Normani sente algo também, ainda mais depois do que a mãe dela disse... Mas apaixonada. Isso seria uma droga!

•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸•  I̶M̶P̶O̶S̶S̶I̶V̶E̶L̶ R̶E̶S̶I̶S̶T̶ GipOnde histórias criam vida. Descubra agora