Eu te amo.

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POV autora

No dia seguinte, foi o dia em que tinha horário de visita para que Rafaella fosse. Manu e Gizelly ainda estavam com a amiga em sua casa e acompanhariam ela.

Seus olhos estavam inchados e haviam olheiras da noite mal dormida, que, ela nem se quer se preocupou em esconder com maquiagem.

Rafa entrou no hospital e estava apreensiva, sentia seu coração acelerado e sentiu seus olhos marejarem quando colocou sua mão na maçaneta do quarto onde estava Bianca.

Ela encarava a porta como se fosse a coisa que mais tivesse medo no mundo. Era óbvio que queria ver Bianca mas não naquela circunstância. Queria conversar com a carioca mas não daquele jeito. Queria abraçá-la, beija-lá e ser retribuída. Queria contar (junto com ela), quantas mentiras havia dito nas últimas vezes que se viram. Ela veria Bianca mas sabia que a carioca não veria ela. Ela falaria com Bianca mas não seria respondida.

Rafaella entrou no quarto e sentiu-se aérea, seus olhos fitavam a morena em uma cama com aparelhos ao redor. Ela engoliu seco, sentindo seus olhos se encherem de lágrimas mas segurou. Sabia que não duraria por muito tempo mas o fez.

Se aproximou de Bianca devagar, cedendo algumas poucas lágrimas. Observou a mulher sem mover um músculo por alguns poucos segundos.

— Oi, Bia. É a Rafa - sorriu fraco entre lágrimas. — Eu sou mentirosa, sabia? - ela disse depois de alguns minutos em silêncio. — e uma Idiota! - estava mais perto e disse baixinho. — Eu menti para você, eu menti para minhas amigas - já chorando, ela suspirou, quando seu rosto já estava inundado. — E eu menti para mim mesma. — Eu tô' com medo, Bia. Só que desta vez, não é de dizer o que sinto por você. Estou com medo de perder você - as lágrimas escorriam conforme ela falava enquanto segurava uma das mãos de Bia. — Hoje eu não consegui tomar uma gota de café sem lembrar daquele dia que você derrubou a garrafa inteira em cima de mim - ela riu, secando seu rosto com uma das mãos.

Rafa continuou conversando por horas paralelamente com a carioca, entre algumas lágrimas e alguns sorrisos que não eram lá tão verdadeiros assim. Mas ela estava cansada de sentir pena de si mesma, estava cansada de lamentar tudo o que devia ter dito ou feito.

— Com licença, horário de visita acaba em dois minutos - uma enfermeira adentrou o quarto.

— Eu só vou me despedir - a mineira disse, sorrindo fraco e viu a mulher fechar a porta. — Eu vou estar aqui sempre que eu puder, tá bom? - deu um beijo em sua mão. — Eu te amo, Bianca. Volta logo, eu ainda preciso de você. Não vejo a hora de poder te levar pra casa.

A mineira saiu do hospital e seu corpo ainda estava em êxtase. Ainda não podia acreditar que ela estava daquele jeito.
Como aquilo poderia ter acontecido com a Bianca? Acidente de carro e Bianca era duas palavras que nunca, ninguém jamais imaginaria ouvir na mesma frase. Qual, é? Era a Bianca. Bater um carro nunca seria coisa da Bianca.

Ela se viu fora desses desvaneios quando se aproximou do carro. Quando abriu a porta, Manu e Gizelly que estavam dormindo se assustaram e logo ajeitaram-se em seus bancos.

— Como foi? - a menor disse com a voz um pouco rouca e baixa.

— Acho que.. como deveria ser - sorriu falso, após dizer.

— Você está bem? - Gi falou um pouco alto. — Pergunta Idiota, esquece. Nós podemos almoçar? Vou morrer de fome.

— Eu quero ir direto para casa, Gi. Tô' boa pra isso não, amiga.

— Rafa, você vai sim. Tem um restaurante ótimo aqui perto. E eu sei que se você ir para sua casa não vai comer. - Manu disse já dirigindo.

Notas finais

Tá simples, é que a autora aqui não tá com muita inspiração.
Até a próxima, beijoss

Acaso ou Destino? | FIC RABIA Onde histórias criam vida. Descubra agora