Terceiro andar.

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POV Autora

— Hoje eu fui até sua casa dar comida para a Luete, ela sente sua falta. Quando eu abri a porta, ela correu miando mas quando percebeu que não era você e pareceu meio tristinha - Rafaella contou e sorriu triste, sentada ao lado de Bianca segurando sua mão. — Ah! Eu comi um pedaço daquele bolo horrível que você fez. Nem mesmo sua gata chegou perto dele e ela sempre quer comer qualquer coisa que demos pra ela - riu fraco, olhando para o chão.

Uma enfermeira entrou, tomando a atenção de Rafa que sorriu fraco para ela.

— Você está sempre aqui com ela, não precisa de um descanso ou de comer algo? - a mulher de branco disse.

— Eu como sempre depois do que saio, prefiro comer depois - pronunciou baixo.

A mulher observou a mão de Rafa na de Bianca e sentiu algo que qualquer um que entrasse ali sentiria: carinho, preocupação, respeito e MUITO amor.

— Você gosta dela pra caramba, né? Você é a pessoa que mais a visita nesses quatro dias. Ficamos feliz quando vemos que os pacientes recebem visitas mesmo nesse estado. Geralmente as famílias simplesmente esquecem aqui e ligam uma vez na semana para saber de alguma possível melhora. - a enfermeirologista contou enquanto checava alguns aparelhos da morena. — Há uma mulher que está ao lado há meses e só recebeu vista no começo, a família liga raramente.

Rafaella não sabia o que dizer mas sentiu-se bem em saber que fazia o certo em vê-la sempre que podia mas sentiu-se angustiada pela mulher que a enfermeira havia citado.

— O que aconteceu com essa mulher para estar em coma? - questionou, curiosa.

— Caiu do terceiro andar do seu prédio e sofreu um leve traumatismo craniano. Ela teve algumas melhoras, confiamos que logo estará acordada - sorriu fraco.

...

— ... E aí eu caí na frente de todo mundo e eles ficaram olhando pra mim como se eu fosse a pessoa mais tonta de todas ali - ela riu fraco enquanto contava. — Eu morri de vergonha com todos aquele olhares. Se tivesse um buraco, eu enfiaria meu rosto nele - sorriu, lembrando de cena de outro ângulo. — Queria que você estivesse lá para se jogar no chão comigo e rir da minha cara. Queria que você estivesse rindo da minha cara até agora. - um suspiro com lágrimas veio sem demora.
Dei um beijo em seus lábios que estavam quentes, enquanto os dela estavam gelados e com algumas lágrimas.
— Já deu meu horário mas eu volto amanhã, tá bem? Eu te amo - sussurrou e beijou sua mão.

A mineira saiu do quarto e no mesmo momento, lembrou da enfermeira falando da mulher que estava no quarto ao lado. Sua curiosidade gritou e ela andorinha até a porta ao lado. Uma porta que tinha uma parte de vidro e tinha acesso visual do que tinha dentro.

Apertou seus olhos, para ter certeza do que via. Seus olhos encheram de lágrimas ao não ter mais nenhuma dúvida de quem ali estava. Seu corpo estava mais gelado do que o normal, suas mãos tremiam e seu corpo permanecia estático.

Notas finais
Demorei mas eu voltei, viu? Espero que tenham gostado. Interajam nos comentários e deem estrelinha caso goste do capítulo.
Agora a Ka vai, mas a Ka sempre volta.
🙃❤️
Quem pegou, pegou rs
Até a próxima, bjss

Acaso ou Destino? | FIC RABIA Onde histórias criam vida. Descubra agora