Cap 10

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Longe dali, os três que sobraram se apavoravam ao ouvir os gritos de dor do amigo.

De repente, Olivia caiu, sua perna doía muito, estava fora de questão tentar caminhar, e infelizmente nem Alan ou Camila eram tão atléticos quanto Patrick para conseguir carregar a garota rapidamente.

A opção mais atraente pareceu ser a de se esconder por um tempo.

O trio ficou em silêncio, tentando controlar o choro e o pânico que sentiam naquele momento. Estavam presos em uma ilha, com um maníaco que havia acabado de matar seus amigos.

-Me desculpa por ter trazido vocês aqui... Eu sinto muito! –Olivia disse, em meio às lágrimas. –A culpa foi toda minha!

A garota foi abraçada pelos outros dois.

-Não foi sua culpa, Liv! Nós vamos sair dessa ok? –Camila disse, tentando manter um sorriso fraco para confortar a amiga.

Qualquer pingo de esperança que lhes restava sumiu quando o assassino os encontrou. 

Em uma tentativa de fuga, Olivia acabou tropeçando, sentindo sua perna latejar e sangrar ainda mais e antes que pudesse ser ajudada, o homem fora mais rápido, acertando a garota na cintura, quase a partindo no meio.

Alan e Camila corriam como nunca, eles não tinham para onde ir, mas o desespero os fazia correr o mais rápido que podiam, foi naquele momento que Alan descobriu que nem todos os psicopatas caminhavam, aquele corria, e corria muito. E o pior, é que ele parecia conhecer bem mais aquele lugar do que eles.

Não importa o quanto corriam, o homem parecia estar sempre próximos a eles. 

Em frente, um pouco distante dali, eles avistaram o deck e o barco. Não tinham as chaves, mas torcer para terem chaves extras lá ou então tentar uma ligação direta, e em último caso, encontrar algo para se defender.

-VAMOS! CONSEGUIMOS CHEGAR ATÉ- - Alan gritou ao ver a cabeça da amiga caindo após ser acertada por uma machadinha que fora lançada em sua direção.

Agora Alan estava sozinho, ele correu até o barco, mexendo em todos os lugares possíveis. Ele travou ao sentir a presença do assassino atrás de si.

-Por favor! Por favor não! – Ele implorou, caminhando para trás até ficar encurralado em uma das paredes.

O homem riu, tirando o capuz e máscara, largando a arma em cima de uma mesinha.

-Oi, babe. –

Os olhos de Alan se encheram de lágrimas e confusão.

-Peter? O que? Como? –

-Bem, o cara que quebrou a janela e assustou vocês, era apenas um mecânico que eu ameacei para fazer isso. E depois, eu matei. É incrível o que as pessoas são capazes de fazer para proteger a família delas. –

-Você matou todos eles... Por que? O que quer? – Alan tremia diante do outro, que sorria o tempo todo.

-Por que não? Eu apenas queria fazer. Descobri que vocês viriam para cá em uma conversa que tiveram em uma sorveteria. – 

Alan lembrou-se do dia, a quase duas semanas atrás quando eles e os amigos se encontraram em uma sorveteria e decidiam a viagem. Lembrou-se que Olívia disse aonde o chalé ficava, e que percebeu um olhar estranho vindo de um rapaz da outra mesa.

-Aquele cara... Era você! QUAL O SEU MALDITO PROBLEMA?! –

-Oh docinho, eu já disse, eu fiz por que quis. Mas você, oh Alan, você eu não quis matar. –Peter segurou o rosto de Alan, o apertando. – Esse seu rostinho lindo, foi tão fácil pegar você, que eu admito que gostei.

Ele lambeu a bochecha do garoto, que se encolheu.

-Vamos ficar aqui, eu e você. –Peter tirou as chaves do barco do bolso, as afastando de Alan quando esse tentou pegá-las. –Não não! 

O maníaco riu, para fora do navio, jogando as chaves no mar, aquele foi o momento perfeito para Alan pegar a machadinha na mesa e acertá-lo enquanto estava distraído. Peter gritou, mas isso só fez Alan atingi-lo com mais força em diversas partes de seu corpo.

Agora, Alan estava sozinho, ele voltou para o chalé, passando por todos os corpos no caminho, se sentou no chão, e chorou até desmaiar.

Blood CampOnde histórias criam vida. Descubra agora