Mãe

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1 mês depois...

Ohana estava em seu escritório enquanto se mantinha de frente para a varanda aberta, com visão do último andar, disponibilizando a vista.

Sua mãe chegaria em poucas horas da Califórnia, viria passar alguns dias com a filha já que não se viam a mais de 5 meses. Ohana havia saído da casa de Larissa às pressas as 6:00 da manhã para que chegasse em casa sem atrasos para o trabalho e para que a mídia possivelmente não a pegasse fugindo. Estavam vivendo um "romance" sem nada certo desde o julgamento de Thiago, e estavam longe do foco da mídia a algumas semanas, onde parte dos sites de fofocas não desconfiavam de seu convívio constante com a morena, era melhor assim.

Ohana saiu de seus devaneios quando ouviu a secretaria bater na porta.

-Secretaria: Senhora Lefundes, Bruno Paiva está aí fora e exige falar com a senhora. - disse.

-Ohana: Peça a ele que entre, Obrigada - respondeu mantendo-se no mesmo lugar.

Bruno era seu amigo de longa data, tentaram um relacionamento assim que Ohana chegou da Califórnia em busca de emprego no Rio de Janeiro. Mas nada deu certo entre os dois, decidindo então manterem apenas uma amizade. Bruno a ajudou a se habitar ao lugar, a encontrar seu primeiro apartamento.

-Bruno: Fugindo de mim Ohana? - disse sério ao entrar na porta, tendo a visão de Ohana parada de frente a varanda.

-Ohana: Não fui eu quem fugiu para São Paulo. - respondeu sorridente indo em direção ao amigo.

Ohana o cumprimentou com um abraço confortante e os dois conversaram, onde Bruno disse a ela sobre uma proposta praticamente irrecusável em fortaleza. Mas seria apenas um caso por boa vontade, onde um garoto preto havia sido acusado de assassinato, mas não o havia cometido. Seria um caso sem benefícios financeiros, e Ohana adorava participar de tais ações.

-Ohana: Posso pensar, mas nada concreto. - respondeu sincera após ingerir um gole do whisky.

-Bruno: Claro, mas pensa com carinho. - disse sorridente. - Eu sei que vai aceitar, mas claro, no seu tempo. - concluiu. - Bom, preciso ir. Se cuida, como sempre fez. - sorriu.

Os dois se abraçaram e Bruno rapidamente saiu. Ele era uma pessoa boa...

Ohana tinha um sorriso fraco nos lábios enquanto relembrava do quanto Bruno lhe ajudou assim que chegou no Brasil. Mas saiu novamente dos pensamentos quando o celular tocou...

"Lari❤️"

-Larissa: Onde você está, Ohana? - questionou sonolenta.

-Ohana: No trabalho, princesa. Você estava dormindo, tão linda e aparentemente tranquila e eu não quis te incomodar. - respondeu sorrindo fraco.

-Larissa: Ta, mas eu gostaria muito de ter recebido um beijo ou um abraço de despedida, sabia? - respondeu aparentemente chateada.

-Ohana: Desculpa, bebê - disse carinhosa. - até encontro a noite? - questionou.

-Larissa: Mas e a sua mãe? - disse.

-Ohana: Você pode conhecer ela. - respondeu sincera.

-Larissa: Ohana... Ela vai achar estranho, e eu não quero tirar seu tempo com a sua família.

-Ohana: Lari, ela não vai achar estranho. Pode até achar o fato que eu esteja me envolvendo emocionalmente com alguém após tantos anos. Mas ela vai gostar de você... - disse sorridente. - E a Mel vem com ela, não vai ter problema, prometo.

Ainda não tinha um título fixado, era só "amigas" que se relacionavam. Ohana pretendia mudar esse título, do qual a morena nem desconfiava.

-Larissa: Ta bom.

A morena respondeu e as duas ficaram em silêncio por alguns minutos, apenas ouvindo ambas respirações.

-Ohana: Eu te amo.

-Larissa: Eu também te amo, Ohana. - sorriu.

(...)

O aeroporto estava pouco movimentado e Ohana estava sentada no banco de espera de desembarque, quando avistou sua mãe juntamente de Melissa arrastando algumas malas.

-Ohana: Mamãe! - disse sorridente indo em direção a mãe que lhe esperava.

-Ivana: Quanto tempo, filha! - recebeu-a em um abraço carinhoso.

-Melissa: Legal, mas e o meu abraço? - questionou irritada.

Ohana se jogou nos braços da irmã que distribuiu beijos no topo de sua cabeça.

A loira pegou a mala da mãe a levando em direção ao carro enquanto conversavam. Ivana ia um pouco mais na frente enquanto contatava Sidney que havia ficado na Califórnia.

-Melissa: E aí, como anda você e a lari? - questionou sorridente enquanto puxava a mala ao lado de Ohana.

-Ohana: Estamos bem. Ela é realmente incrível - sorriu ao dizer.

-Melissa: Você parece mais feliz... mais confiante. - sorriu.

-Ohana: Ela me faz bem. - respondeu.

-Melissa: Mas e o pedido de namoro? Quando sai? - questionou.

-Ohana: Eu não sei, Mel. Estava prendendo, mas o Bruno me apareceu com uma proposta em fortaleza. Eu ficaria uns dois meses lá.

-Melissa: E? O que isso tem a ver?

-Ohana: Não sei, mas pareceria estranho. E também não posso pedir que ela me espere por completos dois meses. - respondeu colocando as malas dentro do carro.

Melissa assentiu.

-Melissa: Sabe que ela te ama e te esperaria sim, né? - perguntou.

-Ohana: Eu sei, mas não posso impor a ela tudo que ela costuma aceitar. - respondeu séria.

-Melissa: Podemos conversar sobre isso depois? - falou ao ver a mãe se direcionar para perto. Ohana aceitou e se moveu até o banco do motorista.

-Ivana: Como anda sua vida, meu amor? - questionou.

-Ohana: Estou bem, mãe. Tudo parece bem. - respondeu calma e sorridente enquanto ligava o carro para sair.

-Ivana: Você parece mais feliz... - respondeu sugestiva.

-Melissa: Um passarinho me contou que ela conheceu alguém mas não quer pedir em namoro... - respondeu se intrometendo.

-Ohana: Melissa! - repreendeu a irmã.

-Ivana: Por que não me disse, Ohana? - questionou chateada. - Eu por acaso já rejeitei alguma relação sua?

-Ohana: Claro que não mãe... só não queria te dizer algo que nem está totalmente certo. - respondeu. - Ela me faz bem, mas não sei. Ultimamente tenho recebido muitas propostas, e uma eu já praticamente aceitei.

-Ivana: Se ela te ama, vai entender, Ohana. - disse séria. - Pessoas tem problemas, nenhuma relação é perfeita. - continuou. - Não deveria se basear nas respostas que cria em sua cabeça... dê a essa garota a oportunidade de responder por si, afinal é um direito dela se no caso quererem uma relação fixa.

Ohana assentiu, sua mãe estava certa, e novamente a loira agradeceu internamente...

O que seria sem aquelas duas para lhe darem concelhos óbvios?

𝐈𝐦𝐩𝐫𝐨𝐯𝐚́𝐯𝐞𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora