Universo

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Ohana:

Eu já estava extremamente atrasada, o universo parecia estar contra mim. Resolvi então pegar um caminho diferente, que de acordo com o GPS seria mais eficaz e eu chegaria ao aeroporto em menos tempo. Sai da via principal e entrei em uma estrada, após alguns metros pude ver estar em uma avenida. Aos lados era completamente repleto de árvores, uma floresta. A manhã ainda estava fria, nublada e alguns fracos pingos caiam pelo pára-brisa do carro...

Aparentemente choveria.

Mas como o universo realmente estava contra mim, ouvi um imenso barulho e o carro começou a derrapar. Fechei os olhos rapidamente e perdi o controle do carro, batendo em uma árvore, próxima ao acostamento.... no início de uma curva. O impacto aparentemente foi forte, o pára-brisa tinha rachado e a frente do carro estava consideravelmente bem amassada. Eu havia batido a cabeça, tinha sido forte, mas nem tanto, o air bag havia me protegido.

Rapidamente dei um soco sobre o volante, eu estava com raiva! Raiva de tudo! Por que estava dando tudo errado? O que eu havia feito?!

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Rapidamente dei um soco sobre o volante, eu estava com raiva! Raiva de tudo! Por que estava dando tudo errado? O que eu havia feito?!

Desci do carro ainda irritada, o pneu havia estourado, formando consideravelmente um grande buraco, o suficiente pra me fazer derrapar e perder o controle.

Abri a porta do carro novamente e tateei o banco em busca do meu celular, mas só o encontrei em baixo do banco de passageiro. A tela estava completamente trincada... desbloqueei e tentei entrar em contato com Melissa, mas lembrei-me de que ela estaria com a mamãe e não queria procurá-las, então resolvi tentar ligar para Larissa.

"Sem serviço"

-Ohana: Que legal! - sorriu irônica. - Falta mais alguma coisa ou eu já estou fodida por completo? - gritou.

Estava sozinha, no meio de uma avenida desconhecida, onde nunca havia passado, mas estava ali, por culpa de um maldito GPS que lhe garantiu rapidez. A loira olhou as horas no relógio e já marcavam 12:34, seu voo pra fortaleza era as 12:00. Havia perdido-o.

-Ohana: Que palhaçada! 

A loira deu um soco na lataria do carro e sentiu a mão doer rapidamente a trazendo para o colo e se encolhendo em posição de proteção própria.

-Ohana: Aí como você é burra, Ohana! - disse alto.

A advogada entrou novamente no carro e sentou-se. Ligou o ar condicionado que por milagre ainda funcionava... relaxou o corpo e pode olhar pra própria mão. Estava vermelha e aparentemente ficaria roxa, estava doendo e alguns resquícios de arranhões. Notou também que em sua testa havia um pequeno corte que sangrava, devido o impacto.

Olhou pra fora e viu que a chuva estava começando, e estava cada vez intensificando-se. Estava com frio e em ocasião nenhuma sairia dali naquele temporal, estava longe e nem sabia voltar...

Ohana ficou ali por algumas horas e pegou no sono. Acordou e já eram 15:38 havia dormido muito. A loira olhou pra fora e aparente o sol fraco já habitava o céu, a chuva intensa de antes não estava mais lá.

𝐈𝐦𝐩𝐫𝐨𝐯𝐚́𝐯𝐞𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora