O sinistro, estranho

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"Poucos darão muito, e muitos darão pouco"

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"Poucos darão muito, e muitos darão pouco"

Assim como motivos para viver dão motivos para matar ou morrer, o sinistro estranho é vivermos para morrer. Viver é um labor, porque perder pessoas vivas é muito mais doloroso do que perder pessoas mortas. Pois sabemos que elas morreram e não voltarão.

Os "nossos" muitas vezes são a nossa razão de viver e muitas vezes são a nossa motivação para viver, o mundo é cheio de vidas e vidas são cheias de razões ou motivos para viver. Se não tiver razões ou motivos para viver não terá vida e se não tiver vidas, não terá um mundo!

O sinistro estanho é clamarem por gestos e não palavras para resolver certos assuntos sendo que muitos dos maiores feitos foram causados por palavras.

Ninguém pode viver pelo outro, mas vivemos com outros. As pessoas clamam por compaixão, paz, amor, solidariedade, reciprocidade e outras coisas que acham trazer paz de espirito e o sinistro estranho é que como ser que não sabe ser acredito que tudo isso se inclui num único pacote, pacote esse que é a empatia
porque ela é o que mais próximo temos do que é a realidade de
outros. O mundo não é empático por isso o mundo não é um lugar melhor, o que torna o mundo o lugar mais perigoso e inóspito do mundo. Porém alguns motivos e razões tornam o nosso mundo melhor, através de momentos.

Em parte a vida é feita de momentos, e eles não são todos felizes ou de realizações. Alguns deles nos fortalecem e outros nos enfraquecem.

O que é usado para criar também pode ser usado para destruir e
entenda que nem todas as criações são o melhor e nem as destruições são o pior, e que o sinistro estranho por vezes é criarmos coisas de forma inusitada enquanto destruimos.

Assim como algumas coisas devem ser feitas, outras simplesmente não... A vida se torna um fardo quando achamos que tudo tem que ser feito. A inutilidade é uma decisão, pois para que algo seja útil ou inútil precisamos consetir.

O sinistro estranho é que como ser que não sabe ser acredito que a
dúvida é o preço para obtenção de feitos e conhecimentos, e a certeza é uma inutilidade.

De forma primorosa vivemos no mundo, o sinistro estranho é nos
sentirmos cômodos nesse mundo incômodo. Para muitos o mundo é
individual pois cada ser é uma expansão ambulante e cria a sua
realidade baseando-se no que conhece e acredita. E usamos isso
para sobreviver, nos apegamos ao que compreendemos e
acreditamos porém muitas vezes a nossa realidade é uma ilusão
pois a compreensão e a credibilidade são palavras ambíguas.

O mundo já não é um lugar crível porque está repleto de ceticismo. Acredito que chamamos de mundo ao planeta terra, esse conjunto de espaço, corpod e seres, que a vista humana pode abranger gira em torno de 365 dias até que renove o ano. São 365 dias para a humanidade fazer coisas de forma diferente, criar coisas de forma diferente, ver e entender as coisas de forma diferente. Como o ser que não sabe ser, eu não quero mudar o mundo, porque se o mundo for o que acreditamos ele não mudará a sua forma e continuará sendo um circulo giratório.

Devemos mudar a nós mesmos, mudar a nossa consciência e com
isso cativar a mudança para outrem e o sinistro estranho será que o mundo não vai mudar a sua forma, mas nós que fazemos o mundo estaremos mudados mas não perdendo a essência.

Assim como o sol não nos molha e nem a chuva nos seca! Devemos
ter acções que façam outros ter acções, devemos ter pensamentos
que façam outros pensar, ter sentimentos que façam outros ter
sentimentos, emoções que façam ter emoções. Sem nos afastarmos daquilo que é a nossa essência existencial.

O sinistro estranho é vivermos num mundo de meritocracia que dita a nossa credibilidade nas coisas e nas pessoas em que a empatia e confiança são deficientes e a culpa não é do culpado mundo, mas sim dos inocentes humanos que agem muitas vezes sem serem esmeros e meio sem noção do que é certo ou errado...

Nos tornamos seres resignados e se formos assim pra sempre não
haverá futuro. O ser humano possui duas fases distintas provenientes da sua lei existencial são elas: "vida e morte". E nessa senda alguns vivos estão mortos porque o mundo se torna inóspito quando perdemos as razões e os motivos para estarmos nele.

Fazem-nos acreditar que precisamos existir e encontrar outras metades, e que a vida e o mundo ganham sentido quando nos tornamos seres completos. Porém nunca seremos completos porque por mais que encontremos tais metades elas são simplesmente subtraiveis e ninguém merece carregar a responsabilidade de completar o que nos falta e quem tenta muitas vezes acaba nos reduzindo. Vamos nos acrescentando através de nós mesmos, e a boa companhia só nos fortalece e torna a nossa visão pelo mundo mais agradável.

O sinistro estranho é acreditar que ser feliz é não ter problemas e
isso é errôneo porque ser feliz é viver sabendo que temos problemas mas que eles são solucionaveis e devemos entender que o maior problema que temos é viver. Pois problemas são situações a serem resolvidas e a vida se resume a isso.

Todos nós somos esse sinistro e estranho mundo.

Todos nós somos esse sinistro e estranho mundo

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