Os dias não mudaram muito depois dali, fazíamos as mesmas coisas, meu irmão e minha irmã iam sempre pra casa do Levi, porque na casa que estávamos não tinha wi-fi, eu ia com meus interesses, (a vontade de me encontrar novamente com o Lucas). No começo achei ele muito diferente, o jeito dele, como falava e como se expressava, mais eu percebi depois que isso era por causa da região, todos os meninos eram um tanto diferente dos que eu estava acostumada a conhecer, acho que isso colaborou mais ainda em meu interesse, que a princípio, era apenas em conhece-lo, ele tem o dom de provocar isso nas pessoas.
O Lucas em minhas palavras, não chama tanto atenção de quem não o conhece, sua aparência é consideravelmente atraente, para quem sabe de fato observar as belezas do ser humano sem impor o padrão de beleza proposto pela sociedade, a cor dele, escura e negra, me chamavam bastante atenção, o sorriso dele, em sua maioria, era apenas sorrisos sinceros, implacável era sua sinceridade, ao meu ver era quase palpável de tão real, ele tinha cabelos crespos, estilo que sendo sincera passei a admirar não muito tempo atrás, ele tinha olhos puxados, e como me lembrava os chineses, seus cílios eram debaixo das pálpebras, e no final de seus olhos havia um leve declínio, isso aumenta ainda mais o semblante de marrento que ele tinha.
A personalidade do Lucas varia quanto ao seu humor, ele podia ser frio e ficar no canto dele, ora podia ser alegre e feliz, de forma estranhamente contagiante.
Sua personalidade era o padrão de beleza por qual eu me interessava.
Estávamos nas férias de são João naquela tempo, mais apenas da escola, eu frequento desde que me entendo por gente a igreja evangélica com os meus pais, eu gosto de lá, realmente não vou por obrigação, faz parte da minha vida e me ajuda muito na minha auto formação, não apenas como cidadã, mais como um ser humano, crenças de certa forma edificam as pessoas, não importa quais sejam, elas fazem com que o mais bonitos dos sentimentos se manifeste de maneira tão intensa e louvável, a fé.
Querendo ou não, não pude deixar de conhecer os jovens do conjunto que eu passei a participar, alguém me chamou atenção por certo período, não vou dizer o nome, mais vamos chama-los de Miquéias, e como "seu nome" não nega ele era fiel quanto ao que se ensinava na igreja, isso de certa forma me fez ter certo interesse, que logo se acabou assim que começamos a nos falar. Ele não era o tipo de pessoa por quem eu me sentia confortável ao conversar, meu instinto fazia com que eu inconscientemente mudasse completamente de personalidade, isso fazia eu me sentir, para mim mesma, uma completa estranha.
Eu conversava com ele pelo celular do Lucas, já que tínhamos nos tornado amigos, até que não vi mais motivos de continuar a tentar ser quem eu não era, então fui me afastando com o tempo.
Quanto ao Lucas, não vi nenhuma demostração de interesse quanto a minha pessoa, normalmente ele até me colocava de lado em certas ocasiões, e eu me sentia muito pouco querida por ele.
Foi quando eu pensei bem e vi que aquilo tudo não fazia bem meu tipo, eu me deparei com a Duda que eu estava evitando desde da morte do meu pequeno Edson, presa e distante de qualquer sentimento que poderia a machucar. Foi então que decidir, voltar a ser quem eu era.
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Até No Próximo Planeta
RomanceUma biografia da parte emocional da vida de uma moça, que leva o amor a sério, mais se diz sem sorte no amor, por todos seus amores darem errado. Até uma viajem mudar todo esse seu modo de pensar. Mais será que continuará a sempre dar errado suas te...