Entre Tintas e Flores | Hopekook

Capítulo 11

Oi gente, aqui estou eu, e queria dizer que essa história está chegando ao seu final, talvez acabe no próximo cap ou talvez tenham mais dois capítulos por aí, vamos ver. Mas não fiquem tristes, eu estou escrevendo outra Hopekook, e tenho mtas espectativas para ela, acho que me sairei melhor do que me saí escrevendo essa aqui, mas Entre Tintas & Flores nunca vai deixar de ser o meu xodó, expus mt do que eu sou e do que eu penso nela. Mas é isso, se for do desejo de vcs me acompanharem nessa nova história,  aguardem apenas um pouco, e eu sei que vcs vão gostar. Boa leitura🦋🖤

...

Jungkook foi embora e deixou Hoseok adormecido na cama, porém escreveu um bilhete e o colocou em cima da cômoda para que não parecesse tão insensível.
Ele precisava ir para casa enfrentar seus medos e erros, sabia que havia ido longe demais, mas havia aquela parte insegura em si que dizia que ele precisava ter ido longe demais, para ter certeza que não sofreria duas vezes. Egoísta? Talvez, mas o egoísmo faz parte da grande incongruência que é o amor.

Estava fazendo frio, ele caminhava lentamente pela rua mesmo que a brisa gelada que tocava sua pele estivesse o incomodando um pouco. Em uma ocasião normal, estaria andando mais rápido para chegar no conforto de sua casa e poder se esquentar entre os cobertores junto aos seus filhos. Estava tarde e ele sabia que quando chegasse em casa ela estaria o esperando, perguntaria onde estava e dessa vez ele não mentiria.

Cada som que seus sapatos faziam ao andar pela rua deserta — a fim de chegar ao seu destino — era algo que ele se despedia silenciosamente. É claro que nada seria como era antes, mas ele também não sabia como seria, podia ser ruim ou podia ser insuportável. Era como olhar para uma pintura antiga de uma pessoa que ele nem mesmo sonhou em conhecer e se perguntar se ela realmente era da forma que fora retratada ou se os olhos do pintor distorceram sua imagem. Como ela reagiria? Tentaria tirar seus filhos de si? Não se importava de ser xingado ou levar socos, mas com certeza lutaria por seus filhos, mesmo não querendo essa disputa, odiava brigas, fazia de tudo para evitá-las. Conhecia sua esposa, uma pessoa extremamente paciênte, sensata e inteligente, mas ele a magoaria e pessoas magoadas mudam.

Jungkook parou de caminhar e passou a observar as folhas secas das árvores no chão. Precisava se preparar para a mudança também.

…

— Por que tão tarde?

Ele mal havia trancando a porta de casa, mas ela não esperaria para perguntar, estava esperando a muito tempo. Ele suspirou e fechou olhos antes de andar até o sofá e se sentar ao lado dela, passou a olhar fixamente para frente, para um ponto na parede que parecia interessante. O silêncio que se seguiu por alguns minutos deu mais certeza de algo que Naomi não queria que fosse verdade.

Ela tentava controlar as próprias emoções, e ele tentava encontrar uma forma de dizer, mesmo sabendo que qualquer que fosse a sua escolha de palavras, a magoaria de qualquer forma. As desculpas não seriam suficientes, e talvez fosse muito idiota de sua parte profêri-las, mas ainda sim, precisava dizê-las. Seu coração pesava mais a cada segundo sufocante.

— Eu… — hesitou.

— Não seja covarde, Jungkook.

— Estava com outra pessoa — disse por fim e olhou para ela.

Ela soltou um riso fraco e fechou os olhos, deixando Jungkook confuso com sua reação, mas ele continuou.

— Eu me apaixonei... isso não justifica, eu sei, mas eu sinto muito, Naomi, me desculpe por ter mentindo pra você e por…

— Me desculpe por ter mentindo pra você… — ela disse baixo, repetindo as palavras dele, com o intuito de que ele ouvisse o quão idiota aquilo soava agora — você achou mesmo que eu não sabia? Jungkook… — riu — eu te conheço desde quando você era aquela criança reclusa que não sabia falar direito, acha mesmo que eu não saberia se estivesse escondendo algo de mim? Você nem queria mais me tocar…