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Abro os olhos. Sempre quando acordo levo algumas frações de segundos para reordenar minha mente. Digo que é algo semelhante ao ocorrido em computadores ao serem reiniciados. Temos nosso tempo de carregamento. Hoje é domingo, estou em minha cama, nua, na casa que compartilho com minha irmã mais velha, ela que tem um namorado há cerca de um mês, ele dormiu aqui ontem e enfiou o pau na minha buceta...

Caralho! Foi real?

Olho ao redor, vejo meu guarda-roupa no canto à minha direita, meus livros na estante à frente, um belíssimo exemplar de Hilda Hilst em destaque. Respiro algumas vezes. Pego o celular na cabeceira da cama para ver o horário. São 10h22. Na tela de bloqueio aparece a adorável foto em preto e branco de duas mãos atadas. Um velho fetiche meu. Meu ex-namorado, e único indivíduo com quem tive alguma experiência sexual na vida, era meio cafona, não batia, não me segurava pelos pulsos. Espero que meu cunhado espanque minha bunda.

Computador carregado por completo. Estou realmente acordada e essa é minha vida de fato.

Permaneço deitada, de barriga pra baixo, com o queixo acima do travesseiro, imaginando como será o dia. Viraremos amantes?

- Amor, precisamos ir ao mercado mais tarde.

A voz da minha irmã. Aparentemente está na sala e, pelo volume alto, seu amado deve estar na cozinha.

- Certo...

A voz do dono daquele pau gostoso. Nem consigo mais prestar atenção no resto da frase. Começo a relembrar todos os detalhes do ocorrido horas atrás. Começam algum diálogo trivial. Imagino ele já sentindo falta de entrar em mim, precisando disfarçar isso perto da Amanda. Tenho até à noite para maltratar o desgraçado de desejo. Não perderei mais nenhum minuto.

Escolho outra calcinha na gaveta, uma fio dental rosa, ignoro qualquer sutiã, coloco apenas uma casual camiseta branca. A intenção é fazê-lo ficar vidrado em meus mamilos durinhos. Quero tanto a boca dele me mamando; quero que fique de pau duro por minha causa tendo minha irmã ao lado dele, de empecilho.

Escolho a saia mais curta que tenho. Em pé, metade da coxa fica aparecendo - tenho a intenção de fazê-la subir mais ainda.

Visto um par de chinelo qualquer. Dou uma ajeitada em meu rosto diante do espelho. Tenho sorte que meu cabelo não amanhece um turbilhão. Sou gostosa pra caralho desde que acordo. Observando meu reflexo, subo com a mão pelas minhas pernas, passando pelos seios. Um dia serei acordada com ele metendo a rola entre minhas pernas enquanto mantém minha boca tapada.

Nem tomei café da manhã ainda e quero dar. Saio do quarto.

- Bom dia, irmã.

Não temos o hábito de cumprimentos formais. Mas também não é algo raro. Moramos sozinhas há 2 anos, não seguimos nenhum padrão de cordialidade.

Ela vira a cabeça. Estava olhando para a televisão.

- Bom dia, Rebeca. Dormiu bem?

- Deliciosamente bem e você? Já comeram algo?

- Já sim. Tem pão na mesa. Teu cunhado resolveu lavar a louça hoje.

- Ótimo. Moço prendado - digo, seguindo pelo corredor, em direção a ele.

A água escorre pela torneira, tornando inaudível qualquer palavra distante. Minha presença ainda não fora notada.

- Bom dia, querido - digo, já próxima.

Ele congela. Vira o rosto em minha direção, decerto inseguro sobre nossa intimidade. Mal sabe que quero ser sua putinha. E serei.

- Oi... - ele engole seco - Tudo bem? Como foi a noite?

Apenas sorrio, indo em direção ao armário. Pego algumas coisas para comer. Consigo perceber que ele não tira os olhos de mim. Passou a lavar os pratos de qualquer jeito.

Abro a geladeira e tiro de lá uma garrafa com água. Finjo fazer força para girar a tampinha. Já está aberta. Faço de conta que não. Vou até à pia, ergo a perna direita, colocando o pé por cima dela, como se me servisse de apoio para abrir a garrafa. Uma parte da bunda fica toda exposta para ele. Achei que interpretar o papel de vadia inocente seria excitante, mas não suspeitava que seria tanto assim. De propósito, derrubo um pouco de água em mim, na coxa.

- Ai, droga. Como sou desastrada. Não sei nem abrir uma garrafa. Olha só o que eu fiz - deslizo meu dedo onde quero os olhos dele fixados, mas nem precisava, seu olhar já me devorava previamente - poderia fazer a gentileza - digo, baixinho, de modo que somente ele ouça - de passar um pano aqui e me secar?

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