IX

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Acabei de gozar na boca do namorado da minha irmã - chupara minha buceta no sofá. Tive um orgasmo. Machuquei minha boca, de tanto morder o lábio por causa do tesão. Meu pulmão quase explodiu devido ao barulho que precisei conter. Coração ainda pulsando acelerado. Ouço a porta do banheiro ser aberta e, em seguida, fechada.

Eu e o responsável pelo meu êxtase nos encaramos. Começo a sorrir. Ele demonstra um ar triunfante consigo e um pouco de incredulidade também. Deve estar tão ereto, coitado.

Abro a boca, colocando a língua para fora. Sem pensar duas vezes, ele se levanta, abaixa o zíper da calça, aproxima-se de mim e coloca a rola nela.

Permaneço deitada, na mesma posição, com a cabeça virada para a esquerda, em direção a ele.

Após enfiar e tirar duas vezes, ele me segura pelos cabelos e começa a foder minha boca. Agressivo. Rápido.

Não demora muito e sinto seu leite. Engulo, revirando os olhos enquanto desce pela garganta.

Ele respira, aliviado.

Fico feliz por ter sido rápido. Seria injusto não ter dado tempo e voltarmos a ver o filme enquanto ele morria com seus hormônios.

Concomitantemente, ouvimos o som da descarga. Água escorrendo da torneira. O trinco se abrindo. A voz de Amanda.

- Ei, algum de vocês poderia vir aqui me ajudar a pegar o refrigerante e os copos.

Pobrezinha, tão tola! Toda inocente, sequer suspeitando de nossos atos. Quem diria! A inteligente filha mais velha no papel de traída. A safada sem pudor ocupando o papel de vítima. Uma pequenina porção de dó aparece em meus neurônios. Faço-a dissipar, dando uma leve risada, com a mão na boca.

Certamente ela deve pensar "oras, tudo bem eu deixar os dois sozinhos em algum cômodo. Rebeca é inofensiva". Que continue pensando assim...

Ajeito-me no sofá, visto a calcinha, verifico, pelo tato mesmo, a situação de meu cabelo.

Voltam da cozinha. Ela traz dois copos e o balde de pipoca; ele, a garrafa com o delicioso veneno gaseificado.

Sentam-se ao meu lado e imagino se ela pode sentir os hormônios no ar.

Damos play no controle remoto e a cena que eu até já havia esquecido qual era tem continuidade. Rolam tiroteios e explosões. Aventura nenhuma será mais radical do que a protagonizada por mim há uns minutos.

Aproveito o sal que se impregna em meus dedos e uso tal fato como álibi para chupá-los. Isso só o matará de saudade do meu boquete. Quero ser desejada por ele a todo instante.

No meio do filme, Amanda comenta algo sobre frio e vai pegar uma coberta. Só dá tempo de deixar um sorriso malicioso ao seu amado e ela volta.

Recuso me cobrir, o casal se cobre.

Gradativamente, a quantidade de palavras durante a conversação diminui. Enquanto o herói do filme mata dezenas de criaturas horrendas, dou-me conta que estamos em silêncio total. Minhas últimas frases foram respondidas de modo monossilábico por Amanda. Viro o rosto, discreta, para observar os dois. Estão olhando concentrados para a televisão. Com um olhar mais atencioso, percebo uma ligeira movimentação por baixo do tecido azul. Disfarço, como se não tivesse percebido que ele a está masturbando.

- Tudo bem, irmã? – questiono, cínica, mantendo a cabeça virada na direção da TV.

Ela titubeia um pouco.

- Sim, por quê?

Se eu sou fingida, ela consegue ser dez vezes mais.

- O casal ficou tão quieto – viro o rosto para eles, lentamente.

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