Amigos ou Inimigos ? - Leonato Adaptation [CONCLUÍDA]

46. Desespero

Léo

Sabe minha vida está tão boa que tenho até medo, faz dois meses que eu e Renato começamos a namorar e tudo tem sido perfeito. Entre jantares e passeios no parque, noites dormindo maravilhosamente bem juntos um do outro e brincadeiras eu tenho me sentindo tão bem. Ainda não consegui falar que o amo, eu sei que amo mas não consigo dizer, e ele também não disse então não deve estar pronto, assim como também não está pronto pra mais intimidade.

Sério eu já estou enlouquecendo, a gente só faz algumas coisas pra se aliviar mas nada faz com que chegamos no final. Ele sempre para antes e isso me deixa com muita raiva mas eu o entendo e deixo por isso mesmo. Nem Petter nem Henrique voltaram a falar comigo e eu dou graças a Deus por isso, mas sinto como se ainda não tivesse acabado bem eu devo estar louco.

Que tal as novidades ? Bem Sabina terminou com Pepe não sabemos o porque ela não contou pra gente, e também se afastou da Bruna o que ninguém entendeu porque elas sempre foram melhores amigas. Renato não teve nenhuma crise nesses dois meses e ainda está junto com o time ganhando todos os jogos. Miguel e Dhara estão se pegando de vez em quando mas acham que não sabemos.

Eu escrevi tantas músicas que acho que uma hora os professores vão surtar comigo. Renato  participou de 2 campeonato de dança ficando em primeiro lugar nos dois, ele realmente é incrível, e eu vivo bom morrendo de ciúmes porque ele sempre é cantado não só pelas mulheres mas pelos homens também. E estou muito animado porque meus amigos vão se mudar pra cá ano que vem pra cursarmos o terceiro ano juntos. Eu acho que a casa que eles vão alugar vão virar de cabeça pra baixo mas amo a ideia de os ter aqui.

(Narração)

Léo como todos os dias em que Renato  tem consulta com seu psiquiatra, vai para a parte mais distante da escola, um lugar que apenas ele conhece, senta na pequena cafeteria e toma seu café bem quente e pensa em como sua vida está indo e é o que ele está fazendo nesse exato momento. Ele sempre fica tão distraido que nem percebeu que não era o atendende de sempre e que mesmo sem fazer o pedido, o atendente lhe trouxe o pedido.

Ele apenas pensou que como sempre era a mesma coisa já tinham se acostumado. Por hoje ser sexta a maioria dos alunos saem pra atividades que a escola proporciona, o que acaba deixando a escola mas vazia e poucas pessoas nela. Léo já tinha acabado a aula de música e estava apenas tomando seu café para poder ir pra aula de teatro. Como a cafeteria não ficava nem 5 quadras da escola ele gostava de ir ali. Na volta pra escola teve a ideia pra uma música então pegou seu gravador que sempre leva consigo e apertou o botão ligar, e colocou no bolso da jaqueta que usava.

Quando chegou as portas duplas da entrada começou a se sentir muito mal, como nunca havia se sentido antes. Começou a sentir como se todo o seu corpo estivesse dormente e como se respirar estivesse sendo completamente impossível. Ele sentiu o momento em que seu corpo falou e ele desabou no chão antes mesmo de entrar na escola. A última coisa que sentiu antes de desmaiar foi alguém o pegar no colo. Tudo nesse dia poderia ser evitado, tudo naquele dia poderia passar apenas de um sonho e provavelmente era o que Léo  queria que acontecesse mas não foi bem assim.

Quando Léo finalmente abriu os olhos não sabia onde estava mas estava sentado em uma cadeira e não sentia nenhuma parte do seu corpo e sabia que nada era bom naquele ponto. Quanto olhou pra frente se deparou com Scott parado em frente a uma porta com uma faca na mão brincando de uma forma calma com um sorriso no rosto.

-Que bom que acordou Léo, achei que tinha exagerado na dose.

-Dose ? Que dose ? Onde estamos ? Por que eu não consigo me mecher?

-Oh baby, fica tranquilo, eu vou te explicar tudo. Sabe foi difícil me segurar por dois meses, ver você e o Renato pra cima e pra baixo como o casal modelo. Ele tirou tudo de mim, tirou você e a popularidade que eu teria por ser capitão do time de futebol. Mas parece que aqui tudo gira em torno dele.