Acordado

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Estava escuro...
Estava frio...
Meu corpo estava frio, o que houve? Por que estou aqui? E o mais importante...
Quem sou eu...?

Derepente um barulho começa a ecoar por meus ouvidos, minha cabeça vazia só revelava que tinha algo em cima de minha cabeça. Alguém, perfurando algo mas quem?
Derepente uma substância começou a cair de cima, areia, era o que parecia. Caia e sujava ainda mais meu vestido cor branco.
Ao som de passos a porta de meu labirinto pessoal e sem saida se abria, revelava o inevitável.
E não avistei mais nada a não ser a escuridão novamente.

Abro meus olhos lentamente, observo atentamente ao meu redor e a minha primeira visão e de meus braços e pernas presas a correntes em cima de uma cama de tecido branco.

-você acordou...
Um garoto de aparência calma e óculos brilhantes estava sentado em minha frente me olhando com olhos marejados de lágrimas.
-o que...
-por favor me perdoe pelas correntes eu não tive escolha, não sabia a sua reação ao acordar.
-pode tirar essa merda de mim?
-ah...claro!

Ele se aproximou e retirou minhas correntes grossas.

-eu agradeço muito...ah.- ao tentar me levantar meu corpo enfraquece e caio no colo do garoto.
-cuidado! Você passou um tempo, vamos se dizer assim presa então não tem força alguma.
-quem é você?
-eu...bom, vamos se dizer que sou alguém legal.
-resposta errada garoto...
-hihi...me chame de Doll.
-Doll é? Então ta. Você...sabe o meu nome?
-hum... sim.
-diga.
-não vou te falar hihi.- ele começou a rir e me ajeitou na cama.- você é incrível! E eu am...
-am o que?
-bom...nada! Você quer tomar banho?

Sem perceber que meu corpo estava bem sujo e minhas roupas estavam todas rasgadas e imundas.

-eu aceito a proposta, você pode me ajudar?
-hum...acho que sim.

Eu não havia percebido que ele era alto até ele chegar perto de mim. Seu corpo era forte e sua pele era muito branca, seus óculos era pretos e seus olhos castanhos claros como casca de árvores.
Ele me segurou nos braços e me levou até a banheira, eu queria me virar sozinha mas meu corpo não respondia a tal ato. Devagar ele me posicionou na banheira ja com o rosto corado.

-obrigada...
-não a dique...você...você tira as suas roupas ta bom? Vou preparar a comida e te entregar roupas novas.
-pode ir.

Conforme as roupas foram tiradas, cicatrizes imensas apareciam, eu ficava horrorizada com o que via e parecia doer tanto mesmo ja curadas.
Parece que eu ja sentia a mesma dor, parecia que eu tinha vivido algo terrível demais.

-colicença querida.
-Ah! Ta doido?!
-me desculpe interromper seus pensamentos é que... a comida ja está pronta.
-eu ja vou...- ao tentar me levantar sinto as pernas fraquejar.
-o que foi?
-apenas uma dor inesperada.

Ele hesita, mas logo me ajuda a levantar da banheira.

-você está vermelho...nunca?
-não! Eu nunca vi uma mulher...despida.

Não consigo evitar um sorriso e ele fica ainda mais vermelho.

-tudo bem...Não tem problema nisso.
-me desculpe...eu não saio muito eu não queria que você pensasse coisas ruins sobre mim.
-shu...está tudo bem, agora me ajude a ir comer okay?
Isso foi até empolgante de ouvir...hihi.

Fomos até a mesa e ele estava ainda vermelho, mas não quis insistir no assunto.

-espero que você coma...
-ha! Eu preciso de algumas respostas meu amor.- digo a ele que está do outro lado da mesa.
-tudo bem, pode fazer.
-qual é o meu nome e aonde eu estou.
-hum...por que eu responderia?
-não jogue comigo!
-eu adoro jogar sabia?.- disse ele com uma expressão travessa no rosto.
Sem pensar duas vezes jogo um garfo na direção dele e ele segura facilmente com os dedos.
-você esta sendo má comigo!
-vai mostrar sua verdadeira face agora?!
-hehe...talvez?

Saiu correndo para perto dele e ele logo se defende, entramos em uma briga corpo a corpo. Para mim era fácil e eu não sabia o por que, e o que me irritava ainda mais era vê-lo com a mesma expressão de cinismo no rosto.
A luta toma outras proporções. Tento dar um golpe nele, ele segura meu punho e me empurra para a mesa. Com uma das mãos imobilizadas, com o rosto contra a mesa e a minha bunda encostando...Você sabe aonde, não era nada confortável.
Ele chega bem perto do meu ouvido.
-parece que esse jogo...quem ganhou fui eu.
-aah...desse jeito vai me deixar excitada!
-he...seu corpo está bem quente agora, parece que vai pegar fogo.
-ui! Cadê o santinho de ainda agora?
-me desculpe mais, o momento me deixou um pouco...alegre.
Ele me solta e sai a ajeitando os óculos, que só refletiam a luz e deixava apenas um olho a mostra.
Me viro cansada ainda escorada na mesa.
-você pode responder as minhas perguntas?
-talvez...
-vou ter que fazer algo ilícito para você?.- me viro e deito novamente na mesa e começo a balançar meu bumbum.- se é isso que você quer...
-pare! Eu não sou assim!
-okay hahahaha...
-seu nome é Demored, é só o que eu sei. Eu achei você quase morta te trouxe para a minha casa e cuidei de você até então.
-obrigada...Você não tinha a obrigação de cuidar de mim mas mesmo assim...
-eu me apaixonei...
-o que?
-eu me encantei por você assim que a vi , eu queria ajudar.
-não foi isso que você disse...

Ele chegou perto de mim e por algum motivo meu coração bateu muito forte, parecia que eu o conhecia a muito tempo.

-eu não disse nada meu amor, por favor vá se deitar está quase desmaiando.
-eu estou bem...eu vou matar vocee...

Antes que eu pudesse perceber meu olhos se fecharam e e cai, sem sentir nada, me encontrava de novo no vazio completo. Aquele frio eterno que cobria meu corpo havia voltado e uma voz familiar me pedia ajuda no fundo da minha escuridão particular.

-aonde está você querida?...
-quem? Quem está ai...?

Sem entender água começou a escorrer do meu rosto, não água! Mais sim lágrimas, eu estava chorando por algo que eu não entendia.
Em questão de minutos não apenas uma voz mais várias tomaram seu lugar na escuridão, e todas as vozes diziam a mesma coisa.

Aonde está você...

Assassina de aluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora