Capitulo 5

2K 122 13
                                    

Aurora

Carlotta leva um estilo de vida leve e despreocupado, então sempre inventa um novo evento, ela e Alessio são tão parecidos nesse ponto, em contrapartida todo o restante do grupo é mais tenso.

— Prontas? — Entrou Alessio no quarto de Carlotta.

— Pensei que fosse a noite das meninas.

— Pensou errado, Rora — Aparece Massimo atrás dele.

— Carlotta não deixou esse ponto claro — Perguntei à Carlotta.

— Por que deveria?— Ela questiona — Os meninos sempre estão conosco.

— Merda — Sussurro, mas Massimo ouve. Não sei como Nevio e eu estamos, ficou bastante estranho depois da ultima noite. 

— Você tem algo a compartilhar com o grupo, Rora? — Massimo questiona enquanto passa o brao pelo meu pescoço.

— Então, prontas? — Pergunta Nevio entrando no quarto, nossos olhares se encontram no mesmo instante.

— Sim, todas prontas — Carlotta diz se levantando.  

Saimos corredor a fora, tento sair do campo de visão de Nevio, mas falho, ao entrarmos na garagem, ele me tira das mãos de Massimo. 

— Você vem comigo — Ele diz me levando até seu carro. 

— Prometi que iria com a Greta — Falo rapidamente.

— Sem desculpas, princesa.

Nevio abre a porta do carro e entro a contragosto. Seguimos em total silêncio o caminho todo.
Chegando na festa, começamos a beber, bastante, Massimo e Nevio ficaram escorados em uma parede, Greta e eu dançamos quando sinto uma mão na minha cintura, surpreendida, me viro.

— Oi?

— Oi, qual seu nome? — O desconhecido pergunta com sua boca perto do meu ouvido.

— Aurora — Lhe respondo.

— Mattew, prazer — Falou me dando um beijo no canto da minha boca — Você não costuma vir aqui, ne? 

— Como sabe? — Questiono em seu ouvido. 

— Você é inesquecivel, Aurora — Ela diz meu nome como uma canção. 

— Aurora? — Massimo diz atrás de mim, me viro em sua direção.

— Pare com isso ou você sabe o que Nevio vai fazer, Alessio já está tendo que segurá-lo — Falou me levando para o canto da sala.

— Sou solteira, Massimo — Falei soltando meu pulso.

— Certo, então diga ao Nevio que você não quer nada com ele e siga sua vida, mas não o atice e depois saia, não é assim que funciona, Nevio é instável.

— Massimo...

— Por que agir assim quando é evidente que gosta dele?

— Você não entende, Massimo.

— Certo, talvez eu não entenda, mas você está se colocando nessa situação, você o conhece — Falou virando as costas, fui até onde Nevio estava, mas ele não estava mais ali.

— Ele acabou de sair, Rora — Disse Alessio segurando Lotta contra si. Fui em direção a saída e o vi entrando no carro. Corri até seu carro e entrei antes que ele pudesse dar partida.

— Porra, Aurora, quer morrer? — Diz ele abaixando a arma.

— Desculpe. Precisamos conversar — Falei olhando para ele.

— Depois conversamos, agora volte e continue o que estava fazendo.

— Nevio...

— Não, Aurora.

— Vamos para sua casa, Nevio — Falei pegando sua mão — Conversamos lá.

Chegamos a mansão Falcone, e fomos para o quarto do Nevio, assim que entramos ele foi para o banheiro, escutei o barulho do chuveiro e fiquei esperando sentada. Nevio saiu do banheiro com uma tolha enrolada na cintura, não consegui desviar o olhar.

— Não olhe — Zombou.

— Se vista, precisamos conversar.

— Estou confortável assim — Falou se aproximando — A não ser que esteja te distraindo...

— Não, só não acho que seja apropriado.

— Seu vestido não é apropriado — Ele diz se aproximando — Mas mesmo assim não falei para trocá-lo.

— Você acha que eu teria feito caso Vossa majestade tivesse pedido?  

— Não, não acho — Ele se aproxima mais — E é por isso que Alessio está certo quando diz que não deveremos ficar juntos — Sua respiração bate no meu rosto — Não posso ficar com alguem que não atenda aos meus comandos — Falou indo em direção ao closet, eu o sigo. 

— Então não estou a altura pois não me dobro aos seus caprichos? 

— Serei Capo, Aurora — Ele deixa a toalha cair no chão, não deixando nada para a imaginação e coloca uma cueca — Se eu não consigo controlar minha esposa, como contolarei todo o Oeste?

— Você não quer uma mulher que pode controlar — Digo me aproximando.

— Embora não pareça, dificilmente é sobre o que eu quero, Aurora.

— E o que você quer?

— O que eu sempre quis — Ele me preciona contra a parede, leva sua boca até minha orelha — Você, eu sempre quis você, só você — Meu corpo tremeu. 

— Você não transpareceu esse desejo nos ultimos anos.

— O que você queria que eu tivesse feito, Aurora?

— Dito ao seu pai que queria sua filha menor de idade?

— Falçando assim...

— As coisas são complicadas, Aurora. 

— Não me trate como uma criança burra e mimada, Nevio.

— Mas você é mimada — Ele zomba — Sempre consegue o quer de todos, inclusive de mim. 

— Parece que nem tudo — Digo sem fôlego. 

— Tudo... — Ele sussurra enquanto passa os braços pelas minhas pernas e me prende contra a parede, Nevio me beija, nunca fui beijada da forma que ele beija, tem tanta paixão no ato, me sinto completamente consumida pelo seu cherio, seu toque, por ele. 

— Nevio — Digo ofegante.

— Sim? — Perguntou entre beijos.

— Acho que não é uma boa ideia. 

— Acho uma ótima ideia — Fala segurando meu rosto.

— Nevio, você acabou de dizer que não funcionaríamos. 

— E você refutou. 

— Não seriamos bons juntos, nos afogariamos, e todos sabem disso.

— Nada parece mais certo do que quando estou com você. 

— Não diz isso...

—  Não estou tentando fazer você ficar, Aurora, só estou sendo claro.

— Devemos seguir caminhos diferentes, Nevio. 

—  Se é o que você quer...

—  Nós dois sabemos o que sentimos, Nevio. Já se questionou nos ultimos dias o porque não agimos sobre isso, mesmo sabendo que alguma coisa havia? 

— Porque nos afogariamos um no outro. 

— Sim... 



Aurora & NevioOnde histórias criam vida. Descubra agora