CAPÍTULO 9

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     Todos os jovens, exceto Ruby, estavam na escola. Aproveitavam que estavam no intervalo para esquecerem, da estadia longa naquele lugar.

     - Que horas vão dar as notas? – perguntou Anne.

     - Talvez no fim do dia. – disse Gabriel. – Mas você foi bem, diferente de mim.

     - A Ruby não me atende... Nem responde as minhas mensagens... Será que ela está bem? – contestou Ygor preocupado.

     - Ela só esta triste. – falou Susi.

     - Ela pode estar dormindo. – disse Anne.

     - Mas ela sempre responde o que eu mando. – disse Ygor.

     - De um tempo para ela, quando ela estiver melhor ela te responde. – disse Lívia.

     - Eu vou passar na casa dela depois da aula. – disse Ygor guardando o celular no bolso da calça.

     - É uma boa ideia! Todos nós podemos ir! – disse Luís.

     - Não foi a avó dela que havia contado a história do casarão pra ela? – perguntou Edgar.

     - Foi. Por quê? – disse Ygor.

     - Muita coincidência, aquela que conhecia a história do casarão morrer após uma garota morrer no casarão, não acham? – disse Edgar.

     - Será que elas se conheciam? – disse Anne.

     - Será que o casarão realmente é amaldiçoado? – disse Gabriel.

     - Não existe maldição! Nem fantasmas! Nem nada do sobrenatural! – disse Susi.

     - Pode ser que exista, Susi. Não feche essa possibilidade! – disse Edgar.

     - Você também está acreditando nisso? Onde esta a lógica nisso, Edgar?! – disse Susi.

     - Não precisa ter lógica, só precisa ter uma explicação. – disse Lívia.

     - Como pode existir uma explicação sem lógica! – disse Susi.

     - Existem muitas! – disse Ygor. – Difícil é achar uma com lógica.

     - Eu acho que você devia manter a mente aberta pela Ruby. – disse Edgar. – Ela é sua amiga e a mais crente nessa história.

     - Tá bem, só porque a Ruby é minha amiga! – disse Susi. – Mas não mudei de opinião.

     - Mas já é um começo. – disse Edgar.

     Conversaram por mais um tempo até o sinal tocar, na sala de aula, eles recebem as notas das provas que tanto esperavam. Assim que acabaram as aulas que faltavam para aquele dia, foram todos para a casa de Ruby. Chegando lá, eles tocaram a campainha, a mãe da Ruby que os atendeu, os deixou entrarem e falou que a Ruby estava no quarto, foram até o cômodo e a encontraram mexendo no computador.

     - Ruby como você está? – perguntou Ygor a abraçando, Ruby retribuiu o abraço.

     - Eu estou bem, só um pouco triste, mas entendo que ela tinha muita idade. – disse Ruby.

     - Nossos sentimentos. – disse Lívia se sentando com Luís, os demais ficaram em pé.

     - Obrigada. – disse Ruby ainda abraçada com o Ygor. - Eu fiquei pensando, e ela não ia gostar de me ver triste, chorando inconformada.

     - Ela era muito animada. – disse Luís.

     - O meu pai falou que vamos ir até a casa dela para pegar o que ela deixou para mim e para o Léo. – disse Ruby.

     - É muita coisa? – perguntou Anne.

     - Não sei... – disse Ruby. – Mas ele falou que vamos ainda hoje, mas antes quero mostrar o que eu encontrei, além do que eu mandei ontem.

     Então ela mostrou uma folha de papel para os amigos.

     - Teve umas manchetes que ninguém merece, naquele papel que você escreveu. – disse Susi.

     - Você não acredita no sobrenatural... É claro que para você a maioria é idiotice. – disse Ruby.

     - Mas vou tentar manter minha mente aberta. – disse Susi. – Só porque você é minha amiga.

     - Você vai tentar? Já é um começo. – disse Ruby. – Mas o que acharam?

     - Interessante. – disse Edgar. – Estamos pensando que talvez não seja uma coincidência o que houve com a sua avó, com a garota e com o casarão.

     - Talvez tenha alguma ligação secreta. – disse Luís.

     - E sobrenatural. – disse Gabriel mudando sua voz para ficar assustadora.

     - Acham que pode ter algo a ver então? – perguntou Ruby com um olhar de satisfação.

     - É o que parece. – disse Edgar.

     - Minha avó tinha um baú com papéis antigos, talvez tenha algo lá. – disse Ruby.

     - Eu posso ir junto com você, se quiser. – disse Ygor.

     - Obrigada. Acho que meus pais não vão se importar. – disse Ruby.

     - Podemos voltar mais tarde. – disse Susi.

     - Melhor amanhã, vai que eles voltam tarde. - disse Luís.

     - Eu não sei quanto tempo vamos demorar, mas eu aviso quando chegar. – disse Ruby.

     - Então tá. – disse Gabriel.

     - Mudando de assunto, eu fiquei de recuperação, não foi? – perguntou Ruby.

     - Por meio ponto. – disse Anne.

     - E os professores não podem aumentar meio ponto para me ajudar, blá, blá, blá, já conheço essa história. – disse Ruby. – Eu também achei alguns relatos policiais sobre os casos que ocorreram...

     - Será que serão úteis? – interrompeu Lívia toda animada.

     - Talvez. – disse Ruby. – Acho melhor esperar eu ir à casa da minha avó, quem sabe entre as coisas que vamos pegar tem algo que possa nos ajudar.

     - Certo, vamos esperar sua mensagem, quando você voltar para a casa. – disse Luís.

     Todos conversaram por mais um tempo até Ruby ser avisada pela sua mãe, que estava quase na hora de irem para a casa de sua avó, todos se despediram menos o Ygor que foi com ela e sua família. A turma foi para a casa de Susi continuar a pesquisa.

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