CAPÍTULO 15

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     A tarde, a garotada se reuniu novamente na casa de Ruby como era combinado e mais do que depressa começaram a ler as cartas e os recortes de jornais.

     - Isso cansa. – disse Léo insatisfeito.

     - Estamos tendo um trabalho e tanto. – disse Lívia.

     - Também! É muito papéis. – disse Gabriel já cansado.

     - E tudo estava guardado em caixas. – disse Ruby.

     - Mas só que em todas que lemos até agora, não tem nada. – disse Luís.

     - Tem muito recibos e notas, são de padaria, mercados e restaurantes. – disse Susi.

     - Isso é estranho, minha avó não saia tanto assim, ela dizia que não gostava. – disse Ruby.

     - E agora? Só faltam duas caixas para olharmos. – disse Anne.

     - As cartas são de amigas, são do seu avô, são de irmãs de caridade, e outras todas sem importâncias. – disse Edgar.

     - Aqui tem só fotos. – disse Susi.

     - Vamos olhar. – disse Anne.

     Tinha fotos de Ruby e Léo desde bebês, também de seu pai desde criança, o casamento de sua avó, dos seus bisavôs, enfim várias fotos dos familiares. Achavam algumas fotos engraçadas e todos riram muito dos trajes que todos usavam.

     - Espera. – disse Léo olhando um álbum de folha grossa que mais parecia um livro.

     - Quem são? – perguntou Anne curiosa.

     - Não sei. - disse Ruby pensativa.

     - Nem eu. – disse Léo. – Nunca vi.

     - São muito velhas essas fotografias, parecem mais pinturas. – disse Susi.

     - Tem que ser alguém quem já morreu há muito tempo. – disse Gabriel.

     - Vamos pensar. – disse Susi. – Se sua avó tinha essas fotos, esse povo todo tem que ter sido parente dela.

     - É melhor você mostrar para o seu pai. – disse Luís.

     - Vou fazer isso a noite. – disse Ruby.

     - Por que você tá calado, Ygor? – disse Léo.

     - To pensando. – disse Ygor.

     - Mudando de assunto, acho melhor irmos embora. – disse Gabriel. – Daqui a pouco a mãe de Ruby nos da uma dura.

     - É mesmo, estamos aqui faz tempo. – disse Edgar.

     - Esquecemos o combinado. – disse Anne.

     Eles se despediram e Ruby acompanhou todos até o portão. Ygor hesitou em ir embora e disse para o pessoal ir na frente, todos entenderam que ele queria dar uns beijos na Ruby, e saíram rindo. Na verdade Ygor queria dizer a Ruby que ela esqueceu o baú, e para ela tomar cuidado quando fosse abri-lo porque não sabia o que tinha lá dentro. Ela combinou então que pediria para o seu pai abrir. Ygor foi com seus amigos que ficaram esperando na esquina.

     Depois do jantar, sentaram todos na sala, Ruby mostrou o álbum antigo para seus pais, mas eles não reconheceram ninguém, seu pai nem conhecia o álbum. Também falou que nas cartas não tinha nada de importante, mas faltava abrir o baú. Foram, todos para a garagem a onde estava o baú, mas ele estava trancado com chave. Seu pai pegou uma chave de fenda para abrir.

     - Espera pai. – disse Léo saindo correndo.

     Todos ficaram esperando e ele voltou em seguida com a chave grande e preta que estava junto com os pen drives.

     - Está chave estranha pode ser do baú. – disse Léo.

     - Esqueci da chave. – disse Ruby.

     A chave serviu e o pai destrancou o baú, levantou a tampa bem devagar porque depois de tantas informações desconhecidas estavam com receio do que podiam encontrar. Léo se escondeu atrás de Ruby com medo.

     Dentro do baú tinha uma caixa pequena só.

     - Outra caixa! – disse Léo reclamando. – Como ela gostava de caixas!

     - Não reclame Léo. – disse seu pai.

     - Pega logo essa caixa. – disse a mãe.

     - Vamos ver o que tem dentro! – disse Ruby.

     E o pai abriu a caixa, era uma caixa de madeira, de tamanho médio, parecia um porta-joias grande, dentro havia papéis, o pai pegou primeiro uma carta escrita Ruby, uma carta escrita Léo, depois outra carta escrita meu filho, uma pasta de papel fechada com uma fita vermelha, e um quadro muito bonito, tinha uma letra e vários desenhos, mas que ali ninguém conhecia. Voltaram para a sala com todas essas coisas. O pai pegou a carta que estava dirigida a ele e começou a ler.

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