O Segredo da Casa

CAPÍTULO 13

     Os amigos chegaram.

     - Nossa! – disse Gabriel.

     - Tudo isso estava escondido? – disse Susi abrindo uma caixa.

     - Ao que parece sim. E o mais escondido era isso. – disse Ruby mostrando a chave grande e os pen drives.

     - Estava escondido em um compartimento secreto, no chão da cozinha. – disse Ygor.

     - Talvez entre todas essas coisas, tenha algo que prove minha teoria. – disse Edgar.

     - Nós encontramos uma carta com o sobrenome da primeira família que morou na casa. – disse Ruby.

     - Já pensou Ruby, que você pode ser herdeira! - disse Anne.

     - Sensacional! Ruby viraria uma celebridade nesta cidade. – disse Luís.

     - Seria um sonho. - disse Ruby colocando um dos pen drive no computador.

     - Já pensou que a garota poderia ser sua parente? – perguntou Livia.

     - Isso seria muito estranho. – disse Ruby. – Como poderia ser? Parente através dos séculos. – disse Ruby.

     - Sinistro. – disse Gabriel.

     Neste momento a porta se abriu devagar, e todos levaram um susto enorme, ficaram estáticos. Mas era o Léo, seu irmão, que vinha se juntar ao grupo. Respiraram forte, mas com alívio e riram muito.

     - Esqueci de falar que meu irmão vai ajudar. – disse Ruby.

     - No que ele pode ajudar? - perguntou Gabriel.

     - Fui eu que descobri que ela morava na cidade vizinha. – disse Léo.

     - Sorte de principiante. – disse Gabriel.

     - Todos aqui são principiantes, ou tem alguém aqui com capacidade de investigador? – disse Luís com uma voz mais ríspida, acabando com a rivalidade que parecia surgir entre os dois.

     - Fica quieto. – disse Gabriel irritado.

     - Alguém lembra como era a garota? – perguntou Ruby.

     - Extremamente parecida com você, dava pra dizer que eram gêmeas. – disse Susi.

     - Então é bom vocês verem isso. – disse Ruby saindo da frente da tela do computador.

     Ruby havia colocado o pen drive no computador, quando o abriu, viu duas pastas. A primeira tinha várias fotos da família de Ruby e a segunda pasta tinha fotos e selfies de uma garota ruiva, cabelos longos e ondulados, olhos verdes e feição parecida com a de Ruby.

     - É a garota. – disse Luís. – Mas que lugar é esse? – Ele disse se referindo ao fundo de uma fotografia.

     - Parece o riacho atrás da cidade, que da para o bosque. – disse Susi. – Meu pai diz que se seguirmos pelo riacho, chegamos até a cidade vizinha.

     - Essas fotos tem uma sequência, parece um caminho. – disse Edgar.

     - Ela fotografou o caminho? Como assim? – disse Lívia indignada, sem entender nada.

     - Olham, não só o caminho. – disse Anne.

     - Essa foto tem a casa. – disse Susi.

     - É mesmo, é a casa. – disse Ygor.

     - E aquele parece ser o armário que estava na garagem da vovó? – perguntou Léo.