Capítulo 34 - Obrigado.

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{Scott}

Cheguei em casa, e fui até a sala. Não encontrei ninguém, então fui em direção ao quintal, onde o pessoal passa a maior parte do tempo.

– Cheguei família! – digo, me aproximando de Stiles, Noah, e Peter. – Onde estão as crianças? E o povo?

– As crianças saíram com o Chris, para tomar sorvete. E o povo saiu cada um pro canto. Cadê seus namorados? – Stiles perguntou.

– Saíram, dizendo eles, que daqui a pouco chegam aqui. – dou de ombros.

– E aí Scott, como é criar duas crianças? – Peter pergunta. Me fazendo rir.

– Cansativo, porém compensa, quando vejo Theo e Matthew sorrirem. Deuke e eu temos que respirar fundo, para não bater no Theo.

– Peter não pode falar nada, porque ele é uma das crianças. Ele e as crianças criam um caos, lá em casa. – Noah diz, suspirando cansado.

– O Ben é o que menos bagunça, na minha opinião. – Stiles comenta.

– Sim, ele é calmo, na dele. Mas quando se junta com a irmã, senhor. Principalmente no banho, água pra todo lado. Tem mais água no chão, do que na banheira. – Noah diz.

– Lua, graças a Deus, é calma no banho. O engraçado é que mesmo que ela seja muito independente, tem coisas que ela gosta que a gente faça. Tipo, dar banho e colocar para dormir. Ela gosta de quando eu dou banho nela, porque eu fico cantando algumas músicas, enquanto lavo o cabelo dela. E na hora de dormir, ela gosta que a gente dê beijo de boa noite nela, para ter bons sonhos.

– Matthew também gosta, disse que quando fazemos isso os pesadelos vão embora. Ele até dá beijo na gente, falando “pronto, papais, agora os bichinhos malvados vão ficar longe.”

– Ben faz isso também, mas a Vale não. Ela simplesmente diz “boa noiti" e deita. Ela não pede beijo, ou algo do tipo. – Peter comenta.

Ouvimos passos, nos viramos para a porta.

– Cadê o meu bebê? – pergunto, em um tom de voz alto.

– PAPAAII – Matthew aparece correndo, todo desajeitado, com os bracinhos abertos.

– Oi, meu amor. Tava com saudades?

– Sim, mas titi falou que se num chorasse papai viria mais rápido. – diz, com um biquinho.

– Titio tá certo, não precisa chorar. Papai vai vir buscar o bebê dele, sempre.

Vejo as crianças vindo para o quintal. E Chris com Ben no colo, o mesmo estava choroso.

– O que houve, pequeno? – Peter o pegou no colo.

– Caiu. – fez biquinho, os olhinhos cheios de lágrimas, e apontou para o joelhinho dele.

– Vai passar, aqui, beijo para sarar mais rápido. – beijo a bochecha dele, que riu.

– Amo, papa. – diz, abraçando o pescoço de Peter.

– Também te amo, pequeno. Quer brincar? – perguntou.

– Vai me vê? – perguntou com os olhinhos brilhando.

– Claro! Vou estar aqui olhando vocês.

Ben desceu do colo de Peter, e saiu correndo em direção as crianças. Vale segurou a mão do gêmeo, e o puxou para se sentarem perto de Henry.

***
Estou sendo levado para algum lugar, vendado. Estou nervoso, não sei para onde estão me levando.

– Chegamos.. – comentou.

– Vou tirar a venda, okay? – perguntou e eu concordei.

A venda foi retirada de meu rosto, e pude então, observar o lugar. Era uma clareira, muito linda, perto de um riacho. Numa parte da clareia tinha uma manta no chão, e sobre ela tinha uma cesta de piquenique.

– Gostou? – Theo perguntou, concordei com a cabeça.

Me virei para eles e fiquei surpreso. Eles estavam ajoelhados no chão, Theo segurava um buquê e Deuke segurava uma caixinha que estava aberta, deixando a mostra três alianças. Fiquei sem reação, e eles nervosos.

– Scott McCall, amor das nossas vidas. Nos conhecemos em um momento, em que você estava passando por várias coisas, tanto boas quanto ruins. Matt ainda estava em seu ventre, quando tivemos coragem de te chamar para sair. E ele tinha apenas 2 semanas de vida, quando te pedimos em namoro. E agora com poucos meses para o aniversário de 2 aninhos dele... – Theo começou, me fazendo relembrar de todos os momentos, bons e ruins, que passamos juntos.

– Queremos saber se você aceita nos fazer os homens mais felizes do mundo, e ser retribuído na mesma sintonia? Nos aceita como seus maridos e pais de nossos filhos? – Deuke completou.

– Eu... – olho para eles, que parecem mais nervosos com a demora da resposta. – Sabe... isso me fez lembrar, de todos os momentos que passamos juntos. De todos os sorrisos, das lágrimas, das brigas, dos beijos e abraços. Do carinho que vocês tem por Matthew, do jeito que vocês nos tratam, do que me fazem sentir. E sim, eu aceito viver ao de vocês, de ser e fazê-los felizes, assim como fui nesses, quase, dois anos.

Eles me puxam para o colo deles, me abraçando. Me levam para a manta, onde deitamos. Aproveitamos nosso tempo sozinhos, e namoramos um pouco.

Eu agradeço por ter tido a chance de recomeçar, e por ter esses homens na minha vida, como meus noivos e pais do meu filhote, mesmo que seja de coração.

– Obrigado. – sussurrei para o nada e, pude ver Deuke e Theo sorrirem. Me abraçaram apertado, e beijaram minha testa.

Continua...

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