Capítulo 11(Maitê)

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Acordei e li a mensagem de Sarah e por mais que aquilo tenha me causado medo ela tinha razão, Cezar não me deixaria ir embora tão fácil assim então editei todo meu plano, eu iria fazer ele pensar que ele é quem estava se livrando de mim. Aí ele iria poder ficar com a Alice eu iria para longe dele. 

Maitê: Sarah, eu concordo, preciso apenas de algum tempo para me preparar para pôr esse plano em ação. 

Enviei a mensagem no grupo, como eu ainda não sabia quem era quem esperei uma resposta grossa. 

Estranho Misterioso: Ótimo, fico feliz por ter aceito. Vamos todos ajudar no que der. Ass. Pietro

(XX)XXXXX-XXXX: Que bom que escolheu aceitar, e não precisa se preocupar com nada ta bom? Espero que esteja bem. Ass. Lorenzo 

O que mais me surpreendeu foi o fato de as mensagens terem sido compreensivas e não grosseiras como eu imaginei que seriam, mas eu não tive nenhuma resposta da Sarah, a mensagem do Pietro não fez muita diferença pros meus pensamentos, mas a do Lorenzo havia me desestabilizado por completo. Eu nem o conhecia, isso só poderia ser loucura. Para me fazer cair novamente na realidade Cezar chegou em casa, por sorte eu havia guardado tudo e desligado celular precisava parar de pensar no Lorenzo e naquela bonequinha que tinha na foto de perfil dele. Mas aquela manhã Cezar estava diferente, ao ponto de me assustar ainda mais. Assim que chegou ele começou a gritar comigo.

– ONDE VOCÊ ESTAVA ONTEM, ENQUANTO EU VISTAVA MINHA MÃE VOCÊ ESTAVA POR AÍ COMO UMA VADIA PERAMBULANDO SEM RUMO. EU NUNCA DEVERIA TER SAÍDO, EU NÃO DEVERIA TER CONFIADO EM UMA VADIA COMO VOCÊ. – Naquele momento eu não vi mais nada, o homem que nunca havia me agredido fisicamente agora estava batendo.

– Calma... Cezar, por... favor... eu juro...

Depois disso eu apaguei, foi como se minha vida tivesse sido destruída, eu precisava agora mais que nunca ter forças, mas só acordei na manhã seguinte, e Cezar já não estava mais em casa. Tentei me levantar com calma, mas a tentativa foi vã. Estiquei a mão e procurei meu celular, por sorte eu havia escondido, liguei meu celular e me mexi na cama e vi um bilhete de Cezar.

Acho bom você não tentar nenhuma gracinha ou isso terá sido carinhoso perto do que farei a você se contar a alguém, porque isso foi culpa sua. 

Deus eu senti enjoo só de pensar no que mais ele poderia fazer, mas então eu rolei de novo para o lado do celular e abri a câmera frontal. Quando vi meu rosto me assustei, porém ainda sim fotografei. Meu olho esquerdo estava fechado e inchado enquanto o direito estava vermelho, meus lábios estavam doloridos e totalmente roxos e inchados meu nariz havia sido quebrado, eu dei uma olhada para o meu corpo as marcas arroxeadas em meus braços e pernas estavam horríveis. Então eu levantei a camisa para ver o por que sua barriga doía e as marcas que viu eram ainda piores, Deus e ele ainda a ameaçou. Eu juntei todas as fotos que conseguiu e enviou para o grupo, mas ela ouviu a porta se abrindo e desligou o celular novamente e o colocou no mesmo lugar. 

Achei que Cezar havia voltado para casa e eu já não sabia o que fazer, a não ser sentir medo.  

O Recomeço de MaitêOnde histórias criam vida. Descubra agora