Entre Universos

Azul Cor do Mar

O cheiro do mar lhe trazia bons momentos. Queria se entregar aquele azul.

O vento levava e as mãos pequenas mais precisas, traziam de volta o azul.

Era um azul profundo. Pro-fun-do. Profundo, e de cheiro doce, com o salgado do mar. Queria ter aquele azul em suas mãos.

Então, vi outro azul, azul oceano. Claro. Mas não tão escuro e profundo como aquele acima. Extasiante. Excitante.

Mas seu olhar foi pra explosão de luzes acima do azul. E quando voltou seu olhar, o azul claro não estava mais para seu olhar penetrar. Só o azul escuro.

Foi quando ele chegou, e tomou seus lábios. O ódio veio até mim, com a força de um furacão.

O azul abraçou aquele que tomou seus lábios. E vinham ao seu encontro, molhando o azul e aquele ser que ria alto demais.

Ao ver o azul longe daquele, sentiu o vento a favor de seus desejos, e nadou perto da areia, para ver e num movimento rápido, já estava levando o azul para o fundo do mar.

O azul claro lhe fitou, tinha medo em seus olhos, e da sua boca, o ar já ia lhe sumindo, e subindo para fora da água escura.

E na tentativa de sair dos braços daquele ser, sua perna cortou se nas escamas negras.

Que ao sentir o cheiro e ver o sangue que lhe cercava, a fome que atormentava seu corpo a dias, fluiu como água. Transformando o seus olhos de curiosidade e paixão, pra de um ser faminto sem sentimentos.

E antes que o azul tivesse consciência do que tinha feito. As garras escondidas feriu seus pulmões no momento em que seus dentes afiados cortaram seu pescoço. Sua morte foi rápida.

E a alimentação daquele ser que a tinha matado mais rápida ainda, não sobrando nem os ossos.

Enquanto voltava às profundezas do oceano. Um jovem de cabelos castanhos, procurava sua namorada de cabelos pintados de azul, de olhos azuis claros.

Ele sentia como se aquele beijo, e aquele sorriso que tirou de sua namorada enquanto a passagem do ano ia, e jogava água em seu corpo vendo seu sorriso fica contagiante. Foi um maldito adeus.