⭒PRÓLOGO⭒

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Não revisado.

EU nunca acreditei nessa coisa de pressentimentos e de saber que algo daria errado

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EU nunca acreditei nessa coisa de pressentimentos e de saber que algo daria errado. Porque se fosse mesmo assim o mundo seria o completo caos de acordo com minha mente turbulenta. Nos últimos tempos comecei sentir um peso enorme no peito, senti as minhas mãos tremerem e um sentimento indescritível. Sabendo que algo vai dar errado e todas as vezes eu estava certa.

Nesses episódios começava a tropeçar, a cair, a derrubar tudo que toco e não sei o que é, mas acredito que me deixa completamente perdida. Porque sei que sempre estarei de mãos atadas e não possuo super poderes pra fazer as coisas melhorarem. Então, só espero, espero que tudo fique bem, mas nem sempre fica e só de pensar na dor que os meus amigos devem estar sentindo o peso volta.

Achei que conseguiria chegar a tempo. Acreditei e pensei que quando o encontrasse falaria tudo o que guardei pra mim nessas últimas semanas. Tentar ter uma conversa melhor que a nossa última ou talvez encontrar com o meu melhor amigo pra dizer que sinto muito e mesmo que ele tenha me pedido um tempo. Não suporto saber que parte disso foi culpa do meu descuido quanto ao diário.

── Ellenor! ── A voz é feminina me trás de volta pra minha realidade.

As minhas pernas não me obedece e os meus olhos estão atentos na esquina a minha frente e algo dentro de mim me estimula ter esperança que a qualquer momento o ônibus vai voltar. Mas não vai e o quão patética estou sendo por tentar me enganar?

── Elle! ── Outra vez, só que agora os chamados estão mais próximos que antes.

Aprumo o meu corpo me virando para trás e só quando vejo a Antonella que me lembro que tenho um ônibus pra entrar rumo ao acampamento que prometi pra minha família que aproveitaria até o último segundo.

Só Deus sabe o quanto quero que esse último segundo chegue logo.

── Está maluca? ── A loira me encara e tenho certeza que quer me sacudir como um saco de farinha. ── Falta poucos alunos pra entrar no ônibus, temos que ir!

Segurando na minha mão ela me arrasta de volta pro outro estacionamento. Quero agradecer, mas no momento os olhares dos outros alunos me deixa envergonhada e ao mesmo tempo pequena. Não sou de encarar de volta só que dessa vez não suporto abaixar a cabeça como eles querem ou que me diminuía por algo que não fiz. Não publiquei nada e nem pedi para a pessoa divulgar

Entro no ônibus depois que os supervisores vasculham a minha mochila e me sento ao lado da Antonella que me chamou assim que quase passei direto do acento que a mesma estava sentada. Não a dúvidas que todo mundo que está presente aqui já havia planejado se sentar com os amigos e por mais que seja estranho essa aproximidade da minha ex melhor amiga. Não sei se me sentiria mais avontade ao lado de outras pessoas que me fariam perguntas.

── Você vai gostar do acampamento! É super divertido e tem vários gatinhos dos colégios de outras cidades. ── Ela fala com um sorriso e uma amiga da mesma que está sentada atrás de nós duas ao lado de um garoto acaba rindo.

O que eu deveria falar?

── Maneiro...

Maneiro?

Acho melhor ficar calada por pelo menos a viagem inteira.

Tento fugir um pouco do mundo cor de rosa e volto a minha atenção pra janela ao meu lado. Estamos na estrada e não conheço muito do caminho pra onde estamos indo. A galera do fundo estão cantando bem animados várias músicas que ficaram famosas nesse meio tempo e tenho certeza que já sabem o caminho de os olhos fechados.

Abro a minha mochila pra pegar um caderninho que foi um dos presentes que a minha mãe me deu de Natal. Ela sabe que não vou voltar escrever tão cedo ou até nunca, mas mesmo assim reconhece que tem uma filha desenhista e que de alguma forma a mesma conseguiria me fazer mudar de ideia quanto a ir nesse acampamento. Obrigado mãe, sem esse caderninho tenho certeza que morreria de tédio sem nenhum lugar pra desenhar.

Encaro o caderno com a folha em branco, não sei o que traçar e a inspiração está longe de me ajudar. Olho mais uma vez pra janela e mordo o canto dos meus lábios enquanto tento gravar um pouco das paisagens que passam de relance. São tantas flores, árvores, montanhas e até pássaros que voam sobre o céu totalmente recheado pelas nuvens.

Um lugar digno para muitos cenários de filmes.

── Sempre gostei muito dos seus desenhos. ── A garota ao meu lado fala com um sorriso enquanto abre a mochila e tira de dentro um livro para ler. ── Sabe aquele que você desenhou no quarto ano?

── O unicórnio torto? ── Acabo rindo ao me lembrar aos poucos.

── Ele não é qualquer unicórnio! É o unicórnio com o chifre totalmente torto, porém com bastante cor e glamour. ── Ainda com o sorriso nos lábios a mesma imita um chifre torno com uma das mãos.

Balanço a cabeça de um lado pro outro tentando me lembrar exatamente como era o desenho. Faz bastante tempo e só tenho o esboço na minha cabeça.

── Nunca imaginaria que você teria guardado até hoje... ── Respondo um pouco sem graça, não sei fingir o que aconteceu como ela está fazendo e não sei agir enquanto penso que a mesma só está sendo legal porque sente uma certa pena de mim.

── Ellenor, sei que não somos tão próximas como era antes, mas depois de tudo o que aconteceu ainda acho que deveríamos tentar de novo. Se você não quiser não precisa ficar com medo achando que vou ficar com raiva. Tudo no seu tempo e só quero que saiba que ainda estou aqui. ── Com os olhos lacrimejados a mesma limpa antes que acabe borrando toda a maquiagem.

Apenas concordo e com um sorriso a puxo pra um abraço. Por um tempo ficamos conversando sobre as nossas expectativas pro terceiro ano, mas depois ela foi dormir pra tentar descansar um pouco.

Último ano do ensino médio...

Só de imaginar sinto um calafrio quando as lembranças dos outros anos se passam como um filme na minha cabeça.

O que os meus melhores amigos esperam do terceiro?

Tenho certeza que todos fizeram uma lista de tudo que querem aproveitar até o último segundo. Não sou ao contrário e diferente do ano passado, esse ano quero tentar fazer tudo o que tiver ao meu alcance.

Isso está incluído o acampamento, prometi e vou cumprir.

Nem consigo imaginar como vai ser quando chegarmos. Será que vou conseguir fazer novas amizades? Espero que sim, tanto quanto quero conseguir participar dos jogos contra o outro colégio. Não me acho uma pessoa competitiva e muito menos gosto de praticar atividades físicas, mas preciso tentar me distrair de tudo o que aconteceu.

 Não me acho uma pessoa competitiva e muito menos gosto de praticar atividades físicas, mas preciso tentar me distrair de tudo o que aconteceu

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Hasta luego;

Aviso: O capítulo não está revisado porque estou na correria pra resolver algumas coisas do chá de revelação do meu sobrinho (a) e estou muito feliz!

Espero que gostem! 💖

Querida, grande vida. #2 Onde histórias criam vida. Descubra agora