É sobre tua constelação no teu braço esquerdo
as quais tu se referia quando mais nova
e que hoje se tornaram nova alegria para mim
ver que o universo inteiro cabe em ti
Confesso que ao te ver deitada
aconchegada em meu peito
e ao sentir o aroma de teus cabelos
me encontrei na única e verdadeira paz
Me encontrei no amor, ontem a tarde
ao sair da piscina de sentimentos em que eu estava
e adentrar os teus olhos verdes e cintilantes
com teus beijos tão leves e macios em meu rosto.
Encontrei também no dia em que vi teus olhos derramarem
sentimentos tão aflitos ao me abraçar
ali mesmo, eu vi abrigo no qual
tempestade nenhuma seria capaz de abalar.
Foi ao ler teu livro, sabe?
Este mesmo, escancarado em tua pele
transcrito em teu toque
proclamado em tuas palavras
e me surpreendi.
Me surpreendi por ser irônico
saber que ninguém soube ler tuas entrelinhas
escancaradas em teu outdoor
o qual afaga tua calma e o teu amor
deixando-te apenas no ardor de pensar
que jamais um alguém ficou.
É irônico pensar então, que eu
que jamais pensei em ficar
agora sinto como se eu jamais houvesse saído
e sim que somente nosso peito
ainda estava a se preparar.
Então te digo, amor, que estou preparado
que seja para ficar ou não
mas que seja ao teu lado toda luta
para que em nós não haja mais solidão.
Mas foi naquele beijo, sim!
e nos gracejos que fizeste sobre mim
com tuas amigas, e pensar que no fim
ainda conseguiu dizer para nós, um sim.
É que o amor vem na hora certa
nós é que estávamos no fuso-horário errado
ou sei lá, estávamos despreparados
para ver que eu sinto por ti
o que há de mais desejado.
Mesmo em trezentas palavras
quatrocentos versos
e milhares de letras
ainda sou pouco para o universo que há
dentro do teu braço, dentro do teu beijo.