Rastros de sangue, capítulo 2;

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NOTAS:

Demorei muito? Demorei horrores! Tenho desculpas e explicações? Tenho kkkk, mas talvez vocês não se interessem tanto em saber sobre. Só que, eu preciso dizer algumas coisinhas importantes antes, infelizmente. Podemos começar com o principal motivo da minha demora: eu tenho um bloqueio gigantesco com a minha escrita. É algo que realmente me frustra e me machuca. Por mais que eu tente colocar na cabeça que o que eu faço é minimamente bom, nada me tira da mente que tudo o que eu produzo é horrível. Eu amo tanto escrever, TANTO, mas era só abrir o docs desse capítulo e ler uma linhazinha que já era. Era o suficiente pra me desanimar completamente de tudo. Chorei várias vezes até kkkk. Só que esses dias, depois de ter adiado até demais, eu enfiei na cabeça que precisava postar esse capítulo e aqui estou! Ok! Primeiro era isso. Agora, sobre as notas que eu coloquei no capítulo antes do prólogo, falando do relacionamento dos Jikook, acabei notando pela dica de algumas pessoitas que aquilo poderia parecer errado e incoerente com o que quero passar, então fiz uma mudança e espero que agora tenha ficado claro <3 (caso não tenha, eu posso explicar de novo!). Bom, é, também queria dizer que nesse capítulo eu comecei a abordar um pouco mais da personalidade dos meninos e em como vai funcionar a relação deles. Mas é só um pouco, então não julguem eles demais por enquanto <\3 Não sei dizer bem, mas tô testando terreno? Kkkk acho que sim. Enfim, esse capítulo pode incomodar um pouco as pessoas sensíveis, principalmente o final, então fica já o aviso. Por último, eu queria agradecer a ju por ter me suportado esse tempo todo e me ajudado MUITO com esse capítulo e também pedir desculpas por ter demorado tanto e pelo capítulo super curto T.T prometo tentar continuar melhorando. ACEITO COMENTÁRIOS, CRÍTICAS CONSTRUTIVAS, O QUE VIER! 
Usem máscara! Fiquem em casa o máximo que puderem. Covid não é brincadeira (falo por experiência própria). BOA LEITURA!
Ps: talvez saíam alguns teasers da fic, ainda não sei.

No fundo de seus olhos, beirando a fome e inocência, ele conseguiu enxergar o próprio reflexo.

A primeira vez foi aos 14 anos, com as mãos cobertas de sangue seco.

Tinha sangue também em volta dos olhos, meio respingado, meio como se tivesse lutado contra aquilo. Meio assustador demais.

Mas era seu sangue. Só seu. E de longe, para a senhora que limpava e cuidava do complexo de apartamentos onde Jeongguk foi encontrado, era apenas cedo demais.

As algemas em seus pulsos pareciam mais geladas do que um dia imaginou que seriam. Eram sufocantes, como se também estivessem prendendo seu pescoço e respiração. No entanto, nada disso durou muito. Logo depois de ser jogado contra a porta da viatura, tudo perdeu a cor e o gosto. A batida deve ter feito sangrar mais, porque tirando a tontura e a neblina que seus olhos haviam adquirido, o gosto quente e vivido de seu sangue foi a única parte daquela viagem que o fez manter os olhos abertos.

O som do rádio chiando baixo, o cheiro de cerveja e de algo, ao fundo, terrivelmente amargo, tiraram parte da consciência de Jeongguk do ar. A culpa e o medo ainda não faziam parte do pacote. Ele não podia dizer se queria morrer ou se queria fugir. Se queria ser perdoado ou arrastado para uma cela escura. Afinal, que diferença realmente faria?

A saída e chegada foram um borrão completo de cores frias e ardência contínua e talvez somente quando encostou a nuca contra a parede gelada e grudenta, Jeongguk tenha se lembrado do motivo de estar ali, do que tinha acontecido naquele quarto pequeno e nas consequências que poderiam ser desenterradas se ele abrisse a boca além do que deveria.

As pessoas já o olhavam estranho, esperando sair alguma notícia no jornal, alguma que dissesse com letras grandes e pretas que ele tinha matado uma colega de sala, ex-namorada, com sete facadas dos peitos. Alguma reportagem cheia de parágrafos que explicassem com detalhes como ele se livrou do corpo, se tinha cortado em partes e embrulhado em papel filme ou se tinha queimado aos poucos, no quintal de um galpão abandonado. Jeongguk queria, de certo jeito doente e perturbado, que fosse verdade, que tivessem motivos reais para o olharem como olhavam. Queria poder sentar na frente de um juiz e dizer sim, eu sou um assassino. Dessa forma, quem sabe, sua vida tivesse algum propósito.

Carnificina | jikook.Onde histórias criam vida. Descubra agora