A Aliança de Lótus - O Filho do Rei

Prólogo

  As lendas antigas contam as histórias de como a humanidade e as nações foram criadas. Certa vez, eu ouvi essa história:

  Quando a vida começou a florar, a natureza viu a terra manifestando-se criando seus filhos, os próprios gigantes, e pensou em fazer o mesmo. Assim nasceu Kaya, a própria encarnação da vida.

  A deusa sentia seus poderes transbordarem de alegria e quis espalhar o sentimento pelo mundo. Da sua essência nasceram as espécies de animais que povoaram tudo, mas isso não a satisfez, por isso criou os Nears, povo de pele esverdeada e aparência angelical diretamente ligado à ela.

  Com o crescimento das civilizações, foram escolhendo pessoas para representá-los, os reis. Quatro deles se destacavam pelo governo, mas a ganância cresceu em suas mentes, e Kaya encarou isso como uma praga que precisava ser arrancada do jardim.

  Os quatro tentaram liderar uma rebelião contra a deusa, mas fracassaram, e suas sentenças foram a morte.

  Suas almas não tinham lugar naquele mundo, então o submundo foi criado acidentalmente para dar lugar a elas. O primeiro à morrer reencarnou como Athe'os, o segundo como Ortreus, e os dois últimos foram mortos juntos, reencarnando como os gêmeos Nephel e Emphel.

  Eles dividiriam o trono daquele mundo que chamariam de Gundur, tornando-se os quatro rei-demônios.

  Enquanto isso Kaya expulsava de seu reino todos aqueles que os seguiam, cortando todos os laços. E estes, sem ligação com a natureza, deram origem aos humanos.

  Logo toda alma Near encarnava em outra forma de vida, enquanto as almas humanas encarnavam como demônios em Gundur.