Lady Mareena Titanos

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Desculpa a demora, mas é aquele ditado, ne? Antes tarde do que nunca. Espero que gostem.


Casar? Ela vai ter que se casar. Em um momento ela é apenas uma criada, segundos depois vira a herdeira de uma das Grandes Casa e pior de tudo, noiva. Ok, eu meti ela nisso, mas agora não posso tirar, não tem como, meu pai está envolvido, Maven está envolvido, todos estão envolvidos e se essa informação vazar, vai ter uma guerra contra os vermelhos, não que já não tenha, mas eles serão caçados, quem será que tem esse poder? Todos eles? Será que ela é especial? Definitivamente, sim. Cala a boca.

Essas perguntas ficaram rodando minha mente em todo o trajeto até o quarto dela. Ela está de frente para um espelho, quase não a reconheço quando vejo.

- A cor combina com você. - Digo. As criadas se curvam e ela se vira para trás, faço uma movimento com a mão dispensando as criadas, que saem imediatamente.

- Sou meio nova nessa coisas de realeza, mas não sei se você deveria estar aqui. No meu quarto. - Sua voz é fria e distante. Dou alguns passos em sua direção e ela dá um para trás.

- Vim pedir desculpas, algo que não há como fazer durante uma audiência. - Interrompo a frase quando vejo ela desconfortável. Trinco o maxilar e a examino mais de perto, não parece nem um pouco com a garota que tentou bater minha carteira a uma noite, com esse vestido e tanta maquiagem que mal vejo sua cor. - Sinto muito por ter envolvido você nisso, Mare.

- Mareena. - Ela me corrige. - É assim que me chamo agora, lembra? - Ela diz.

- Ainda bem que Mare é um apelido adequado. - Rebato.

- Não acho nada em mim adequado. - Ela diz. Olho no fundo de seus olhos, ela não vai ceder facilmente.

- O que achou de Lucas? - Pergunto, me afastando um pouco.

- Ele é normal, acho. - Ela parece pensar.

- Ele é um homem bom. Sua família o considera fraco por essa bondade. - Me recordo de algo parecido que aconteceu comigo. - Mas ele a servirá bem e com justiça. Garanto.

- Obrigada, alteza. - Ela diz. Abro um pequeno sorriso.

- Você sabe que meu nome é Cal.

- E você sabe meu nome, não? - Ela diz, amarga. - Sabe de onde eu venho. - Mal aceno com a cabeça, isso me deixa envergonhado, ter feito isso a ela.

- Você precisa cuidar deles. - Ela diz e imediatamente sei que ela se refere a família dela. - De todos eles, por quanto tempo puder.

- É claro que cuidarei. - É o minimo que eu poderia fazer. Penso em acrescentar, mas só penso mesmo. Dou um passo em sua direção. - Sinto muito.

- Sente muito por ter acabado com minha única chance de fugir deste lugar? - Ela diz depois de alguns segundos.

- E você iria passar pelos sentinelas, pela segurança, pelas muralhas, pela floresta, chegar a Palafitas e esperar que a rainha em pessoa saísse a sua caça? - Digo impassível. - Detê-la foi o melhor para você e para sua família.

- Eu teria conseguido. Você não me conhece.

- Sei que a rainha reviraria o mundo atrás da menininha elétrica.

- Não me chame assim. - Ela diz. - É assim que sua mãe me chama. - Solto uma gargalhada amarga.

- Ela não é minha mãe. É a mãe de Maven, não minha. - Graças aos deuses que não, minha mãe era diferente e esse assunto doe.

A Rainha Vermelha Pela Visão De CalOnde histórias criam vida. Descubra agora