A corte brinda o fim do banquete erguendo as taças na direção da mesa real. Eu creio em um governo justo. Creio também que serei um rei justo. Meu pai me preparou para isso a vida inteira e é para isso que venho treinando. Para ser justo. Mas as vezes m pergunto, se todos os chefes das Grandes Casas, pensam o mesmo. Sei também que, infelizmente, nem todos tem o mesmo pensamento de justiça, alguns só querem passar a perna no rei e sair ganhando.
Lord Samos é o último a se levantar. Quando o faz, o silêncio toma conta do ambiente. Ele é respeitado por todos nós. Apesar de parecer simples, com duas vestes de seda normal, todos sabem que ele tem um grande poder. Ele é o homem mais temido, depois de meu pai, é claro.- À minha filha - Ele diz, curto e firme. - À futura rainha.
Minha futura esposa.
Céus. Eu estou ferrado.
- A Evangeline! - Grita Ptolemus, se pondo de pé, ao lado do pai.
Alguns dos presentes no salão tem expressões irritadas no rosto, mas o olhar desafiador de Volo Samos impede alguém de se opor a ele, todos erguem suas taças em reconhecimento a nova princesa. Quando terminam, meu pai e Elara se põe de pé, ambos sorrindo para os convidados, como um casal unido. Me levanto também, Evangeline me segue. Meu pai e Elara fazem uma reverência para os convidados e seguimos para a saída da mesa principal.
Pego a mão de Evangeline, ela é fria assim como a dona. Sigo meu pai e Elara. Prateados nos cercam, todos em silêncio, mas todos observam cada um de nós, a procura de defeitos. Me sinto sufocado. Estamos quase no fim do corredor.
Todo o sufoco passa assim que chegamos ao andar dos aposentos. Um grupo de sentinelas aparece para nos acompanhar. Para vigiar Mare.
- Tudo correu bem. - Ela diz soltando a mão de meu pai. Que não se importa nenhum pouco. - Levam as meninas aos quartos. - Quero levar Mare. Quero saber como ela se sente a talvez, passar um tempo com ela.
Suas palavras não foram dirigidas a ninguem em particular, mas quatro sentinelas se separam do grupo. Os olhos brilhando atrás das máscaras. Quando eu era pequeno, morria de medo de todos eles, mas me lembro de minha mãe me dizendo que eles jamais fariam nada comigo, dizendo que eu era o príncipe herdeiro e que eles só serviam para me deixar seguro. Hoje não preciso mais disso.
- Eu levo. - Eu e Maven dizemos em uníssono, olho para ele espantado e ele me olha com a mesma expressão.
- Não seria apropriado. - Diz Elara arqueando a sobrancelha.
- Eu acompanho Mareena, Mavey leva Evangeline. - Proponho, mantendo o sorriso no rosto. Vejo meu pai dar de ombros.
- Deixe-os, Elara. As garotas precisam de uma boa noite de sono e os sentilenas são pesadelos a qualquer dama. - Brinca meu pai. Tenho vontade de rir, mas me contenho. Concordo com ele.
- Pois bem. - Elara diz depois de dar meia volta..
- Para a cama. - Meu pai diz mais autoritário.
Os sentinelas nada dizem, como sempre e depois seguem meu pai para o quarto dele.
- Onde fica meu quarto exatamente? - Evangeline pergunta com aquela voz fria, cravando os olhos em Maven. Vejo Maven engolir em seco ao encara-la.
- Ah, é por aqui, senhora.... madame.... senhorita. - Ele estende o braço para Evangeline, mas ela passa reto. - Boa noite, Cal, Mareena. - Ele diz e dá uma boa olhada em Mare. Contenho a vontade de revirar os olhos. Mare apenas acena com a cabeça e parece pensativa. Encaro Evangeline desaparecer no final do corredor. Por mais que eu odeie isso, ela é minna futura esposa e tenho que parecer feliz com essa escolha. Chego a pensar que Elara fez de propósito, não duvido nada.
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A Rainha Vermelha Pela Visão De Cal
Fantasya história começa um dia antes da prova real, que é quando Cal conhece Mare. Vamos conhecer um pouco mais do nosso príncipe, saber como ele pensa e como ele se sente em relação ao mundo. vamos ver como Cal se sente em relação a Mare e tudo oq aconte...