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Não sei o que está acontecendo. Seria completamente normal se fosse apenas Jimin à minha porta agora, eu até mesmo tive que segurar o forte impulso para abraçá-lo naquele momento — aparentemente, estou viciado nisso — pois sua expressão está contorcida em algo muito parecido com os primeiros dias que ele esteve na escola: Impossível de saber o que ele está pensando, seu rosto é um total branco agora e aquilo é perturbador.
Eu solto minha mão da maçaneta da porta, voltando ao ritmo corrente, mas meu corpo tensiona no exato instante que sinto uma palma familiar pressionar o meu ombro. Aquele toque áspero eu reconheceria a milhas de distância.
— Senhor Park... Está tudo bem? – meu pai pergunta com um tom de voz firme e eu não ouso me mexer.
— Sim, Senhor Jeon... Ãhn... Eu gostaria de conversar com o senhor e sua esposa, se não for incomodo. – o pai de Jimin diz, parecendo receoso. Ao contrário do filho, ele é bem mais transparente com suas emoções.
Sua fala faz com que eu fique confuso, atiro centenas de olhares a Jimin esperando que ele entenda as perguntas enclausuradas em meus orbes, mas ele apenas me encara de volta sem qualquer foco em seu olhar. Ele parece... Distante. Eu realmente não sei o que está acontecendo.
— Claro que não, Senhor Park, por favor, entre. – é minha mãe quem diz agora, logo atrás de mim, a simpatia brilhando em suas palavras como ela sempre faz com vigor em qualquer situação.
Jimin e seu pai adentram minha casa e meus olhos não soltam os do meu vizinho nenhum segundo sequer. Ele passa a não retribuir mais meus olhares, sua atenção está presa em seu progenitor. Este, por sua vez, encara a minha mãe por alguns segundos numa espécie de comunicação silenciosa e ela logo volta a falar novamente.
— Jeongguk, filho... Porque não leva Jimin a seu quarto, hm? – ela pede com um sorriso por trás da ordem, tocando meu ombro logo depois que meu pai o solta.
Eu aceno com a cabeça, enlaçando o pulso de Jimin quase imediatamente e subindo com um pouco de pressa as escadas que dão ao meu quarto. Aquela curiosidade vai me matar se eu não a sanar agora mesmo. Meus planos se consistiam em apenas em levar meu vizinho ao meu quarto e então questioná-lo sobre o que está acontecendo. Contudo, não é possível que eles aconteçam. Uma vez que estamos no segundo andar de minha casa, Jimin toma o controle e em vez de irmos ao meu quarto, nos agachamos na lateral do topo da escada, onde nossos pais não podem nos ver.
Finalmente me olhando diretamente nos olhos, ele coloca o dedo na frente do lábio num pedido silencioso para que eu fique quieto. A sequência ligeira desses acontecimentos só me permite identificar um par de segundos depois que iremos escutar o que nossos pais vão conversar.
Senhor Park está pedindo que meu pais deixem Jimin ficar em minha casa por um tempo.
Meus olhos pulam arregalados.
O pai de Jimin explica que, por conta de seu trabalho, às vezes ele é obrigado a viajar para comparecer a processos judiciais e eles costumam ser bem longos, há muita papelada envolvida, muita burocracia. Ele diz que, como eles são novos na cidade não há ninguém próximo o suficiente para ficar com Jimin. Após ouvir todo o pedido do meu pai de meu vizinho, nenhuma palavra vem de meus pais por longos segundos.
Eu pisco, desconfortável. Eles estão pensando em não aceitar?
— Pode nos dar licença por um momento, senhor Park? – meu pai diz.
— Claro...
Meus pais se aproximam do começo da escada e eu e Jimin agimos rápido em subir os últimos degraus de modo que eles ainda não sejam capazes de nos ver.
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Nenhum Lugar No Mundo {jjk + pjm}
RomanceOnde um garoto de cabelos laranjas e bonitas tatuagens faz Jeongguk descobrir segredos que ele não sabia que escondia. "Com ele, aprendi sobre mim, aprendi sobre amor e aprendi a amar. Com ele, também aprendi a sentir dor, e nessa matéria, infelizm...