Capítulo 8

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CAPÍTULO 8

      Michael e Rosanne vão para o quarto dele. Essa é realmente uma situação delicada, com certeza a mente dele está confusa com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Ela o abraça e escuta um sussurro em seu ouvido:

— Faça-me esquecer este momento!

      Ele se afasta ficando de frente para ela, aproxima-se devagar, a mesma sente sua respiração, logo ele a beija suavemente e acaricia seu cabelo. Os toques de suas mãos descem levemente pelo rosto da menina, ela pôde sentir a delicadeza daquelas mãos, aumenta então a intensidade do beijo. Michael joga a Rosanne na cama, e deixa seu corpo cair sob o dela. Seus toques ficam mais ferozes, seu quadril pressionava o dela, seus lábios agora percorriam o pescoço da jovem, e ele permanecia com leves toques nos fios cumpridos do cabelo dela, e logo seus olhos se encaram contemplando um ao outro...

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      Três horas depois Rosanne acorda nos braços do Michael Caliari, leva um susto ao ver que tudo foi real e não apenas um sonho, ele acorda:

— Não se preocupe. Não aconteceu nada demais! — Diz e a beija.
— Enfim... É muito bom estar assim com você!
— Você é muito calma, tem uma inocência que não pode ser perdida jamais.
— Você está feliz agora, Mr. Caliari?
— Um pouco... A tarde podemos ir na casa da Liliana?
— Você pode sair da clínica? — Pergunta.
— Não estou tendo mais crises, então eles irão me liberar!
— A Liliana vai ter um susto daqueles.
— Coitada da minha mãe. Posso imaginar o sofrimento dela, minha vida teria sido tão diferente ao lado da Liliana.
— Realmente “priminho”... — Ele pega o travesseiro e bate nela de leve, em seguida, solta uma gargalhada.

      Ele se aproxima e a beija novamente...

— Podemos ter aquela nossa conversa agora ou você vai fugir de novo? — Ele a encara.
— Vou fugir outra vez! — Ela diz enquanto tenta se levantar da cama, mas ele a puxa e segura.
— Não. Dessa vez, a senhorita não vai a lugar nenhum!
— Por acaso você virou o meu dono?
— Só se você permitir. Você deixa? — Rosanne fica em silêncio, ele sorri. Logo lembra-se do dia em que falou com o Mike no supermercado. Aquele sorriso de lado era o mesmo, com um certo “quê” de safadeza!
— Eu fiquei pensando em você desde a primeira vez que te vi. — Admitiu.
— Quando foi isso?
— No dia em que cheguei aqui.
— Eu também pensei em você, no dia que deixou o pacote de biscoitos cair no chão. “Ainda há um pouco de você amarrada a minha dúvida”.
— Eu conheço essa frase! Qual é a dúvida?
— Vamos ser Pierre e Dóris outra vez?
— Não seria; Michael Caliari e Rosanne Endres, nesta vida? — Ela o corrige docilmente.
— Então, vamos fazer das nossas vidas uma só!
— Eu aceito! — Disse e novamente se beijam.
— Será que a Lilly vai aprovar que eu namore o filho dela? — Ela o afasta e ele faz bico.
— Se não aprovar isso é problema dela! Eu sou quase um homem de vinte anos, ela não pode me dizer o que fazer. — Sussurrou.
 
      Parece loucura a estória deles, e em partes, nem eles mesmos conseguem acreditar em nada. Mas, se você sente “dor” então, você realmente vive o momento, é neste sentimento que eles se apoiam. Jamais devemos nos preocupar ou achar o mundo injusto em certos casos... Rosanne superou seus medos e achou alguém que nunca a deixaria sozinha por nada.

— Mantinha de pé a minha preocupação, afinal muitas coisas estariam para acontecer em nossas vidas. Imaginei o dia em que a Karen iria ser presa e o Mike ficaria realmente livre de toda a culpa. Seria mais uma página de felicidade marcada em meu diário, e talvez a última.

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