O diário secreto

Capítulo 7

CAPÍTULO 7

      Rosanne desce para jantar com a tia, que parece estar triste, então diz:

— Eu te peço para não atrapalhar a minha vingança, por favor! É pelo seu primo, James.
— Me perdoe, tia. Mas o final da estória não é esse. Eu já descobri a metade dela e vou descobrir o resto.
— Do que está falando?
— Não se desespere! Tenho motivos para achar que o James não está morto.
— O que disse? Não viaja garota. O Danilo me disse que havia matado o meu filho.
— Falei com o Danilo ontem, e pelo o que ele me falou, jamais teria matado um filho.
— Então, onde está meu James? — Segurou a mão da sobrinha.
— Não posso dizer ainda. Só peço que não machuque o Michael, pois ele não tem nada a ver com essa estória.

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      Após o jantar... Rosanne vê alguém da casa grande sair, e caminhar em direção ao supermercado, parecia a mãe do Mike, a Karen. Ela pula a janela, e vai atrás da mulher devagar. A mãe dele segurava uma caixa vermelha, logo, a mulher joga o objeto em uma lata de lixo reciclável e vai embora. A menina espera a mesma dobrar a esquina, vai até lá e pega a caixa! Abre a tampa, e nada a surpreende, apenas as suas suspeitas se confirmam através do que ali se apresenta diante de seus olhos.

      Na manhã seguinte, vai à clínica, ao entrar vê que o Mike a espera desde muito cedo.

— Precisamos conversar. Tenho algo para te falar!
— Agora não, Michael. — Ela o ignora e continua andando.
— Aonde vai?
— Preciso achar a Dr. Charlotte.
— O que é isso em suas mãos?

      De fato, doía ter que deixar o Michael naquela situação; curioso e falando sozinho! Mas era necessário. Ela apressa o passo e não olha mais para trás! Ao chegar à sala da doutora, a mulher abre a porta:

— Venha Rosanne. Estava a sua espera!
— Descobri toda a verdade, e aqui está o diário secreto! — Disse e jogou-o em cima da mesa dela.
— O que conseguiu descobrir?
— Tudo o que você já sabia. Isso é estranho, mas me lembrei de toda a minha vida passada lendo cada página desse diário.
— Era justamente isso que eu queria! Chame o Michael, vamos contar toda a verdade para ele.

      Alguns minutos depois...

— Vamos até a sala da Dr. Charlotte, precisamos conversar!
— Ah, agora você quer conversar, Rosanne? Por acaso eu sou um jogo para você ou o que?
— Não! Eu achei o diário secreto. — Ele a olha surpreso e arregala os olhos.
— Você Rô?
— Sim, eu sou a reencarnação do Pierre.
— Então vamos!

      Chegando à sala dos médicos, já sentados, o clima pesa...

— Diga para o Michael tudo o que descobriu, Rosanne. — Pediu a Charlotte.
— Isso pode ser muito chocante e triste para você...
— Estou preparado!
— Bem... Há vinte anos seu pai conheceu a minha tia, Liliana. Nessa época o Danilo já era casado com a Karen. Mas, ele e a tia se apaixonaram. Ela ficou grávida, e ele não quis assumir a criança, logo após o nascimento do bebê... — Michael começa a chorar e Rosanne interrompe a própria fala.
— Continue, Rosanne! — Falou a Charlotte.
— Ele levou o filho embora, dizendo para a Liliana, que havia tirado a vida do mesmo.
— Para onde ele levou a criança? — Perguntou ainda chorando.
— A Karen descobriu a traição, eu não sei como, mas ameaçou o Danilo de afastá-lo da sua irmã, que já era doente. Então, ele foi forçado a trazer este bebê para casa. Mike, você é o filho da Liliana.
— Eu esperava tudo menos isso.
— Agora chegou a parte da estória onde eu entro para terminar de explicar. — Concluiu Charlotte — A Karen é médium, e ao tocar no marido todas as noites, ela via o que acontecia entre ele e a tia da Rosanne! Sua mãe adotiva é a reencarnação do soldado que os tirou a vida, então começa por aí a sede de vingança e a vontade de matá-los novamente. Sendo sua “mãe” ninguém desconfiaria se ela te aniquilasse sem parecer ter culpa alguma, é aqui que a Suzana entra. Sua namorada apresentava um quadro critico de depressão, e a Karen Caliari soube se aproveitar disso, deu remédio para causar a morte da menina, armou toda a situação, fazendo o diário e os exames médicos desaparecerem, assim fazendo o filho, que é você, levar a culpa pela morte da garota.

— Não acredito nisso!
— Quando ela me viu, na noite que entrei na sua casa, já sabia quem eu era, e que tinha vindo para libertá-lo.
— Como é a Liliana?
— Uma mulher sofredora que daria a alma pelo filho! — Falou segurando as mãos dele.
— Quero conhecer a minha mãe verdadeira, e vou denunciar a Karen! — Michael falou com raiva e esmurrando a parede.

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