Observo a garota de cabelos loiros bufar várias vezes por não conseguir abrir o próprio armário. Eu pensei em ir até lá e ajudá-la mas o medo de levar um soco na cara era maior, porém era tarde demais para ficar com medo e dar meia volta.
— Quer ajuda? — Perguntei coçando a nuca e Sina me encarou sem nenhuma expressão.
— Eu pedi ajuda por acaso? — Sina virou para me encarar seu tom de voz era de colocar medo em qualquer pessoa.
Mas eu já estava acostumado a vê-la desse jeito.
— Não, mas eu me ofereci. — Falei dando ombros.
— Mas eu não quero sua ajuda! — Sina falou grossa e eu revirei os olhos.
Ignorei o seu comentário e dei uma cotovelada na porta do armário que estava emperrada, a porta abriu e eu vi várias fotos de garotas sorrindo.
— Não obrigada! — Sina resmungou me empurrando da frente do seu armário.
Me encostei no armário ao lado de Deinert ignorando seus olhares raivosos sobre mim, eu até poderia estar morrendo de medo dela me acertar um soco no meu rostinho bonito mas meu amor por ela era maior.
— Eu juro que se você não for embora, eu quebro seus dentes! — A garota rosnou e eu engoli seco.
— Você e eu poderíamos ser amigos, olha eu não vou forçar a barra, baby — Dei um sorriso sem mostrar os dentes e Sina me encarou séria.
— Cara, você percebe que isso é patético? — Sina me olhou com tédio e eu cruzei os braços.
— O quê? Te amar ou só tentar ser seu amigo? — Torci o lábio e a garota riu nasalmente.
PORRA ELA SORRIU.
— Te vejo por aí, Urrea! — Sina fechou o armário e saiu.
Um sorriso involuntário surgiu nos meus lábios. Ela sorriu de algo que eu falei e ela sabe meu nome. Isso já é um avanço. Cara a gente vai casar, eu sinto.
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