Desço as escadas passando a mão pelo meu rosto ensanguentado e vejo Sina encarando o celular fixamente. Solto uma tosse falsa e a garota me encara.
— Para de passar suas mãos cheias de bactérias nesse ferimento, imbecil! — Sina da um tapa na minha mão.
— Ai, sua bruta! — Me sento no sofá enorme da sala.
— Cala boca, Urrea. — Sina revira os olhos e pega a maletinha da minha mão.
Deinert sentou ao meu lado pegando algodão e soro para limpar o ferimento que estava com sangue seco. Sina limpava devagar e cuidadosamente.
— Você fica linda concentrada. — Sussurro e Sina sorri sem jeito.
— Não fico não. — Sina coloca um band-aid na minha sobrancelha e sorrir. — Vou fazer algo que você pode achar idiota mas é que minha mãe me acostumou assim.
Sina diz sorrindo e colocando a mecha do cabelo atrás da orelha.
— Eu nunca acharia isso. — Ajeito meu cabelo para trás e a garota solta uma risada nervosa.
— Se você rir eu juro que arranco suas bolas, Noah. — Deinert me ameaça e eu reviro os olhos.
Sina aproximou seu rosto do meu causando as malditas borboletas no estômago, ela sorriu e deixou um beijo em cima da band-aid e eu fechei os olhos sentindo seus lábios carnudos e macios.
— Eu disse que era idiotice. — Sina sussurrou e eu encarei seus olhos perto dos meus.
— Foda-se você está tão perto que eu te beijaria. — Murmurei olhando seus olhos que vacilaram com o comentário.
— E-eu preciso te falar algo antes. — Sina engoliu seco e eu soltei uma risada.
— Eu sei, você nunca beijou. — Passei as mãos pelo seu cabelo loiro.
Ela me lembrava a Noora de Skam, porra então eu era o William. Foda-se isso parece tão clichê.
— Não sei o que fazer, Noah. — Sina brincou com os dedos e eu peguei sua mão dando um beijo.
— Tudo bem se não quiser. — Assegurei e Sina negou.
— Eu quero. — Me olhou nervosa e eu sorri.
Me aproximo da garota que tinha um pequeno sorriso, nossos lábios se tocam causando a melhor sensação do mundo. Sina move seus lábios sem nenhuma experiência mas parecia que ela já tinha feito isso várias vezes, era tão bom.
— E-eu posso colocar a mão em você? — Pergunto coçando a nuca.
— Me beija. — Sina revira os olhos e cola nossos lábios.
Dou um sorriso e puxo a garota para mais perto, minhas mãos estavam na cintura da garota enquanto nossos lábios eram um só. Os dedos de Sina estavam entre meus cabelos puxando alguns fios me causando uma sensação prazerosa, pedi passagem com a língua e a garota cedeu.
Sina sentou no meu colo arranhando minha nuca de forma sexy, porra, ela me deixava louco e pior que eu não podia fazer nada, não sem a permissão dela. Eu não sou tão idiota assim.
— Isso é louco. — Sina sussurrou segurando minha nuca.
— É. — Falo encarando seus olhos.
— Acho que não deveríamos ter feito isso, e-eu tenho que ir embora. — Sina sai do meu colo cambaleando enquanto pega sua mochila.
— Ei! Ei! Calma não precisa fugir, Sina. — Seguro seu braço e ela me olha engolindo seco.
— Eu não sei se posso, Noah, eu estou confusa. — Sina se escorou na porta e passou as mãos no rosto.
— Você está arrependida? Porra! — Me afasto da garota e viro de costas passando a mão no cabelo nervoso.
— O quê? Claro que não! Eu jamais iria me arrepender de te beijado. Jamais. — Sina assegura segurando meu braço. — Mas eu preciso de espaço.
— Foda-se o espaço, Sina, porra, eu te amo como um nunca amei nenhuma garota. — Falo e Sina pisca algumas vezes.
— Eu preciso ir. — Sina diz tossindo falsamente.
E saiu. Sina Deinert você só me fode.
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